1990
Fim do comunismo e da ilusão terceiro-mundista, em tempos de pós-modernidade
Pós-modernidade e despolitização

Começa a primeira etapa da União Económica e Monetária, pela liberalização dos movimentos de capitais. Conclui-se o processo de unificação alemã. Bush e Gorbatchov assinam em Washington acordo de desarmamento químico e fazem mais uma cimeira em Helsínquia. Moscovo reconhece finalmente a autoria do massacre de Katyn. Ieltsine eleito presidente do Parlamento da Rússia. Lituânia declara-se independente. Iliescu vence as eleições na Roménia. Lech Walesa é eleito presidente da Polónia. Libertação de Nelson Mandela. Desaparecimento formal dos regimes de partido único em África. Violeta Chamorro eleita Presidente da Nicarágua. Fusão do Iémen do Norte e do Iémene do Sul. Iraque de Sadam Hussein invade o Kuwait.
· Libertação de Nelson Mandela (Fevereiro)
· Violeta Chamorro toma o poder na Nicarágua (Fevereiro)
· Lituânia declara-se independente (Março)
· Gorbatchev eleito Presidente da URSS (Março)
· Independência da Namíbia (Março)
· Surge o programa PECO (Maio)
· Fusão do Iémen do Norte e do Iémene do Sul (Maio)
· Rússia proclama a soberania (Junho)
· Moldova declara soberania (Julho)
· Invasão do Kuwait pelo Iraque (Agosto)
· Reunificação da Alemanha (Outubro)
· Gorbatchev, Prémio Nobel da Paz (Outubro)
· Negociações para a elaboração do Tratado da União Europeia (Novembro)
· Gorbatchev propõe transformação da URSS em Estado Federal (Novembro)
· John Major, novo Primeiro-Ministro britânico (Novembro)
· Kohl ganha eleições na Alemanha (Dezembro)
· Lech Walesa, Presidente da Polónia (Dezembro)
Janeiro
Começo da WEB e multipartidarismo na Jugoslávia
Fevereiro
Ieltsine, Mandela e Violeta Chamorro
Março
Unificar a Alemanha, para construir a Europa
Abril
União política para a Europa, já!
Maio
Iliescu vence na Roménia e Ieltsine na Rússia
Junho
Rússia livra-se da URSS e ex-comunistas vencem na Bulgária
Julho
Gorbatchev aceita unificação alemã
Agosto
Saddam Hussein, o perturbador
Setembro
Cimeira Bush-Gorbatchev em Helsínquia (9 de Setembro). Três dias depois, surge o Tratado de Moscovo sobre a reunificação alemã, subscrito pelas quatro potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial e pelas duas Alemanhas
Outubro
Reunificação da Alemanha
Novembro
O sonho de uma nova Europa e URSS em explosão
Dezembro
Walesa, presidente da Polónia, e a vaga do multipardarismo
Em Itália, quando se fecha a torre de Pisa, mais um caso de corrupção, com a condenação do antigo autarca de Palermo, por desvio de fundos públicos.
Na Bélgica, o rei Balduíno abdica provisoriamente, durante 36 horas, para não promulgar a lei sobre a despenalização do aborto, aprovada pelo parlamento (13 de Maio de 1990).
Entretanto, dava-se uma alteração substancial da política interna do Reino Unido. Depois das vigorosas manifestações contra a poll tax (31 de Março de 1990), um imposto locall, pago por casa, conforme o seu tamanho e conforto, dos trabalhistas aumentarem a votação nas eleições autárquivas (3 de Maio de 1990) e de Londres decidir aderir ao sistema monetário europeu (Outubro), eis que, em 22 de Novembro de 1990, se dava a demissão de Margaret Thatcher que, no dia 28, seria substituída por John Major (1943-).
Na Irlanda, o Fianna Fail perde as eleições presidenciais, sendo sufragada Mary Robinson (3 de Dezembro de 1990), a candidata do centro-esquerda.
Na Grécia, há eleições presidenciais e legislativas. Nas primeiras (3 de Março de 1990), vence Yannis Alévras, do PASOK ; nas segundas (8 de Abril de 1990), a Nova Democracia, com Constantin Mitsotakis a assumir o cargo de primeiro-ministro (10 de Abril de 1990).
Em Espanha, o PSOE perde a maioria absoluta nas Cortes, depois das eleições parciais de Melilla (25 de Março de 1990) e surgem vários atentados do GRAPO (Setembro e Outubro). Em 20 de Janeiro de 1989 surge em Espanha o Partido Popular, unificando a Aliança Popular, surgida em 5 de Março de 1977, o Partido Democratico Popular (PDP) e o Partido Liberal. Assumiu a presidência Manuel Fraga Iribarne, sucedendo-lhe José Maria Aznar em 1990.
Na Áustria, o Partido Liberal obtém importantes avanços nas eleições regionais (6 de Outubro de 1990), com 17,7% e nas municipais, com 22,5% em Viena (10 de Novembro de 1990), enquanto o antigo chanceler Sinowatz e dois antigos ministros são acusados de corrupção (Setembro).
Nos Estados Unidos, terminam 62 dias de greve dos mineiros (Janeiro)
Lech Walesa é eleito presidente da Polónia (9 de Dezembro de 1990), enquanto os ex-comunistas vencem eleições na Sérvia e no Montenegro.
Na Hungria, há um novo chefe do governo (16 de Maio de 1990), József Antall, do Partido dos pequenos proprietários, e um novo Presidente da República Árpád Göncz (3 de Agosto de 1990), enquanto se chega a acordo com Moscovo para a retirada dos soldados soviéticos (10 de Março de 1990), se vota a lei sobre liberdade de consciência (5 de Janeiro de 1990) e se retomam as relações com o Vaticano (9 de Fevereiro de 1990).
Na Checoslováquia, começa a retirada dos soldados soviéticos (Fevereiro), o Papa visita Praga e Bratislava (Abril), há eleições legislativas e locais e Vaclav Havel é reeleito presidente. Nas eleições legislativas de Junho, o Forum Cívico domina na parte checa, enquanto na eslovaca preponderam os separatistas, começando as manifestações favoráveis à independência.
Na URSS, o poder de Gorbatchov começava a declinar. Apesar de ser eleito Presidente da URSS pelo Congresso dos Deputados do Povo(15 de Março), de conseguir a reabilitação formal das vítimas do estalinismo (13 de Agosto) e de obter plenos poderes para pôr ordem na URSS (Setembro), eis que, no dia 1 de Março, já era publicamente vaiado, por ocasião do desfile da Praça Vermelha, sendo obrigado a retirar-se da tribuna.
Este mesmo Gorbatchov, a quem era atribuído o Prémio Nobel da Paz (15 de Outubro), propõs novo tratado que visava transformar a URSS numa União das Repúblicas Soberanas (19 de Novembro). Contudo, pouco depois, o seu ministro dos estrangeiros, Eduard Chevardnaze demitia-se protestando contra o avanço da ditadura (20 de Dezembro) e surgia Guennadi Janaiev como Vice-Presidente da URSS (27 de Dezembro)
O ano de 1990 era, de facto o ano da ascensão de Boris Ieltsine. Depois de em Janeiro ter surgido o movimento Rússia Democrática (Janeiro) e de, no dia 4 de Fevereiro, meio milhão de pessoas se terem manifestado em Moscovo a seu favor, decorriam as eleições na Federação da Rússia (4 de Março), não tardando que o mesmo Ieltsine viesse a ser eleito presidente do repectivo Parlamento (20 de Maio), adquirindo a legitimidade democrática que faltava a Gorbatchov. Pouco depois da mesma Federação se assumir como entidade soberana (12 de Junho), eis que Ieltsine abandonava formalmente o Partido Comunista da Rússia, na mesma altura em que o movimento Rússia Democrática se transformava no Partido Democrático da Federação Russa (21 de Junho). Entretanto, a Lituânia declarava-se independente, sem reconhecimento da URSS (11 de Março)
No plano das relações entre as superpotências, se, em 30 de Maio, Bush e Gorbatchov assinavam em Washington acordo de desarmamento químico e faziam mais uma cimeira em Helsínquia no dia 9 de Setembro, três dias depois, surgia o Tratado de Moscovo sobre a reunificação alemã, subscrito pelas quatro potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial e pelas duas Alemanhas. O fim da ilusão terceiromundista e a quebra do mundo bipolar produziram também profundas alterações na política interna de vários países africanos. Na República da África do Sul, para além do apoio à independência da Namíbia (21 de Março), registe-se a libertação de Nelson Mandela (11 de Fevereiro). Contudo, a vaga mais importante era o desaparecimento formal dos regimes de partido único que sucediam em catadupa: no Zaire (24 de Abril), na Costa do Marfim (3 de Maio), no Gabão (23 de Maio), no Congo (30 de Setembro), em Moçambique (2 de Novembro), nos Camarões (5 de Dezembro), em Angola (10 de Dezembro) e na Zâmbia (17 de Dezembro).
E depois de Gorbatchov admitir o princípio da integração da Alemanha unificada na NATO (16 de Julho), eis que se realizou a Conferência dos 2+4 em Berlim, isto é, dos dois Estados alemães (RFA+RDA) com os quatro vencedores da Segunda Guerra Mundial (Reino Unido + França + Estados Unidos da América + URSS), a qual reconheceu oficialmente a reunificação (17 de Julho).
Em 3 de Outubro já se concretizava a reunificação e logo o governo da nova entidade reafirmava fidelidade aos acordos de Paris de 23 de Outubro de 1954. Seguiram-se as eleições, com a vitória dos democratas-cristãos liderados por Helmut Kohl (2 de Dezembro)
Na Nicarágua, em 25 de Fevereiro de 1990, Violeta Chamorro é eleita Presidente da Nicarágua (54,7%), com derrota de Daniel Ortega, dos sandinistas (40,8 %). Quatro dias antes, este ainda era aclamado por 300 000 manifestantes, pouco depois de libertar cerca de mil guerrilheiros dos contras. Violeta, mal toma posse, em 25-4-1990, mantem o general Humberto Ortega, irmão do líder sandinista, como comandante das forças armadas, e anula a reforma agrária, o que, desde logo, desencadeia uma greve geral e sucessivos confrontos que não conseguem ser superados com o pacto de não agressão firmados entre os contra e os sandinistas em 18 de Novembro de 1990.
wNo plano das ideias, no ano da morte de Louis Althusser e de Michael Oakeshott, Nicholas Tenzer teme a sociedade despolitizada, Anthony Giddens analisa as consequências da modernidade, Ernest B. Haas reconhece que knowledge is power e Alvin Toffler proclama a existência de novos poderes, quando se pensa na invenção da Europa (Emmanuel Todd) sob o signo do declínio dos impérios (Bozzo) e se vai complexificando o chamado princípio da subsidiariedade. Vive-se cada vez mais uma turbulence in world politics (James N. Rosenau) e a cosmopolis transforma-se na agenda escondida da modernidade (Stephen Toulmin). Entre nós, destaque para as dissertações de doutoramento de Políbio Valente de Almeida, Do Poder do Pequeno Estado e de António Ribeiro dos Santos, A Imagem do Poder no Constitucionalismo Português, e para Amadeu Carvalho Homem, com A Propaganda Republicana (1870-1910). No ano em que são abolidas as taxas de televisão (8 de Fevereiro), Agustina Bessa Luís é nomeada directora do Teatro Nacional de D. Maria II, por influência de Pedro Santana Lopes (12 de Novembro), é assinado projecto de acordo ortográfico (16 de Dezembro) e governo apresenta projecto de concurso para a atribuição de dois canais privados de televisão. Em 1990 Andrew Linklater XE "Linklater, Andrew" e Scott Burchill reflectem sobre Man and Citizens in the Theory Of International Relations, procurando lançar uma teoria crítica das relações internacionais, em Beyond Realism and Marxism. Philippe Braillard faz uma recolha das grandes matérias sobre o tema, numa linha neo-sistémica, em Théorie des Relations Internationales, depois ganhar celebridade, em 1974, com Philosophie et Relations Internationales. Neste mesmo ano de 1990, surge o primeiro manual português sobre a matéria, a Teoria das Relações Internacionais, de Adriano Moreira. Outras obras do mesmo ano de 1990: Couloumbis, Theodore A. / Wolfe James H.,Introduction to International Relations, Power and Justice; Czempiel, Ernst Otto, Turbulence in World Politics (com Rosenau, James N.); Donelan, Michael D., Elements of International Political Theory; Gill, Stephen, American Hegemony and the Trilateral Commission; Haas, Ernest B., When Knowledge is Power. Three Models of Change in International Organizations; Linklater, Andrew, Beyond Realism and Marxism. Critical Theory and International Relations; Moreau-Defarges, Philippe, La Politique Internationale.
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Turbulence in World Politics

