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Filipe II,
Augusto, rei
de França (1180-1223)
João
Sem Terra, rei da Inglaterra (1199-1216)
Henrique I de Castela (1214-1217)
Valdemar
II, rei da Dinamarca (1202-1241)
Juntoku no
Japão (1210-1221).
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Pontificado
de Inocêncio III (1198-1216)
Otão
IV de Brunswick
(1198-1218), imperador pelos guelfos
Teodoro I Lascáris
(1204-1222), imperador de Niceia.
Henrique, imperador latino
de Constantinopla (1205-1216)
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Simão
de Monfort, conde de Toulouse. Morre em 1218.

Triunfo
definitivo de Frederico II na Alemanha, no ano em que é
eleito Imperador (1215-1250).
Começa,
em Florença, o conflito de guelfos contra gibelinos, depois de Bouvines,
no ano anterior, quando Otão IV foi derrotado.
Guelfos
são os partidários de Otão IV, os Welfen. Contra eles, os
gibelinos, os partidários de Frederico II, Hhenstaufen, os Waiblingen.
Os primeiros serão partidários do Papa e, depois, os aliados
preferenciais dos franceses. Os segundos, hão-de, depois apoiar os
Habsburgo. No grupo guelfo, Florença, Milão, Mântua e Ferrara. No
gibelino, Siena, Pisa, Modena, Pavia e Cremona.
Mongóis
de Gengis Khan conquistam Pequim, depois de uma revolta da guarnição
local (Maio) e gradualmente dominam todo o norte da China. Mongóis,
depois de entrarem em Pequim, massacram os habitantes e destrem a
cidade. Os habitantes refugiam-se na outra margem do rio Amarelo. O neto
de Gengis Khan, Kubliai há-de reconstruir a cidade.
Magna
Charta (15 de
Junho). As sucessivas derrotas internacionais levam a uma revolta dos
barões. Trata-se de um pacto feudal estabelecido entre o rei João Sem
Terra e os barões, que constitui uma forma de controlo do poder central
pelo avivamento dos poderes senhoriais periféricos, bem diferente do
modelo pós-feudal resultante da nossa revolução de 1383-1385, onde o rei
foi eleito pela vontade geral das cortes representativas, participando
nelas de forma estrutural o terceiro estado, donde vieram os
principais teóricos do regime, os legistas. Nesse documento, o rei
declara que não lançaremos taxas ou tributos sem o consentimento do
conselho geral do reino... os mercadores terão plena liberdade
para sair e entrar em Inglaterra)
E é no quarto concílio
de Latrão de 1215 que esta doutrina atinge o seu apogeu, numa altura
em que se extinguia a própria heresia albigense. Surgem então alguns
autores como o Cardeal de Óstia (m. 1271) que em Suma Aurea, de
1253, proclama que a cristandade tem uma só cabeça, o papa o qual
retém os dois gládios e está acima do Imperador, como o ouro
sobre o chumbo. Como assinala Höffner, passa-se do sacerdócio régio
de Carlos Magno para o cesaropapismo.
Numa
primeira fase, o conflito teórico deu-se apenas entre os defensores do
poder temporal do papa, os hierocratas, que defendiam a
superioridade da Igreja sobre os governantes temporais, e os
anti-hierocratas ou antiteocratas, partidários do Imperador,
entre os quais se contam autores como João de Paris, Marsílio de Pádua,
William de Ockham ou Dante Alighieri.
Contudo,
a partir do século XIII, com a emergência dos reinos, a res publica
christiana, deixou de ser apenas uma diarquia, passando a
surgir a tricotomia sacerdotium, imperium, regna.
Surgem
então os autores marcados pelo renascimento do direito romano que,
considerando que os reis são imperadores no seu próprio reino, tratam de
praticar a imitatio imperii.
Mas
é também na altura que, com São Tomás de Aquino, se procura uma media
via, onde a Igreja passa a dispor de uma auctoritas superlativa
que não absorveria a potestas civilis, apenas podendo intervir no
poder temporal quando tal fosse necessário para a realização dos seus
fins espirituais.
Kubilai
Khan (c.
1215-1294). |

Reinado de D.
Afonso II
Morte
do chanceler Julião Pais morre (26 de Julho). Era chanceler régio
desde Março de 1199. Sucede-lhe o discípulo Gonçalo Mendes.
Embaixada
do Regente de Castela a D. Afonso II para tratar do casamento entre a
irmã deste, Dona Mafalda e Henrique I, rei de Castela. |
Inocêncio
III condena a Magna Charta (24 de Agosto) e fixa os estatutos da
Universidade de Paris.
Quarto
Concílio de Latrão. O 12º concílio ecuménico. Mobilizados 412
bispos, incluindo os patriarcas de Constantinopla e de Jersualém e mais
de oitocentos abades e priores, embora a maioria dos bispos gregos não
tenha marcado presença (11 de Novembro).
Assumida
posição contra os albigenses.
Instituída
a obrigatoriedadde da confissão, pelo menos uma vez por ano (cânone
Omnis utriusque sexus).
Condenação
das teses de Joaquim de Flora.
Concílio
encerra em 30 de Novembro. A apoteose de Inocêncio III, consagrando-se a
supremacia do poder espiritual sobre o poder temporal. Assim se conclui
processo desencadeado pelo papa Gregório VII.
Confirma-se
a perspectiva teocrática e o direito de intervenção papal nos assuntos
internos dos vários reinos.
S.
Domingos de Gusmão* é nomeado inquisidor-geral. |