wJames Rosenau, embora não considere problemática a noção de Estado, salienta que o mesmo começa a ser cercado por outros influentes actores, situados por dentro e acima dele. Haveria, portanto, uma nova dinâmica, com profundas e contínuas transformações, as quais obrigariam a uma antecipação da mudança.
wA turbulência do mundo estaria assim marcada por uma espécie de bifurcação a nível das estruturas globais, onde, de um lado, estão o soberanismo e o mundo centrado nos Estados e, do outro, um multicêntrico mundo, com actores livres da soberania.
wA partir desta base, Rosenau defende aquilo que qualifica como ordem global cooperativa, onde as hegemonias declinam. Porque, se uma ordem pluralista tende a desagregar os centros de decisão, ela também exige um certo grau de governança, as tais funções que precisam de ser executadas, mesmo que o sistema não produza organizações e instituições incumbidas expressamente desse exercício, mesmo que falte uma autoridade central ou uma autoridade formal, dado que existem actividades apoiadas em objectivos comuns.
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Ensaio sobre o Problema do Estado
wNa nossa dissertação de doutoramento abordámos o percurso que vai da aldeia à república universal, inventariando as tentativas de superação da razão de Estado pelo Estado-razão e aderindo àquele europeísmo que não ofende a autonomia das nações, entendidas mais como povos do que como Estados. Julgamos pertencer àquele grupo de pensamento político que não considera o Estado soberano como o fim da história do político. Com esse já antiquado Estado moderno, consolidado com o absolutismo, que pratica o culto da religião secular do soberanismo, dizendo que um qualquer centro político tanto deve ter uma soberania externa, a puissance absolue et perpétuelle d'une république, conforme as teses de Jean Bodin, implicando a definição de fronteiras e a definição de nacionalidade, como uma soberania interna, o poder absoluto de um soberano já dentro de uma república, conforme o ideologismo leviatânico de Thomas Hobbes, implicando o ius tractum, o ius legationis, o ius iurisdictionis e o ius bellum. Como Francisco Vitória, consideramos que o Estado como sociedade perfeita é a comunidade que não é parcela de outra comunidade, mas que dispõe de leis próprias, de um conselho próprio e de autoridades suas. É uma comunidade perfeita e integral. Por conseguinte, não está submetida a nenhum poder exterior, pois, neste caso, não seria integral. Da mesma maneira, na senda de Vasquez de Menchaca, aceitamos um ius maiestatis, reconhecendo que a razão e a natureza condicionam o poder ao serviço da comunidade, pelo que aquele não é absoluto face ao direito, nem ilimitado, constituindo mero poder preeminente e universal, para dispor de tudo quanto conduza à conservação e saúde da alma e do corpo da república. Consideramos assim como Francisco Suarez, que há um poder supremo, uma suprema potestas, em cada república, um poder que não reconhece acima de si nenhum poder humano da mesma ordem ou da mesma natureza, isto é, que prossiga o mesmo fim. Um poder que, contudo, não se confunde com o dominium, devendo entender-se como um officium, dado que apenas existe por causa do regnum e não do rex. Isto é, não admitimos a existência de um poder supremo, de natureza diferente dos restantes poderes que lhe estão por baixo, de um tipo de poder que, a si mesmo, se decreta como fonte de todos os poderes, como detentor de uma competência das competências, e como insusceptível de limitação pela moral e pelo direito. Foi assim que surge a soberania dita una, inalienável, indivisível e imprescritível. Com efeito, consideramos que entre um agrupamento de homens nos limites de um Estado e o agrupamento de homens na totalidade do planeta não há diferença de natureza, mas apenas de extensão. Da mesma maneira, sufragamos a ideia de que, entre o Estado e outras formas políticas ditas infra-estaduais, há mais distâncias de quantidade do que de qualidade. Sentimos por isso algumas reais afinidades com todos aqueles que, depois do holocausto e dos gulags, apelaram às profundidades do libertacionismo cidadanista e à consequente autodeterminação da polis, entendida como autonomia de autonomias, onde a pedra viva da construção é o indiviso do cidadão-homem livre, esse tal ser que nunca se repete. Essa polis que é sempre comunhão de cidadãos em torno das coisas que se amam e, onde, por sua vez, o cidadão é aquele que participa na decisão, aquele que dá o consentimento, isto é, o exacto contrário do mero súbdito de um soberano, do escravo de um dono ou da parcela fungível de um todo, seja ele uma nação, um Estado ou a própria humanidade. Não podemos, pois, deixar de comungar com todos aqueles que, reagindo contra o absolutismo, tentaram, pela via consensualista, institucionalizar formas de controlo do poder, estabelecendo travões ao mecanismo autofágico do Leviatã soberanista. Porque no soberanismo absolutista, o poder supremo não só não admite o controlo fáctico, da divisão e separação de poderes, como o próprio controlo normativo, nomeadamente pela não admissão do conceito de abuso do poder, esse poder supremo que, em nome de um terrorismo da razão, foi a fonte primordial do próprio terrorismo de Estado. Deste modo, não subscrevemos a propositada confusão feita entre um Estado soberano e uma nação autodeterminada, mesmo quando aquela decreta assumir-se como Estado-nação. Está em crise o Estado a que chegámos, dado que o mesmo tanto está sujeito ao desafio do unificacionismo mundialista, como ao do small is beautiful, isto é, aos desafios centrífugos. Aquilo que os seguidores de Teilhard de Chardin qualificam como a lei da complexidade crescente nas relações internacionais, que é acompanhada por idêntica complexidade crescente na reconstrução da polis. Há divergências e convergências que só podem ser superadas, não pelo ecletismo ou pela síntese, mas apenas por aquilo que Chardin qualificava por emergência, por aquela energia que lança para cima e para dentro, na direcção de um estado cada vez mais complexo e mais centrado.
1991
Guerra do Golfo, Golpe de Moscovo e Nova Ordem Internacional
Centesimus Annus e primeira revolução global

Conselho Europeu de Maastricht. Reeleição de Mário Soares. Acordos de Bicesse. Dissolução do Comecon e do Pacto de Varsóvia. Ieltsine vence golpe de Moscovo. Implosão da URSS. Cavaco com nova maioria absoluta, massacre em Dili e tratado de Maastricht. Entre o soarismo presidencial e o cavaquismo governativo. El. Pr.11 (13 Jan. 1991). Eleição nº 71 (6 Out. 1991).
Cavaco com nova maioria absoluta, massacre em Dili e tratado de Maastricht
· Início da operação Tempestade no Deserto (Janeiro)
· Derrubado o regime pró-soviético da Etiópia (Maio)
· Acordos de Bicesse (Maio)
· Boris Ieltsine eleito em sufrágio universal Presidente da Federação Russa (Junho)
· Dissolução do COMECON (Junho)
· Dissolução do Pacto de Varsóvia (Julho)
· Assinado o Tratado START I (Julho)
· Golpe de Estado em Moscovo. Ieltsine sai vencedor (Agosto)
· Soviete Supremo proibe PCUS (Agosto)
· URSS reconhece a independência dos três Estados bálticos que a compunham (Setembro)
· Butros Butros-Ghali designado novo Secretário-geral da ONU (Novembro)
· Conselho Europeu de Maastricht (Dezembro)
· Criação da Comunidade de Estados Independentes (CEI) (Dezembro)
· Demissão de Gorbatchev; arreada bandeira vermelha do Kremlin (Dezembro)
· Implosão da URSS. Independência da maioria das suas ex-repúblicas
· Estados dos Balcãs proclamam independências
Janeiro
Começa a guerra do Golfo
Fevereiro
Da revolta dos países bálticos à transfiguração do PCI
Março
Ieltsine contra Gorbatchev
Abril
Fim da Guerra do Golfo e começo do BERD
Maio
Cai regime pró-soviético na Etiópia e assassinato de Rajiv Gandhi
Junho
Independências da Croácia e Eslovénia
Julho
Fim do Pacto de Varsóvia e Gorbatchev no G7
Agosto
Ieltsine vence golpe de Moscovo
Setembro
Soviéticos abandonam Cuba e reconhecem a independência dos países bálticos
Outubro
Fim do KGB e retirada soviética da Polónia
Novembro
Entre Ieltsine e Butros Butros-Ghali
Dezembro
A foice e o martelo fora do Kremlin e acordo em Maastricht
Guerra do Golfo, golpe de Moscovo e Nova Ordem Internacional Conselho Europeu de Maastricht Acordo de Bicesse entre MPLA e UNITA Dissolução do COMECON e do Pacto de Varsóvia Ieltsine vence golpe de Moscovo Implosão da URSS
Centesimus Annus e primeira revolução global
Entre o soarismo presidencial e o cavaquismo governativo
ep11 (13 Jan. 1991)
e71 (6 Out. 1991)
G 121
1991 era o ano do Conselho Europeu de Maastricht, da dissolução do Comecon e do Pacto de Varsóvia, de Ieltsine vencer golpe de Moscovo e de suceder a inevitável implosão da URSS, enquanto em Portugal se assitia à reeleição de Mário Soares e se celebravam os acordos de Bicesse, que pretendiam dar paz a Angola.
No plano comunitário era o tempo das jogadas negociais. Durante o primeiro semestre, de presidência luxemburguesa, tudo começava com a Irlanda a lançar as primeiras propostas sobre a coesão económica e social, como condição para a realização da União Económica e Monetária (Janeiro), seguindo-se propostas franco-alemãs sobre a segurança europeia, propondo a integração da UEO na Comunidade em1998 (15 de Fevereiro), uma proposta espanhola sobre a cidadania europeia (21 de Fevereiro) e uma declaração conjunta germano-italiana, propondo poderes alargados para o Parlamento Europeu (9 de Abril).
Entretanto, a conferência intergovernamental chegava a consenso quanto a um primeiro projecto de um tratado de união europeia, com três pilares (12 de Abril), protestando de imediato a Comissão contra esta a teoria, propondo, como alternativa a teoria da árvore (29 de Maio). E lá vinha um segundo projecto de tratado da união europeia, apresentado pela presidência luxemburguesa, mantendo a tese dos pilares, mas fazendo referências federalistas e reforçando o papel da Comissão (18 de Junho), até que o Conselho Europeu do Luxemburgo, em 28-29 de Junho, decidiu que o segundo projecto de tratado serviria de base para as negociações (28-29 de Junho).
Seguia-se a presidência holandesa que, em 30 de Setembro, já apresentava novo projecto de um tratado da união europeia (30 de Setembro), como uma segunda versão em 10 de Novembro, onde eram reforçados os poderes do Parlamento Europeu e se previa a realização de uma conferência intergovernamental em1996 na perspectiva de reforçar o carácter federal da União.
Então, para superar-se o impasse, os chefes de governo democrata-cristãos propuseram um compromisso: eliminação das referências federalistas, a fim de se garantir a integração da PESC na Comunidade (26 de Novembro). Assim se permitiu que o Conselho Europeu de Maastricht, de 10 de Dezembro, aprovasse a União Europeia, mas com o Reino Unido a recusar o capítulo social e a obter também cláusulas de exclusão relativamente à União Económica e Monetária. A política de segurança europeia ganhava, contudo, novos contornos, no último trimestre. Em 5 de Outubro surgia uma declaração conjunta anglo-italiana sobre a segurança e defesa, sublinhando a importância da NATO; no dia 11, uma iniciativa franco-alemã de um projecto sobre a PESC, pelo reforço da UEO; três dias depois era decidida a criação de um Eurocorpo por Mitterrand e Kohl e em 7-8 de Novembro reunia o Conselho Atlântico de Roma, onde os norte-americanos aceitavam o princípio de uma identidade europeia em matéria de defesa, ao mesmo tempo que se definia um novo conceito estratégico para a aliança atlântica. Seguia-se, em 20 de Dezembro, o começo do Conselho de Cooperação Norte-Atlântico, onde os 16 membros da NATO se juntavam a nove Estados da Europa central e oriental, um conjunto que, em Março de 1992, já englobava 36 membros.
Nova configuração sofriam, no entanto, as relações da Comunidade Europeia com os países do Leste europeu. Depois da inauguração do BERD, em 15 de Abril, eis que a Polónia, a Checoslováquia e a Hungria tratavam de solicitar um reforço do diálogo político com a Comunidade (20-22 de Agosto), o que se concretizaria com a assinatura dos acordos europeus da Comunidade Europeia com aqueles países do grupo de Visegrado (16 de Dezembro).
Mitterrand reunia em Praga com intelectuais europeus defendendo uma Confederação europeia com a URSS; Havel dizia-lhe que esta não podia ser feita sem os EUA e o Canadá (Junho). A grande alteração seria, no entanto, a dissolução do COMECON (28 de Junho) e do Pacto de Varsóvia ( 1 de Julho).
No plano das políticas domésticas europeias, surgiam eleições na Albânia, com vitória dos ex-comunistas (31 de Março) e na Bulgária, aqui com a vitória da União das Forças Democráticas (13 de Outubro), levando ao primeiro governo búlgaro sem comunistas (8 de Novembro). Também ocorriam eleições legislativas na Polónia (21 de Outubro) donde surgiria o novo governo, presidido por Jan Olsewski (9 de Dezembro)
Entretanto, a Croácia e a Eslovénia proclamavam a independência (25 de Junho), desencadeando um conflito que viria a confundir todo este processo. Se em Haia surgia uma conferência de paz para a Jugoslávia, sob a égide da Comunidade Europeia (7 de Setembro), eis que a Alemanha já reunificada tratava de reconhecer solitariamente a Eslovénia e a Croácia (23 de Dezembro)
Na Europa ocidental era o tempo do PCI se transformar no Partido Democrático da Esquerda (3 de Fevereiro), do Conselho Europeu extraordinário sobre a Guerra do Golfo (8-9 de Abril) e da Suécia se candidatar à adesão às Comunidades Europeias (1 de Julho).
Mais uma vez, quase nada de novo em Portugal, a não ser eleições. Nas presidenciais de 13 de Janeiro, era a reeleição de Mário Soares e, nas legislativas de 5 de Outubro, reforçava-se a maioria absoluta de Cavaco Silva (PSD,50,6%; PS, 29,1%; CDU, 8,8%; CDS, 4,4%; PSN,1,7%.). Em termos político-partidários, para além da entrada do deputado do PSN, Manuel Sérgio no hemiciclo de São Bento, Pedro Canavarro emergia como presidente do PRD (2 de Junho), Lucas Pires demitia-se de militante do CDS (15 de Novembro) e Barros Moura era expulso do PCP (19 de Novembro). Valia-nos a visita de João Paulo II (Maio) e a inauguração o último troço da auto-estrada Porto-Lisboa (13 de Setembro), mas só o massacre no cemitério de Santa Cruz em Dili adquiria um nível de dramatismo mobilizador das consciências cívicas(12 de Novembro)
O ano era sobretudo marcado pelo início da operação Tempestade no Deserto, a chamada Guerra do Golfo , até 28 de Fevereiro (17 de Janeiro). Mas grandes alterações ocorreriam na URSS que no fim do ano implodia. O ano começa com uma tentativa de regresso ao Império com uma intervenção militar de tropas do Ministério do Interior soviético nos países bálticos (7 de Janeiro).
No plano político, Gorbatchev conseguia que o Soviete Supremo decidisse um referendo sobre a União, entendida como federação renovada de repúblicas iguais e soberanas nas quais os direitos do homem e as liberdades serão garantidas às pessoas de todas as nacionalidades (17 de Janeiro)
Acontece que os países bálticos se antecipavam ao processo, com um referendo na Lituânia, com 95 % de votos a favor da independência (9 de Fevereiro) e referendos na Letónia e Estónia, também favoráveis à independência (3 de Março). Apesar de tudo, em 17 de Março, decorria um referendo sobre a manutenção da URSS proposto por Gorbatchev; em que, além dos países bálticos, também se recusavam participar a Geórgia, a Moldova. Em 30 de Março, um referendo na Geórgia aprova va a independência.
Nesta sequência, era assinado acordo para a constituição de uma União das Repúblicas Soviéticas Soberanas entre a Rússia, a Ucrânia, o Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguisistão, Turcomenistão e Tadjiquistão (1 de Junho)
Na Federação da Rússia prosseguia entretanto a dialéctica anti-Gorbatchev. Em 28 de Março, 200.000 manifestantes em Moscovo a favor de Ieltsine, apesar da proibição decretada pelo Governo da URSS. No dia 5 de Abril, o Parlamento Russo cria va o cargo de Presidente da Federação a ser eleito por sufrágio universal. Em 12 de Junho, Boris Ieltsine era eleito em sufrágio universal Presidente da Federação Russa (57,3% dos votos), contra Ryjkov (17%), Makachov (3,8%), Bakatime (3,4%), Jirinovski (7,8%) e Tuleev (7%); por referendo, Leninegrado voltava a designar-se Sam Petersburgo (12 de Junho). Em 29 de Julho a Federação da Rússia reconhecia a independência da Lituânia. Gorbatchev tentava resistir. Ia a Londres à Cimeira dos Sete Mais Ricos-G7 (15-17 de Julho) e via o plenário do PCUS aceitar o princípio da renúncia ao marxismo-leninismo (25 de Julho).
Em 31 de Julho era assinado o Tratado START I entre Bush e Gorbatchev (31 de Julho)
Mas em 19 de Agosto surgia Golpe de Estado em Moscovo; estava prevista para o dia 20 a assinatura de um novo tratado da União proposto por Gorbatchev (19 de Agosto) Uma Junta presidida por Janaiev declarava estado de excepção; diziam que Gorbatchev estava doente (em férias na Crimeia desde o dia 4; Ieltsine assumia a resistência e fazia da sede do parlamento russo, a Casa Branca, o bastião da resistência; populares de Moscovo levantam barricadas. Na noite de 20 para 21 a junta dava ordens à Brigada Anti-terrorista Alfa do KGB para prender Ieltsine; os tanques eram detidos por barreiras de populares (20-21 de Agosto). Em 22 de Agosto era arreada a bandeira comunista na sede do parlamento russo e içada a bandeira da frota comercial russa do tempo dos czares, ao mesmo tempo que começavam a derrubar-se as estátuas comunistas em toda a URSS. Gorbatchev regressava da Crimeia (22 de Agosto), apresentava explicações no Parlamento da Rússia (23 de Agosto) e demitia-se de Secretário-geral do PCUS (24 de Agosto). Em 29 de Agosto, o Soviete Supremo proibia PCUS, cujos bens eram, entretanto, confiscados.
Estas circunstâncias provocaram uma corrida ao secessionismo. O Parlamento da Estónia proclamava a independência (20 de Agosto), a que se seguiram idênticas proclamações na Letónia (21 de Agosto), na Ucrânia (24 de Agosto) e na Bielo-Rússia (25 de Agosto).
Em 27 de Agosto, já a Comunidade Europeia reconhecia a independência dos Estados Bálticos, no mesmo dia em que a Moldova proclamava a independência (27 de Agosto), seguindo-se as do Azerbaijão (29 de Agosto), do Quirguizistão e do Uzbequistão (31 de Agosto), antes de ocorrer um referendo na Arménia sobre a matéria (21 de Setembro).
Em 2 de Setembro, dez Estados da URSS anunciavam a criação de uma União de tipo confederal. Em 6 de Setembro, a URSS reconhecia a independência da Letónia, Lituânia e Estónia. Em 10 de de Setembro, os Estados Bálticos aderiam à CSCE, sete dias antes de serem admitidos na ONU (17 de Setembro). Em 14 de Novembro, sete Estados da URSS anunciavam a criação de uma União de Estados Soberanos. No dia 1 de Dezembro, era o referendo sobre a independência na Ucrânia. Em 16 de de Dezembro, o Cazaquistão proclamava a independência e, no dia 21 surgia a reunião em Alma Ata de todas as repúblicas da URSS, à excepção da Geórgia, donde resultava a chamada Comunidade dos Estados Independentes.
Outras medidas iam sendo, entretanto, assumidas. Em 11 de Setembro era anunciada a retirada de 11.000 soldados soviéticos de Cuba. Em Outubro, proclamava-se a supressão do KGB, ao mesmo tempo em que a URSS passava a membro associado do FMI (5 de Outubro). Dois dias depois era o acordo entre a URSS e a Polónia sobre a retirada de 50.000 soldados soviéticos (7 de Outubro). No dia 18 desse mesmo mês estabeleciam-se relações diplomáticas entre a URSS e Israel, ao mesmo tempo que dez repúblicas da URSS assinavam um tratado de união económica.
No dia 1 de Novembro, o Congresso de Deputados da Rússia atribuía plenos poderes a Boris Ieltsine para a reforma da economia e das finanças e, no dia 19, Chevarnadze voltava a ocupar as funções de Ministro dos Negócios Estrangeiros da URSS.
Finalmente, a 25 de Dezembro, dava-se a demissão de Gorbatchev e era arreada bandeira vermelha do Kremlin, depois de, no anterior dia 8, pelo Acordo de Minsk, a Rússia, a Bielo-Rússia e a Ucrânia concordarem em substituir a URSS por uma Comunidade de Estados Independentes.
Em África, o facto mais saliente, para além do derrube do regime pró-soviético da Etiópia (28 de Maio), era a assinatura dos Acordos de Bicesse entre o MPLA e a UNITA (31 de Maio), enquanto, em Cabo Verde, o partido da oposição, o MPD derrotava o PAICV (10 de Janeiro). Entretanto o egipcio Butros Butros-Ghali era designado novo Secretário-geral da ONU (21 de Novembro)
Na Ásia, era assassinado Rajiv Ghandi na Índia (21 de Maio), surgia o acordo de Paz para o Cambodja em Paris (23 de Outubro), antes de Li Peng visitar a União Indiana (11-16 de Dezembro).
Os novos desafios de 1989-1990. podem não ter derrotado o projecto europeu, mas mudaram as circunstâncias que o corporizavam, principalmente pelo desaparecimento do federador passivo, com a implosão da URSS.
Com efeito, é depois de 1989 que se concretizam as mais drásticas mudanças do mundo ocorridas depois da Segunda Guerra Mundial, nomeadamente pelo fim da guerra fria.
Mas, em vez da casa comum, parecia estar a acontecer um regresso a muitas das feridas anteriores aos tratados de paz das duas guerras mundiais deste século.
Depois da reunificação alemã, renasceu a balcanização. Depois do fim do comunismo, voltaram as questões político-religiosas e o clássico confronto de civilizações e quase regressamos ao ambiente da Guerra da Crimeia, para não falarmos em 1848 e nas inacabadas situações das minorias que aspiram a uma primavera dos povos, desses povos sem história que sempre circularam nas bordas dos impérios centrais, por entre os cinturões de populações mistas.
E lá voltámos a ter que reler a literatura do tempo da Santa Aliança e do sistema Metternich, recuperando manuais de relações internacionais e de direito internacional de há cinquenta e cem anos. Porque as ententes, as triplas alianças e as próprias pentarquias ameaçam, com o seu cortejo de Estados directores e de Estados secundários, de acordo com a regra da hierarquia das potências.
A literatura épica do fim do comunismo cedeu, aliás, lugar a um certo desespero. Foi a derrapagem da Guerra do Golfo, com a questão não resolvida pelos tratados de paz posteriores a 1914-1918, bem como a grande decepção da Jugoslávia, onde a nova Alemanha democrática, esquecendo-se da dimensão europeia, retomou, pela via diplomática, o que o Reich tinha feito pela violência.
Quando se reconhece a existência de um jardim das delícias democráticas (Philippe Braud), quando o papa João Paulo II lança a Centesismus Annus, Alexander King e Bertrand Schneider, em relatório para o Clube de Roma reconhecem a existência do The First Global Revolution. No plano das aventuras da política (Julien Freund), onde governar é parecer (Jean-Marie Cotteret), reconhecem-se as técnicas de construção do espectáculo político (Murray Edelman), apesar dos limites da interpretação (Umberto Eco). Destaque para o lançamento no Brasil de Liberalismo Antigo e Moderno de José Guilherme Merquior. Lev Gondick e Edward Weisband, em 1991, fazem o balanço Teaching World Politics. Contending Pedagogies for a New World. No ano seguinte, Robert Grafstein assume o Institutional Realism. Social and Political Constraints on Rational Actors. Em 1993, David A. Baldwin faz o confronto Neorealism and Neoliberalism. The Contemporary Debate, enquanto Eugene Brown e Donald Snow lançam The Contours of Power. An Introduction to Contemporary International Relations, tal como Barry Buzan, C. Jones e Richard Little se destacam com The Logic of Anarchy. From Neorealism to Structural Realism. Outras obras de 1991: Rafael Calduch Cervera, Relaciones Internacionales; Ernst-Otto Czempiel e James N. Rosenau, Governance without Government; António José Fernandes XE "Fernandes, ANTÓNIO JOSÉ" , Relações Internacionais. Factos, Teorias, Organização; A. J. R. Groom, International Relations Then and Now. Origins and Trends in Interpretation; Richard A. Higgot, International Relations. Global and Australian Perspectives on a Envolving Discipline; Stanley Hoffmann, Rousseau and International Relations; Joseph S. Nye, Global Cooperation after the Cold War. A Reassessment of Trilateralism. A Task Force Report to the Trilateral Commission; E. Ravenal, Beyond the Balance of Power. The Future of International Order; Martin Whigt , International Theory. The Three Traditions
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The Nature of Law and other Legal Writings
wAo contrário de alguns dos mitos de certa concepção cientificista da modernidade, Eric Voegelin XE "Voegelin" propõe, tanto para o direito como para a politologia, um modelo neoclássico de ciência de princípios, isto é, o regresso à autêntica perspectiva teórica que nunca significaria uma separação da praxis. Primeiro, porque não é possível que se atinja o nível da teoria sem que se parta de uma base empírica. Segundo, porque não há teoria sem experiência.
The Work of Nations

wRobert B. Reich considera que as empresas multinacionais já não cabem no universo concentracionário dos modelos burocráticos e centralizados, tendo constituído uma vasta rede de entidades descentralizadas, de tal maneira ramificadas pelo mundo que já não podem receber um bilhetes de identidade nacional. As empresas em causa deixaram, definitivamente, de ter pátria, até pelas participações cruzadas que se foram estabelecendo entre as que representavam as principais marcas do mercado.
The First Global Revolution
Não poucos salientam a própria existência de uma revolução global, expressão que começou a ganhar contornos de estabilidade nos finais da década de oitenta, entre os especialistas da ciência política e da teoria das relações internacionais, acabando por ser consagrada num relatório para o Clube de Roma, em 1991, da autoria de Alexander King XE "King, Alexander" e Bertrand Schneider XE "Schneider, BERTRAND" , onde se falava que vivíamos the first global revolution, a primeira revolução global da história da humanidade, na qual o principal estímulo para a identificação e a sobrevivência das comunidades políticas já não viria dos tradicionais amigos/inimigos da velha pretensa essência do político, de Carl Schmitt XE "Schmitt, Carl" e Julien Freund XE "Freund, Julien" , mas antes dos inimigos globais de todas as comunidades humanas.
Isto é, partindo do clássico princípio, segundo o qual o nós precede o eu, que cada um só ganha consciência de si mesmo quando consegue estabelecer uma fronteira com o outro - o que tem levado à sobrevalorização da ameaça vinda de força, como principal elemento de desintegração -, King e Schneider consideram que só no nosso tempo ter surgido uma espécie de ameaça global. Paradoxalmente, foi esse risco maior, o elemento mais acelerador da mundialização, foi desse medo global que nós, todo o mundo, começámos, assim, a identificar-nos, que os homens todos começam a ganhar consciência existencial da globalidade humana..
Mesmo o mais recente modelo cosmopolita salienta que os problemas ambientais como o aquecimento global do planeta, o buraco do ozono ou as chuvas ácidas não podem continuar a ser vistos como problemas locais, nacionais ou regionais, mas antes como problemas que afectam a humanidade como um todo.
Centesimus Annus

wEncíclica de João Paulo II, onde se defende a democracia como aquele sistema que assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos governados a possibilidade quer de escolher e controlar os próprios governantes , quer de os substituir pacificamente, quando tal se torne oportuno. Considera a doutrina social da Igreja uma nova concepção da sociedade e do Estado e, consequentemenete, da autoridade, distante do racionalismo iluministico, que concebe a realidade humana e social do homem de maneira mecanicista. Porque, embora aceitasse as regras do jogo do demo-liberalismo, mergulhava num subsolo filosofico radicalmente diverso dos temps modernas. Assinala que uma democracia sem valores converte-se facilmente num totalitarismo, aberto ou dissimulado. Advoga o princípio da subsidiariedade segundo o qual uma sociedade de ordem superior não deve interferir na vida interna de uma sociedade de ordem inferior, privando-a das suas competências, mas deve antes apoiá-la em caso de necessidade e ajudá-la a coordenar a sua acção com a das outras componentes sociais, tendo em vista o bem comum. Critica sistemas de segurança nacional, que visam controlar de modo capilar toda a sociedade para tornar impossível a ideologia marxista. Exaltando e aumentando o poder do Estado... pretendem preservar o seu povo do comunismo; mas, fazendo isso, correm o grave risco de destruir aquela liberdade e aqueles valores da pessoa em nome das quais é preciso opor-se àqueles. Observa que a sociedade de bem-estar ou sociedade de consumo tende a derrotar o marxismo no terreno do puro materialismo, mostrando como uma sociedade de livre mercado pode conseguir uma satisfação mais plena das necesisdades materiais humanas que a defendida pelo comunismo, e excluindo igualmente os valores espirituais. Na verdade, se, por um lado, é certo que este modelo social mostra a falëncia do marxiso ao construir uma sociedade nova e melhor, por outro aldo, negando a existëncia autónoma e o valor da moral, do direito, da cultura e da religião, coincide com ele na total redução do homem à esfera da economia e da satisfação das necesidades materiais. Reconhece o Estado como sujeito autónomo de decisão moral, em nome da autonomia e da subjectividade da sociedade, mas, em nome do princípio da subsidiariedade, não deixa de salientar que uma sociedade de ordem superior não deve interferir na vida interna de uma sociedade de ordem inferior, privando-a das suas competências, mas deve antes apoiá-la em caso de necessidade e ajudá-la a coordenar a sua acção com a das outras componentes sociais, tendo em vista o bem comum. Também sobre a soberania e o direito internacional público, observa : como dentro dos Estados chegou finalmente o tempo em que o sistema da vingança privada e da represália foi substituído pelo império da lei, do mesmo modo é agora urgente que um progresso semelhante tenha lugar na comunidade internacional
1992
Maastricht, teledemocracia e operação mãos limpas
Do futuro federalista da Europa à nova ordem ecológica

Assinatura do Tratado da União Europeia. Aprovação do fim do apartheid. Começa a guerra na Bósnia-Herzegovina. Proclamada uma república islâmica no Afeganistão. Criação do Espaço Económico Europeu
Reforma da PAC. Eleições em Angola. Morte de Willy Brandt. Bill Clinton eleito presidente dos EUA. Operação Restaurar a Esperança na Somália. Adoptado o pacote Delors II. Referendos sobre Maastricht. Assinado o tratado instituidor da NAFTA. Televisão privada, Plataforma de Esquerda e Manuel Monteiro. Do erro de Descartes à nova história de Portugal.
Assinatura do Tratado da União Europeia (Fevereiro)
Aprovação do fim do apartheid (Março)
Começa a guerra na Bósnia-Herzegovina (Abril)
Proclamada uma república islâmica no Afeganistão (Abril)
Criação do Espaço Económico Europeu (Maio)
Reforma da PAC (Maio)
Eleições em Angola (Setembro)
Morte de Willy Brandt (Outubro)
Bill Clinton eleito presidente dos EUA (Novembro)
Operação Restaurar a Esperança na Somália (Dezembro)
Adoptado o pacote Delors II (Dezembro)
Referendos sobre Maastricht
Janeiro
Entre a primeira presidência portuguesa da CE e a ascensão de Butros Gali
Fevereiro
O fim formal da guerra fria e assinatura do Tratado de Maastricht
Março
Eleitores brancos da RAS aprovam o fim do apartheid
Abril
Começa a guerra na Bósnia-Herzegovina (5 de Abril)
Proclamada uma república islâmica no Afeganistão, depois da entrada dos mujahidin em Cabul (25 de Abril)
Sérvia e Montenegro formam uma nova República Federal da Jugoslávia (27 de Abril)
Entrada do escudo no mecanismo de taxas de câmbio do Sistema Monetário Europeu (4 de Abril de 1992)
Eleições britânicas, vitória dos conservadores (9 de Abril)
Inaugurada a Exposição Universal de Sevilha (20 de Abril)
Maio
Criação, no Porto, do Espaço Económico Europeu (2 de Maio)
Junho
Dinamarqueses recusam a ratificação do Tratado de Maastricht, por 50,7% (2 de Junho)
Julho
Rublo torna-se convertível (1 de Julho)
Agosto
Ieltsine e Kravtchuk assinam acordo sobre a frota do Mar Negro (3 de Agosto)
Setembro
Referendo sobre Maastricht em França; vitória tangencial do sim (20 de Setembro)
X Conferência dos Não Alinhados em Jacarta (Setembro)
Eleições em Angola (29 de Setembro)
Outubro
Regresso da guerra a Angola (30 de Outubro)
Novembro
Bill Clinton eleito presidente dos EUA (3 de Novembro)
Dezembro
Operação Restore Hope - Restaurar a Esperança na Somália (9 de Dezembro)
Assinado o tratado que institui a NAFTA (Associação para o Comércio Livre na América do Norte), com os EUA, Canadá e México (17 de Dezembro). Vai entrar em vigor em 1 de Janeiro de 1994Clinton é eleito presidente norte-americano (Novembro), surge a NAFTA (17 de Dezembro) e, na Europa, com os jogos Olímpicos, decorrendo em Barcelona, é assinado o Tratado de Maastricht, instituindo-se a União Europeia (Fevereiro). Tanto começa a guerra na Bósnia (Abril) como se dá a intervenção internacional na Somália (Dezembro). É através do novo governo de maioria absoluta de Cavaco Silva que Portugal inicia a primeira presidência portuguesa da Comunidade Europeia. Dá-se, entretanto, uma profunda alteração na liderança dos partidos da oposição. No Partido Socialista, é eleito António Guterres; no CDS, surge Manuel Monteiro; antigos membros do PCP, constituem a Plataforma de Esquerda; finalmente, surge um novo secretário-geral no PCP, Carlos Carvalhas. O governo sofre, entretanto, os primeiros sinais de contestação social, com manifestações de estudantes contra o proposto regime das propinas e vagas de contestação de agricultores, descontentes com o processo de aplicação da Política Agrícola Comum. Em Julho é conhecido o desfalque do maior corretor português, Pedro Caldeira, enquanto Maria José Nogueira Pinto se demite do governo (19 de Agosto). Pela Lei Constitucional nº 1/92, de 25 de Novembro, ocorre a terceira revisão constitucional, visando a adequação ao Tratado de Maastricht. Para além da recepção do conceito de cidadão europeu e da alteração do estatuto do Banco de Portugal, o texto constitucional passa a defender a construção da união europeia... com respeito pelo princípio da subsidiariedade, tendo em vista a realização da coesão económica e social. No fim do ano iniciam-se as emissões da primeira televisão privada portuguesa, a SIC, liderada por Pinto Balsemão. Entra-se numa era nova, próxima da teledemocracia. A direita personificada pelo jovem líder Manuel Monteiro, recebe os impulsos de um discurso concebido pela geração do Independente, principalmente através do colunista Paulo Portas. No PSD pontifica a actuação mediática do antigo marxista-leninista maoísta, José Pacheco Pereira. No ano em que a Renamo assina com a Frelimo o acordo geral de paz para Moçambique, pondo fim a dezasseis anos de guerra civil, esta volta a Angola, depois da revolta de Luanda onde a Unita foi decapitada num só dia, com mil mortos, entre os quais os líderes do movimento Salupeto Pena e Jeremias Chitundo.
O ano de 1992, em termos comunitários, começou com o início da primeira presidência portuguesa da Comunidade Europeia (1 de Janeiro) e com a assinatura formal do Tratado sobre a União Europeia (7 de Fevereiro), depois dos Estados Membros terem reconhecido a Eslovénia e a Croácia (15 de Janeiro)
Importava agora proceder à ratificação do Tratado da União Europeia e o Parlamento Europeu, em 7 de Abril, chegava mesmo a aprovar uma resolução onde solicitava aos Parlamentos nacionais para promoverem a ratificação do mesmo, criticando, no entanto, o deficit democrático.
As Cortes espanholas eram solícitas e resolviam a questão favoravelmente logo a 21 de Maio. Mas, em 2 de Junho, acontecia a surpresa dos dinamarqueses, em referendo, recusarem a ratificação por 50,7% .
O choque foi tremendo. Se não pareceu afectar a Irlanda, que, em referendo, ratificou Maastricht, por 68,7% (18 de Junho), bem como o Luxemburgo, cujo parlamento tomou idêntica atitude (2 de Julho), e a Grécia que, da mesma forma procedeu (31 de Julho), atingiu um certo dramatismo em França, onde o referendo, apesar de tudo foi favorável (20 de Setembro). No Outono, seguiram-se as decisões favoráveis dos parlamentos de Itália (26 de Outubro), da Bélgica (4 de Novembro) e de Portugal (10 de Dezembro)
Outro referendo ia também afectar o Espaço Económico Europeu, cujo acordo instituidor havia sido assinado no Porto, em 2 de Maio. Com efeito, os suíços, em 5 de Dezembro, recusaram ratificar o tratado sobre o EEE, o que teve como efeito suspender o pedido de adesão apresentado em 20 de Maio. Idêntica atitude de candidatura à Comunidade Europeia fora também expressa pela Finlândia, em 18 de Março e pela Noruega em 25 de Novembro. Entretanto, em 20 de Novembro, a Grécia aderia à UEO.
Nuvens negras caíam entretanto sobre a Europa monetária, depois do escudo aderir ao SME, em 3 de Abril. Com efeito, em 13 de Setembro surgia uma profunda crise com a desvalorização da lira em 13% e logo no dia 17, eis que a lira, juntamente com a libra saíam do mecanismo de câmbios do SME, no mesmo dia em que se dava a desvalorização da peseta em 5%. Em 23 de Novembro, depois de nova desvalorização da peseta em 5%, dava-se também uma desvalorização do escudo na mesma percentagem.
Eis uma Europa indecisa, onde o Parlamento Europeu apelava para a convocação de uma conferência intergovernamental antes de 1996, a fim de superar-se o deficit democrático (14 de Outubro) e que no Conselho Europeu de Edimburgo, de 11-12 de Dezembro, era adoptado o pacote Delors II, onde tinha de conceder à Dinamarca a hipótese de algumas derrogações ao Tratado da União Europeia; (11-12 de Dezembro)
Em 6 de Abril, dava-se o reconhecimento da Bósnia-Herzegovina pela UE e pelos USA. No dia 9, nas eleições britânicas, vitória dos conservadores. No dia 20 era inaugurada a Exposição Universal de Sevilha. Em e 2 de Maio, ocorria uma reunião informal dos ministros dos estrangeiros dos doze em Guimarães. No dia 21, o Conselho adoptava a reforma da PAC, no mesmo mês em que Giscard d'Estaing e deputados a ele afectos passavam a integrar o PPE, bem como os 32 deputados conservadores britânicos.
Em Portugal, a permanência florescente do cavaquismo continuava a desestabilizar os vários partidos da oposição que, durante o ano, vêem surgir novas lideranças. Em 23 de Fevereiro, António Guterres era eleito secretário-geral do PS. Em 22 de Março, surgia Manuel Monteiro, como novo presidente do CDS, cuja nova política europeia iria levar o antigo presidente, Freitas do Amaral, a demitir-se de militante. Já na zona comunista, se em 9 de Maio dissidentes do PCP constituíam a Plataforma de Esquerda, eis que em 5 de Dezembro, Carlos Carvalhas substituía Álvaro Cunhal como secretário-geral do PCP.
Algumas pequenas turbulências afectavam o governo. Demitia-se o Ministro da Educação Diamantino Durão (16 de Março), surgiam manifestações de estudantes e agricultores contra a política governamental (Março), Maria José Nogueira Pinto demitia-se do governo (19 de Agosto) e anunciava-se o caso Pedro Caldeira (23 de Julho)
A principal alteração sociológica prendia-se contudo com o começo das emissões do primeiro canal privado de televisão, a SIC (6 de Outubro), pouco antes das eleições regionais trazerem novas maiorias absolutas do PSD (11 de Outubro), enquanto em Timor ocorria a prisão de Xanana Gusmão (20 de Novembro)
Depois de, em Maio, ocorrer no novo Centro Cultural de Belém um debate sobre A Europa Após Maastricht promovido pelo governo, eis que em 10 de Dezembro, a Assembleia da República ratificava o o Tratado da União Europeia.
Neste ano de 1992, Butros Butros-Ghali iniciava funções de Secretário-Geral da ONU (1 de Janeiro) e desenrolava-se a Eco 92 no Rio de Janeiro (3 de Maio), reunindo-se também a X Conferência dos Não Alinhados em Jacarta (Setembro), antes do democrata Bill Clinton ser eleito presidente dos EUA (3 de Novembro).
Na Rússia e na Ucrânia entrava em vigor o regime de preços livres (2 de Janeiro), decorria em em Washington uma conferência sobre a ajuda internacional à CEI (22-23 de Janeiro) e as repúblicas integradas em tal comunidade eram admitidas na CSCE (30-31 de Janeiro).
James Baker visitava várias repúblicas da CEI (17-18 de Fevereiro), depois de Zviad Gamsakhurdia ser destituído por um conselho militar na Geórgia (2 de Janeiro) e antes de Chevarnadze ser eleito presidente do Conselho de Estado da Geórgia (10 de Março). Pouco depois, já a Geórgia, a Eslovénia e a Croácia eram admitidas na CSCE (24 de Março).
Depois da Federação da Rússia tomar assento no Conselho de Segurança da ONU, substituindo a URSS (31 de Janeiro), dava-se a cimeira entre Bush e Ieltsine em Camp David (1 de Fevereiro). Seguia-se um tratado de Amizade entre a Polónia e a Ucrânia (18 de Maio), antes da Federação da Rússia e das restantes ex-repúblicas soviéticas aderirem ao FMI (1 de Junho).
Eltchibey era eleito presidente do Azerbaijão (7 de Junho), antes de nova cimeira entre Bush e Ieltsine em Washington (17 de Junho). O rublo tornava-se convertível (1 de Julho), a Geórgia era admitida na ONU (31 de Julho), antes de Ieltsine e Kravtchenko assinarem um acordo sobre a frota do Mar Negro (3 de Agosto).
Na Europa da Leste, surgia a vitória do Partido Democrático nas eleições da Albânia (29 de Março), antes de começar a a guerra na Bósnia-Herzegovina (5 de Abril) e da Sérvia e Montenegro formarem uma nova República Federal da Jugoslávia (27 de Abril).
O Parlamento polaco encarregava Waldemar Pawlak de constituir governo (5 de Junho), antes do acordo de cooperação entre a França e a Ucrânia (16 de Junho). Em 20 deste mês dava-se a demissão de Vaclav Havel, depois de acordo para a divisão da República Checa e Eslovaca (20 de Junho). No dia 10 de Julho surgia um novo governo polaco, dirigido por Hanna Suchocka (10 de Julho). Na Alemanha, ocorria o repatriamento de Erich Honecker (29 de Julho), enquanto nos últimos dias da Checoslováquia, morria Alexander Dubcek (7 de Novembro).
Em África, dava-se a dissolução da FIS na Argélia e declarava-se o estado de emergência (4 de Março), pouco antes dos eleitores brancos da República da África do Sul aprovarem o fim do apartheid (17 de Março). Em Angola, depois da esperança das eleições (29 de Setembro), regressava a guerra civil (30 de Outubro). Em 9 de Dezembro, começava a operação Restaurar a Esperança na Somália.
Na Ásia, era proclamada uma república islâmica no Afeganistão, depois da entrada dos mujahidin em Cabul (25 de Abril), antes de se demitir o presidente pró-soviético, Najibullah (28 de Março).
wNo plano das ideias, no ano da morte de Hayek, quando Dusan Sidjanski reflecte sobre L'Avenir Fédéraliste de l'Europe e Nicholas Tenzer nos questiona sobre se as elites estão a levar ao fim a democracia, Francis Fukuyama transforma um artiguinho publicado três anos antes num pretensioso tratado The End of History and the Last Man, um best seller que a prática desmente. Luc Férry reflecte sobre a Nouvelle Ordre Écologique, prossegue a saga dos comunitaristas, questiona-se o fim da soberania (Joseph Camilleri). São muitas as pesquisas teóricas sobre a nova ordem mundial (Robert Tucker) e a nova geopolítica (Michael Ward). C. Colliot-Thélène fala sobre a história do desencanto do Estado, de Hegel a Weber, e Chantal Millon-Delsol reflecte sobre o Estado Subsidiário e o princípio da subsidiariedade. Teoriza-se o fanatismo (Dominique Colas), a predatory rule do político em África (Robert Fatton), a cultura do consentimento (John Kenneth Galbraith), os fundamentos morais das instituições do mercado (John Gray), a tribalização do mundo (Michel Maffesoli) e a corrupção da república (Yves Mény), num tempo de estranho pós-comunismo (G. Mink). Já o historiador José Mattoso inicia a publicação de uma monumental História de Portugal que, de certa maneira, vai ocupar o lugar da que havia sido desencadeada por Damião Peres. Francisco Lucas Pires interroga-se sobre O Que é a Europa?, Luís de Sá reflecte sobre Eleições e Igualdade de Oportunidades e destaca-se a publicação das Memórias de Luís Cabral de Moncada, enquanto Paulo Ferreira da Cunha se doutora em Paris, com Mythe et Constitutionnalisme au Portugal (1778-1826) e começa a destacar-se o popperiano João Carlos Espada com Dez Anos que mudaram o Mundo. Crónicas sobre o Renascimento da Ideia Liberal, enquanto Franco Nogueira escreve Juízo Final. M. Light e A. J. R. Groom editam Contemporary International Relations. A Guide to Theory; Pierre Allan, Pierre, The End of Cold War. Evaluating Theories of International Relations; Bertrand Badie XE "Badie, Bertrand" , Le Retournement du Monde. Sociologie de la Scène Internationale; John Baylis, Dilemmas of World Politics. International Issues in a Changing World; Robert Grafstein, Institutional Realism. Social and Political Constraints on Rational Actors; Edmond Jouve, Relations Internationales ; Roberto Mesa, La Nueva Sociedad Internacional; Angelo Panebianco, Relazioni Internazionali; Pierre Senarclens, La Politique Internationale; Steve Smith, Explaining and Understanding International Relations.
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The End of History and the Last Man

wObra de Francis Fukuyama, marcada por um exacerbado etnocentrismo.
wContinuando os preconceitos racistas e anticatólicos da sociedade WASP, assentes no tradicional decsonhecimento do outro, fala numa tradição ibérica autoritária, patrimonial, católica, estratificada, corporativa e semi-feudal. Não consta que tenha lido Fernão Mendes Pinto, ou conhecido a biografia de São Francisco Xavier.
The United States and the End of Cold War
No mundo viveremos sempre entre a integração e a fragmentação, para utilizarmos os termos de J. L. Gaddis XE "Gaddis, J. L." (1992). Seremos sempre um equilíbrio instável entre forças centrípetas, que apontam para a convergência, e forças centrífugas, que apontam para a divergência. O Estado soberano, contra o Estado-Nação; a mundialização, contra o identitarismo; a regionalização das integrações económicas e a globalização das economias, contra o proteccionismo e o autarcismo; para não falarmos da integração política, com o seu federalismo funcional, contra os princípios da cooperação política.
Porque tanto há uma globalização transnacional como uma fragmentação estadual, por vezes apoiada no inter-estadual. Porque os mundos da geoeconomia e da geo-finança enfrentam o da geopolítica. E muitos outros contraditórios se irão acumulando, até porque a ordem, como concórdia dos cânones discordantes, nunca foi unidimensionalidade, mas vida.
1993
Da conclusão do Mercado único à procura da nova ordem internacional
A terceira onda da democracia

Conclusão do Mercado único. Divisão da Checoslováquia. Após várias tentativas, Dinamarca aprova Maastricht. Câmara dos Comuns ratifica o Tratado de Maastricht. Entra em vigor o Tratado sobre a União Europeia. Termina o Uruguay Round. União Europeia, Partido Popular, TVI e PS vencendo autárquicas.
Televisão privada, Plataforma de Esquerda e Manuel Monteiro
União Europeia, Partido Popular, TVI e PS vencendo autárquicas
Da conclusão do mercado único à procura da nova ordem internacional
A terceira onda da democracia
Maastricht, teledemocracia e operações mãos limpas
Do erro de Descartes à nova história de Portugal
Conclusão do Mercado único (Janeiro)
Divisão da Checoslováquia (Janeiro)
Após várias tentativas, Dinamarca aprova Maastricht (Março)
Câmara dos Comuns ratifica o Tratado de Maastricht (Agosto)
Entra em vigor o Tratado sobre a União Europeia (Novembro)
Termina o Uruguay Round (Dezembro)
Janeiro
O fim da Checoslováquia
Fevereiro
Operação mãos limpas
Eleições legislativas francesas. Vitória da direita (20 de Março de 1993 e 28 de Março)
Brasil em referendo aprovam a manutenção do regime republicano e o sistema presidencialista (21 de Abril)
EUA: Clinton abandona oficialmente o programa SDI, lançado por Reagan em 23 de Março de 1983.
João Paulo II visita a Albânia (25 de Abril)
Num segundo referendo, os cidadãos dinamarqueses pronunciam-se a favor da ratificação do Tratado da União Europeia (18 de Maio)
Embocadas na Somália contra os capacetes azuis (15 de Junho)
Confrontos na Nigéria. O general Ibrahim Babangida que anula os resultados das eleições legislativas acaba por ser derrubado (5 de Julho)
Acordo de paz na Libéria (25 de Julho)
Reunião do G7 em Tóquio (7 de Julho)
Morte do rei Balduíno* da Bélgica (31 de Julho)
Câmara dos Comuns ratifica o Tratado de Maastricht (2 de Agosto)
Acordos de Washington entre Yasser Arafat e Itzhak Rabin (13 de Setembro)
Emboscada na Somália mata cerca de 18 americanos (3 de Outubro). Clinton, em 7 de Outubro, anuncia o reforço do dispositivo militar, mas também que todos os soldados norte-americanos, cerca de 28 000, abandonariam o território até 31 de Março de 1994. A esperança não era restaurada e a Somália ficava fragmentada entre os vários senhores da guerra.
Entra em vigor o Tratado de Maastricht sobre a União Europeia, quando se concluem os processos de ratificação do mesmo (1 de Novembro).
Nova constituição sul-africana (Nov. 18)
Conselho Europeu de Bruxelas aprova as orientações do Livro Branco da Comissão sobre a competitividade, o crescimento e o emprego e fixa a sede de várias instituições comunitárias (9-10 de Dezembro)
Entra em vigor o Tratado da União Europeia (1 de Novembro) e dá-se a chamada conclusão do Mercado Único (1 de Janeiro), enquanto o Conselho Europeu de Copenhaga adopta o princípio do alargamento aos países da Europa Central e Oriental (22 de Junho). Mas a chamada procura da nova ordem internacional, depois do chamado fim da chamada guerra fria, e no começo da era Clinton, apenas demonstra que, afinal, não há nenhum fim da história nem, muito menos, qualquer fim do comunismo, até porque a República marxista-leninista-maoísta da China, que representa cerca de um quarto da humanidade, continua e o golpe de Moscovo ocorre nos dias 4 e 5 de Outubro, neste ano em que se comemora o centenário de Mao Tse Tung. Voltamos, de certa maneira, à idade do nacionalismo, ao mesmo tempo que continuamos na procura dos grandes espaços, com nações em regime de secessão e nações em regime de unificação, com pan-germanismo, pan-arabismo e pan-eslavismo. Se se conclui o Uruguay Round do GATT e começa a falar-se numa organização mundial do comércio, ainda nos quadros da velha ordem, eis que a Europa entra em regime de pós-Maastricht, com o fim da euforia e o regresso de uma Realpolitik, novamente em alemão, com a Rússia a viver uma dialéctica que passa por Yeltsin e Jirinovski. Volta a guerra, especialmente em Angola e na Sérvia, recrudesce a peste, principalmente da SIDA, e continua o crescendo da fome, num tempo de interregno, com crise sem depressão, no chamado Ocidente. Guerras, mas sem guerra mundial e com regressão do terrorismo. Fome, sem grandes depressões, mas com a ajuda humanitária a falhar.
wNo ano em que se vive o ritmo do enigma europeu (Guilherme de Oliveira Martins), de uma Europa em transição (Guilhaudis), talvez um strange superpower (Buchanan), ou a última utopia (Dominique Wolton), de um projecto que vive entre o labirinto e a casa comum (Viriato Soromenho Marques), num fim do século que pode ser o começo da Europa (Robert Lafont) em tempo de The Work of Nations (Robert Reich) visando o capitalismo do século XXI. Se alguns querem preparar o século XXI (Paul Kennedy) e outros lamentam-se com o fim da democracia (Jean-Marie Guéhenno), há quem teorize o pós-liberalismo (John Gray) e a ilusão política para se reinventar a democracia (Manuel Jiménez Parga). Enquanto isto, o harvardiano Samuel Huntington fala na Third Wave da democracia, onde coloca o Portugal de 1974 como o ponto de partida para um processo libertador que vai levar ao fim do comunismo, ao mesmo tempo que Régis Debray analisa o Estado Sedutor e as revoluções mediológicas da política e que John Rawls teoriza Political Liberalism. Destaca-se, contudo, a publicação póstuma de um fundamental estudo de Hannah Arendt, Was ist Politik?, quando Zbigniew Brzezinski reconhece que estamos out of control, Yves Cannac fala no regresso do Estado e Danillo Castellano procura a racionalidade da política. O liberal brasileiro pensa nos Vícios Privados, Benefícios Públicos, retomando The Fable of Bees, e Gidon Gottlieb fala em Nation Against State, em tempo de conflitos étnicos e de declínio da soberania, de procura do localismo (Albert Mabileau), pandaemonium (Daniel Patrck Moynihan) e de nova Idade Média (Alain Minc). Entre nós, com Nuno Rogeiro a tentar a síntese sobre O que é a Política?, Boaventura Sousa Santos continua a marcar com Portugal. Um Retrato Singular e Vasco Pulido Valente destaca-se com Os Devoristas. Já Jacques Séguélla é inequívoco: L'Argent n'a pás d'Idées. Seules les Idées font l'Argent. David Allen Baldwin, Neorealism and Neoliberalism. The Contemporary Debate; Chris Brown International Relations Theory. New Normative Approaches; Barry Buzan, The Logic of Anarchy. From Neorealism to Structural Realism; Ernst-Otto Czempiel, Weltpolitik im Umbruch; Marcel Merle, Les Relations Internationales à l’Épreuve de la Science Politique. Mélanges Marcel Merle; Joseph Nye, Understanding International Conflicts. An Introduction to Theory and History; Volker Rittberger, Regime Theory and International Relations; James N. Rosenau, Global Voices. Dialogues in International Relations ; Jan Art Scholte, International Relations of Social Change; Pierre Weiss, Relations Internationales. Le Nouvel Ordre Mondial.
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Was ist Politik?

wA política, conforme as palavras de Hannah Arendt, não resulta de uma necessidade da natureza humana, como a fome ou o amor, nem sequer é uma instituição indispensável para a comunidade humana. Pelo contrário, ela começa precisamente onde o domínio das necessidades materiais e o da força física acabam. A política surge na praça pública, na agora ateniense ou no forum romano, nesse lugar onde os que são livres e iguais podem encontrar-se em qualquer momento, nesse lugar de encontro e de diálogo entre os homens livres. A política começou assim por ser a acção livre e a palavra livre, onde a palavra e a acção não estavam separadas. Aliás, aquele que levava a cabo grandes acções devia também ser capaz de proferir discursos em consonância. A política é assim o ser-um-com-o-outro e o falar-em-conjunto-àcerca-de-qualquer-coisa, o espaço público-político é para os gregos o espaço comum (koinon) onde todos se assemelham, é igualmente o único espaço no qual todas as coisas podem ser valorizadas tomando em consideração todos os seus aspectos. Desta forma, a democracia e a política, em vez da sabedoria dos filósofos, exigem a phronesis e, consequentemente, a persuasão e a comunicação mútuas. Assim, a persuasão tem a ver com o método tópico e argumentativo, onde se deve encarar uma coisa a partir de vários pontos de vista opostos e, depois, sob todos os seus aspectos, essa capacidade de ver realmente as coisas de diferentes perspectivas. É que, ver uma coisa de diferentes perspectivas equivale a ter várias pessoas a perspectivar o mesmo problema, dado que assim cada coisa aparece, de cada vez, sob diferentes perspectivas. o sentido da política é a liberdade. Assim, o sentido da política, e não o seu fim, consiste na circunstância dos homens livres, para além da violência, do constrangimento e do domínio, terem entre eles relações de iguais e não serem chamados a comandar e a obedecer senão quando pressionados pela coacção, isto é, em tempo de guerra. A política consiste assim em todos os assuntos deverem ser regidos pela discussão e pela persuasão mútua. Neste sentido, refere que a política nasce no espaço-que-está-entre-os-homens, num espaço intermediário, onde se desenrolam todos os negócios humanos, nesse espaço entre os homens que constitui o mundo. O sentido da política é a liberdade, no tal milagre da liberdade que quer dizer espontaneidade, isto é, o facto de cada homem poder ser um taumaturgo, poder começar uma série a partir de si mesmo, poder desencadear um processo a partir de si mesmo . Neste sentido, Arendt observa que o chefe político na Grécia era traduzido pela palavra archein que tanto queria dizer comandar como começar, isto é, aquele que é capaz de começar qualquer coisa, enquanto prattein significava o facto de conduzir ao seu termo uma coisa começada, no mesmo sentido da expressão latina agere o pôr qualquer coisa em movimento, isto é, desencadear um processo. Ver Qu'est ce que la Politique? [1993], estabelecimento do texto por Ursula Ludz, prefácio e tradução do alemão de Sylvie Courtiner-Denamy, Paris, Seuil, 1995.
Totalitarianism, Model Mania and Learning from Error

Giovanni Sartori, vem utilizar outro modelo para a conceitualização do totalitarismo, fazendo nele imbricar as degenerescências do autoritarismo e da ditadura. Utilizando cada uma das três categorias como modelos abstractos, marcados por determinadas características, vem considerar que na realidade, os diversos regimes degenerados vão pontuando, segundo vários critérios, numa de três tipologias - totalitarismo (t), autoritarismo (a) e ditadura simples (d), conforme os critérios da ideologia, da penetração do Estado na sociedade civil, da coerção, da independência dos subgrupos dentro do Estado em causa, as políticas face a outros Estados, da arbitrariedade do poder, do centralismo do partido.. Quanto à ideologia, ela pode ser forte e totalística (t), não totalística (a) e irrelevante ou fraca (d). A penetração do Estado na sociedade civil pode ser extensiva (t), modesta (a) ou nenhuma (d). A coerção pode ser alta (t), média (a) ou média baixa (d). A independência dos subgrupos pode ser nenhuma (t), limitada a grupos políticos (a) ou permitida com excepções (d). As políticas face a outros grupos estaudais pode ser destrutiva (t), exclusivista (a) ou errática (d). A arbitrariedade pode ser ilimitada (t), dentro de limites prévios (a) ou errática (d). O centralismo do partido pode ser essencial (t), útil (a) ou mínimo ou nenhum (d). Segundo o critério da ideologia, entendida como um sistema de crenças idêntico ao de uma religião, uma interpretação substantiva do mundo ou uma simples forma mentis, a gradação passaria por um crescendo. Quanto à penetração do Estado (aparelho de poder) na sociedade civil, o totalitarismo seria aquele regime que destrói a separação entre o público e o privado. Já não estaríamos perante o L'État c'est moi, do despotismo esclarecido, mas antes naquilo que Trotski disse de Estaline: La Societé c'est moi. Mussolini, por exemplo, apesar de ter proclamado o tudo no Estado, nada fora do Estado, não passou da retórica, dado que na Itália fascista continuaram a florescer vários nichos de autonomia da sociedade civil..
O totalitarismo assumir-se-ia sempre como uma negação de uma concepção pluralista da sociedade. Seria, pelo menos, a destruição da crença no valor do pluralismo.
Já quanto ao critério da coerção ou mobilização, Sartori refere que a capacidade de mobilização tanto pode resultar da densidade organizacional como do fervor ideológico, sublinhando que a concentração do poder (isto é, a não separação dos poderes) não pode ser confundida com a respectiva centralização, da mesma forma como um sistema monista não tem que ser monolítico.
A este respeito, se C. J. Friedrich colocava como um dos elemento definidores do totalitarismo, um sistema policial terrorista (terrorist police system), já Sartori considera que o terror é contingente num sistema totalitário, não sendo uma característica necessária, porque quando o controlo totalitário entrou na rotina, o terror tornou-se supérfluo.
Quanto ao critério da arbitrariedade, Sartori define-o como o exacto contrário da rule of law, do Estado de Direito.
Aceitando o essencial desta perspectiva, acrescentaremos que são possíveis três concepções de totalidade política e, consequentemente três modelos de totalitarismo.
No Estado fascista e, em certo sentido, no absolutismo, é o Estado, qua tale, que domina e forma a sociedade, suprimindo a liberdade desta;
No Estado soviético, surge o Estado-Partido, primeiro, com Lenine, onde temos um partido totalitário visando a reconstrução total da sociedade, depois, com Estaline, com um Estado totalitário que subordinou totalmente a sociedade, e, finalmente, com Brejnev, onde surge um Estado totalmente estagnado, dominado por um partido totalitário corrupto.
Num terceiro modelo, como foi praticado pelo nazismo, o Estado e a Sociedade já se reúnem numa unidade nova, através de uma espécie de terceira força: o povo político formando um todo, através de um movimento que transforma o Estado num simples aparelho administrativo.
Preparing for the Twenty-First Century
wObra de Paul Kennedy onde este autor se distancia das teses que aceitam o protagonismo dos grandes homens na história, aceitando o chamado poder anónimo das grandes forças sociais. Os jogos de poder do que designa como Estados-Nações (tem como paradigmas a Grã Bretanha e os USA) estão a dar lugar aos choques tecnológicos, demográficos e ecológicos: as comunidades, e até países inteiros, parecem ter cada vez menos controlo sobre o seu próprio destino. As estruturas de poder tradicionais estão confundidas com taxas de fertilidade aquém da taxa natural de reposição, imigração ilegal e fluxos monetários maciços. Têm respostas insatisfatórias
La Fin de la Démocratie

wVivemos, com efeito, numa idade das redes (Jean-Marie Guéhenno), dado que a anterior relação dos cidadãos com o corpo político de um Estado, prisioneiro de uma concepção espacial de poder, com essa pretensão de combinar num quadro único, as dimensões política, cultural e económica, entrou em concorrência quase selvagem com a infinidade de conexões que eles estabelecem fora dele, de maneira que a política, longe de ser o princípio organizador da vida dos homens em sociedade, surge como uma actividade secundária.
L’État Séducteur. Les Révolutions Médiologiques du Pouvoir
wRégis Debray propõe uma nova disciplina que não seria a moral nem a política, mas antes a mediologia, com a missão de explorar as vias e os meios da eficácia simbólica, decompondo-a na revolução fotográfica, na passagem do Estado do escrito ao Estado do écran e nas aventuras do índice.
The Clash of Civilizations

wBastou, contudo, um simples artigo de Samuel Huntington, publicado no Verão de 1993, na revista Foreign Affairs, para logo se reconhecer uma guerra latente, uma clash of civilizations, talvez por causa dos cristãos ortodoxos europeus reclamarem paridade com os Ocidentes dos católicos, dos protestantes e dos maçons. Isto é, para logo voltarmos a certo etnocentrismo que, mais recentemente, foi agravado pelo episódio das Twin Towers e pela consequente retaliação sobre o regime taliban. The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order, Nova York, Simon and Schuster, 1996.
Inside/Outside. International Relations as Political Theory
wUm dos campeões da desconstrução da disciplina de relações internacionais é R. B. d. Walker XE "Walker, Rob" , numa profunda crítica a realistas e neo-realistas, principalmente pela análise que faz do dogma central do princípio da soberania, ou da oposição Inside/Outside, preferindo alinhar nos que, superando-a, pesquisam as lutas pela justiça mundial e pela ordem mundial. Desta escola nos vêm profundas sugestões para uma reinterpretação da crise do Estado soberano, que só poderão ser verdadeiramente compreendidas quando se ultrapassarem as tradicionais dicotomias dos grandes debates das relações internacionais. Porque as divisões entre utópicos e realistas, ou entre os cientificistas e os tradicionalistas, ambas assentam no dualismo interior/exterior. Aliás, a velha tese sobre a existência de um corpo coerente de realistas, desde os gregos a Morgenthau XE "Morgenthau, Hans J." , passando por Maquiavel XE "Maquiavel, Nicolau" e Hobbes XE "Hobbes, Thomas" , que constituiriam a coluna vertebral da cientificidade do político e da análise das relações internacionais, acaba por ser um mito e uma homenagem à verdadeira essência idealista do processo, dado que os chamados realistas apenas são os contraditores dos reais construtores da ciência, aqueles a quem chamam idealistas. Neste sentido, o pós-modernismo acaba por aproximar-se de algumas reivindicações dos chamados neoclássicos, dos que negam a existência de fronteiras entre a teorização da ciência política e das relações internacionais. Porque uma verdadeira teoria política não se reduz à análise do fenómeno do poder no interior dos Estados existentes, exigindo uma perspectiva global do mesmo. Aliás, os mais neoclássicos e globalistas nem sequer admitem compartimentos estantes entre o político e o jurídico, reclamando que tanto o direito como a política se unificam pela axiologia do justo, ao considerarem a justiça como o princípio comum aos dois campos. E as recentes preocupações da globalização, ou mundialização, ao exigirem um político global, apontam para o regresso à semente de polis e dizem que o alargamento quantitativo do fenómeno tem de ser enquadrado pela simplicidade qualitativa do mesmo perspectivismo, regressando-se à literatura clássica de Platão XE "Platão" e Aristóteles XE "Aristóteles" e aos neopolíticos e repúblicos da Baixa Idade Media e do renascentismo. O mesmo Walker XE "Walker, Rob" assume também uma posição de quase sátira face aos chamados wallersteinianos que, em torno da globalização, trataram de reeditar categorias absurdas, quando binarizaram os movimentos bons e maus, em torno do processo, falando na lógica dos movimentos críticos, ou sociais, contra os movimentos convencionais, ou reaccionários. Que, na globalização, de um lado, estão os povos, em manifestações de rua, e, do outro, os Estados, em cimeiras. Que, de um lado, estão os iluminados movimentos críticos, que transformam em slogans alguns artigos científicos da seita e, do outro, as elites, a soldo do capital, da tríade e das multinacionais, pelo que importaria ouvir os movimentos, através de descodificadores dos comícios ou da assinatura de jornais e revistas, onde os respectivos líderes proclamam o caminho e a verdade.
1994
Da organização mundial do comércio ao limiar da esperança?

Entra em vigor o Espaço Económico Europeu. Crise dos Grandes Lagos e genocídio no Ruanda. Começo da segunda etapa da União Económica e Monetária. Começa o processo Craxi, em Itália. Acordo sobre a adesão à U.E. da Áustria, Finlândia, Suécia e Noruega. Assinatura do acordo para a instauração da OMC. Inaugurado o túnel sob a Mancha. Mandela toma posse como presidente da África do Sul. Posse do governo de Berlusconi em Itália. Federação da Rússia assina o acordo de parceria para a paz com a NATO. Fernando Henrique Cardoso vence as eleições no Brasil. Kohl vence as eleições na Alemanha. Chissano vence as eleições em Moçambique. Tropas russas iniciam a invasão da Tchetchénia. Guerra das portagens, soarismo no bloqueio e tabu de Cavaco
· Entra em vigor o Espaço Económico Europeu (Janeiro)
· Começo da segunda etapa da União Económica e Monetária (Janeiro)
· Começa o processo Craxi, em Itália (Janeiro)
· Acordo sobre a adesão à U.E. da áustria, Finlândia, Suécia e Noruega (Março)
· Assinatura do acordo para a instauração da OMC (Abril)
· Inaugurado o túnel sob a Mancha (Maio)
· Mandela toma posse como presidente da áfrica do Sul (Maio)
· Posse do governo de Berlusconi em Itália (Maio)
· Federação da Rússia assina o acordo de parceria para a paz com a NATO (Junho)
· Fernando Henrique Cardoso vence as eleições no Brasil (Outubro)
Kohl vence as eleições na Alemanha (Outubro)
· Chissano vence as eleições em Moçambique (Outubro)
· Tropas russas iniciam a invasão da Tchetchénia (Dezembro)
· Entra em vigor o Espaço Económico Europeu (Janeiro)
· Começo da segunda etapa da União Económica e Monetária (Janeiro)
· Começa o processo Craxi, em Itália (Janeiro)
· Acordo sobre a adesão à U.E. da áustria, Finlândia, Suécia e Noruega (Março)
· Assinatura do acordo para a instauração da OMC (Abril)
· Inaugurado o túnel sob a Mancha (Maio)
· Mandela toma posse como presidente da áfrica do Sul (Maio)
· Posse do governo de Berlusconi em Itália (Maio)
· Federação da Rússia assina o acordo de parceria para a paz com a NATO (Junho)
· Fernando Henrique Cardoso vence as eleições no Brasil (Outubro)
Kohl vence as eleições na Alemanha (Outubro)
· Chissano vence as eleições em Moçambique (Outubro)
· Tropas russas iniciam a invasão da Tchetchénia (Dezembro)
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Qu'est ce que la Démocratie?
wAlain Touraine considera que a democracia pode degradar-se num supermercado político. É preciso definir a democracia não como o triunfo do universal sobre os particularismos, mas como o conjunto das garantias institucionais que permitem combinar a unidade da razão instrumental com a diversidade das memórias, a troca com a liberdade.
Death by Government

wR. J. Rummel XE "Rummel, R. J." utiliza a categoria democídio dara qualificar o massacre de de civis, prisioneiros de guerra, refugiados em trânsito e mortos em campos de concentração, uma forma de violência colectiva, abrangendo o genocídio (o massacre por motivos rácicos, étnicos, religiosos ou linguísticos), o politicídio (massacre de adversários políticos) e o mero assassinato de massas, que, no século XX, produziu cerca de 200 milhões de mortos: URSS (62); China maoísta (35); Alemanha nazi (21); China nacionalista (11); Japão (6); Cambodja (2); Turquia (1,8); Vietname (1,7); Polónia e Checoslováquia (1,6 no episódio da expulsão dos alemães em 1944/45); Paquistão (1,5); Jugoslávia (um milhão); Coreia do Norte (1,6) e México (1,4).
1995
Do Windows de Bill Gates à desordem internacional

Entra em vigor a Convenção de Schengen.. Chirac presidente. Queda de Grozny. Derrota de Walesa. Assassinato de Rabin. Acordo de Dayton para a paz nos Balcãs. Renúncia de Cavaco, vitória eleitoral do PS de Guterres e CDS a tornar-se Partido Popular. Fim do cavaquismo e do soarismo. Eleição nº82 (1 Out. 1995)
Janeiro
Nasce a Europa dos Quinze e guerra entre a Bósnia e a Croácia
Fevereiro
Crise da moeda mexicana
Março
O medo do gás sarin
Abril
Massacre no Ruanda
Jacques Chirac vence as eleições presidenciais francesas, derrotando o socialista Lionel Jospin (7 de Maio)
Junho
Cannes, a caminho da moeda única europeia
Julho
Major mantém-se na liderança dos conservadores
Agosto
Bill Gates e o Windows 95
Setembro
A ciência global da demografia
Outubro
Cessar-fogo na Bósnia
Novembro
A paz de Dayton
Dezembro
Entre o baptismo do euro e a paz nos Balcãs
wNo ano da morte de Miguel Torga, quando é lançado o software do Windows 95 , Bill Clinton funda o Democratic Leadership Council para eliminar o esquerdismo liberal que domina os democratas desde 1972, procurando recentrar o partido na classe média. Defende assim os novos democratas, tal como Blair defende o new labour. Em tempo de desordem internacional (Bertrand Badie), quando muitos se preocupam teoricamente com o cerco da democracia pela corrupção (Donatella Della) e pela tirania da maioria (Lani Guinier), Francis Fukuyama procura a confiança (trust) como fundamento do político e regressa a ideia radical, como algo que está para além da esquerda e da direita (Anthony Giddens), em tempo de comunitarismo (Amitai Etzioni) e de neoconservatives (Mark Gerson e Irving Kristol), quando Kenichi Ohmae fala no fim do Estado e na emergência da economia regional. Acabada a guerra fria, quando todos falam em globalização, Eric J. Hobsbawm caracteriza o período posterior a 1914, como a age of extremes. Boaventura Sousa Santos edita Towards a New Common Sense, Francisco Lucas Pires reflecte sobre Portugal e oFuturo da União Europeia e Almerindo Lessa deixa-nos No Tempo do Meu Espaço, no Espaço do Meu Tempo.
wEntre as obras de relações internacionais: Charles W. Kegley com Controversies in International Relations Theory. Realism and the Neoliberal Change, bem como Ken Booth e Steve Smith com International Relations Theory Today. Outras obras de 1995: Robert J. Art, International Politics. Enduring Concepts and Contemporary Issues; Esther Barbé, Relaciones Internacionales; Ken Booth, International Relations Theory Today; Eugene Brown, The Contours of Power. An Introduction to Contemporary International Relations; James Der Derian XE "Der Derian, James" , International Theory: Critical Investigations; Joshua S. Goldstein, International Relations; Friedrich Kratochwil, The Return of Culture and Identity in International Relations Theory; Manuel Gonçalves Martins XE "Martins, M. Gonçalves" , Relações Internacionais. Política Internacional ; Marcel Merle, Bilan des Relations Internationales Contemporaines ; Mark Neufeld, The Restructuring of International Relations Theory; José Manuel Pureza, O Património Comum da Humanidade. Rumo a um Direito Internacional da Solidariedade?; Marc Richir, Nouvelles Frontières des Relations Internationales dans l'Après Guerre Froide ; James N. Rosenau, Thinking Theory Throughly. Coherent Approach to a Incoherent World; Hans Peter Schwartz e Karl Kaiser, Die neue Weltpolitik; Serge Sur, Relations Internationales
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Les Nouveaux Maîtres du Monde
wRicardo Petrella, num artigo célebre publicado em Le Monde diplomatique, de Novembro de 1995, considera que o poder, incluindo o poder económico, se transformou numa rede de poderes. Deixou de ser uma coisa, um patrimonium, um ter, e passou a ser uma relação, uma rede de muitos micropoderes, em que os novos mestres predadores e conquistadores já não são apenas os detentores do capital nem os organizadores da era dos managers, mas sim os efectivos manipuladores dos tentáculos dessa rede, principalmente os que conseguem, por todos os meios, a necessária inside information. Surgiram assim novos grupos que escaparam às anteriores formas de representação e de legitimação política e social, e desprezaram o bem mais precioso de qualquer democracia: aquela informação que permite a consolidação de uma opinião crítica. Continuando a seguir o inventário do professor de economia de Lovaina, esses novos poderes têm com eles legiões de aliados e colaboracionistas, desde os quadros da tecnociência aos criadores de símbolos, onde também é marcante o conúbio entre os universitários e os opinion makers, aliás paralelo à própria entrada dos grandes media no sistema dominante.
1996
Entre Clinton, Aznar e Prodi
A era pós-ideológica

Crise da Chechénia. Continuam as bombas terroristas. Aznar e Prodi vencem eleições. Um falcão em Tel Aviv. Bombas contra norte-americanos na Arábia Saudita. Oposição cresce na Sérvia. Ataque a enclaves curdos no Iraque. Talibãs conquistam Kabul. Nobel da paz para Timor. Clinton é reeleito. Koffi Annam na ONU. Estado de graça de Guterres, Sampaio na presidência e Marcelo no PSD. Governo nº 120
Janeiro
Crise da Chechénia
Fevereiro
Continuam as bombas terroristas
Março
Entre a vitória de Aznar e o caso das vacas loucas
Abril
Prodi e ex-comunistas vencem eleições
Maio
Um falcão em Tel Aviv
Junho
Bombas contra norte-americanos na Arábia Saudita
Julho
Oposição cresce na Sérvia
Agosto
Ataque a enclaves curdos no Iraque
Setembro
Talibãs conquistam Kabul
Outubro
Nobel da paz para Timor
Novembro
Clinton é reeleito
Dezembro
Um ganês na chefia do mundo e a Europa em guerra contra o défice
É adoptado um tratado de interdição global dos ensaios nucleares, subscrito pelas cinco potências nucleares (10 de Setembro).
O ganês Koffi Annam é eleito secretário-geral da ONU, dado que Boutros-Ghali não é apoiado pelos norte-americanos, que o acusam de ser socialista e pró-francês (13 de Dezembro).
Entretanto, começa em Turim a Conferência Intergovernamental destinada a rever o Tratado de Maastricht (20 de Março).
Clinton é reeleito (6 de Novembro), vencendo Bob Dole e Ross Perot, mas o republicanos continuam a controlar o Congresso, enquanto em Espanha o Partido Popular de José Maria Aznar vence as eleições (3 de Março) e em Itália a coligação da Oliveira, presidida por Romano Prodi, leva o centro-esquerda ao poder (21 de Abril).
Com a Fundação Calouste Gulbenkian a patrocinar o relatório de Immanuel Wallerstin, Para a Abrir as Ciências Sociais e David Walsh a procurar os fundamentos espirituais da liberdade after ideology, Jaime Nogueira Pinto insiste na procura de A Direita e as Direitas e publicam-se os Escritos Políticos de Francisco Sousa Tavares. Surge uma das dissertações de doutoramento de Paulo Ferreira da Cunha, Constituição, Direito e Utopia, António José de Brito publica O Problema da Filosofia do Direito e António Marques Bessa reflecte sobre A Arte de Governar. Em 1996, destaque para Scott Burchill e Andrew Linklater XE "Linklater, Andrew" editam Theories of International Relations e Ken Booth, International Theory. Positivism and Beyond (com Smith, Steve). Outras obras a referir: Robert Keohane, Internationalization and Domestic Politics; Manfred Knapp, Einführung in die Internationale Politik; Andrew Linklater, Theories of International Relations; Michael Nicholson, Causes and Consequences in International Relations. A Conceptual Study.
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Chagnollaud, Dominique Introduction à la Politique, Paris, Éditions du Seuil
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Walsh, David After Ideology. Recovering the Spiritual Foundation of Freedom, Washington D. C., The Catholic University of America Press
Wolff, Jonathan An Introduction to Political Philosophy, Oxford, Oxford University Press, 1996
Cours de Philosophie Politique
wObra de Blandine Kriegel Um curso professado no Colégio Universitário Francês de Moscovo. Aborda os seguintes temas: Estado de Direito, Direitos do Homem, República e Democracia; Nações e Nacionalismo; a liberdade moderna., Paris, Librairie Générale Française, 1996.
1997
A nova ordem global e a crise das fronteiras

O ano Valle e Azevedo em tempo de pensamento único e de referendos
Janeiro
O segundo mandato de Clinton, com uma mulher na Secretaria de Estado
Fevereiro
Morte de Deng e Benazir Bhutto volta a ser eleita
Março
Aznar volta a vencer eleições e Felipe González abandona o PSOE
Abril
Massacres na Argélia e cerco a embaixada japonesa no Perú
Maio
Entre Khatami e o Golkar
Junho
Jospin vence em Paris e Blair em Londres, ou o perfume do socialismo democrático
Julho
Hong-Kong regressa à China e mudança de poder no México
Agosto
Morte da princesa Diana
Setembro
Morte de Madre Teresa
Outubro
Tratado de Amsterdão
Novembro
Terrorismo no Egipto e cimeira europeia sobre o emprego
Dezembro
Nasce o Protocolo de Quioto
Em 1997, Michael W. Doyle J. Ikenberry fazem o inventário do New Thinking in International Relations Theory e T. Knutsen edita A History of International Relations Theory. Outras referências: Manuel Silvestre Araújo Costa, As Armas do Realismo. Filosofia Crítica das Relações Internacionais em Raymond Aron XE "Aron, Raymond" ; Robert W. Cox, The New Realism. Perspectives on Multilateralism and World Order; Philippe Moreau-Defarges, Relations Internationales ; Vittorio Emanuele Parsi XE "Parsi, Vittorio Emanuel" , Società Internazionale. Vocabolario e Índice Analítico; James N. Rosenau, Along the Domestic Foreign Frontier. Exploring Governance in a Turbulent World; José Flávio Sombra Saraiva, Relações Internacionais Contemporâneas. Da Construção do Mundo Liberal à Globalização.
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Fruta Proibida

O professor de Filosofia do Direito da Universidade de Barcelona, Juan Ramón Capella XE "Capella, Juan Ramón" fala numa mundialização desigual das relações sociais e numa globalização multifacetada que impõe uma nova estrutura ou campo de poder: a forma Estado perde a sua primazia, ao subordinar-se a um soberano privado supra-estadual, de carácter difuso. Surge assim um campo de inter-relações, onde há nova redistribuição de funções.
O tal Estado moderno, feito à imagem e semelhança de uma sociedade anterior à Revolução Industrial, tem dificuldades de resposta face aos desafios do novo campo do poder, neste dealbar do milénio. Porque surge um novo modelo de soberano privado, super-estadual e difuso que entra em relação com o velho Estado, de base territorial, um Estado permeável, unido em associações estaduais permeáveis, abertas e porosas
1998
Vacas loucas, crise das economias asiáticas e batalha contra o terrorismo

Janata sobe ao poder na Índia que acede ao clube nuclear. Veredicto sobre a aplicação dos critérios de Maastricht. Milosevic promove limpeza étnica no Kosovo. Crise das economias asiáticas e batalha contra o terrorismo. Expo 98 e referendos sobre o aborto e a regionalização. Vacas loucas, Saramago e jobs for the boys. Crise das economias asiáticas e batalha contra o terrorismo. Paulo Portas assume a presidência do Partido Popular (Março). Anuncia-se uma coligação com o PSD, a Alternativa Democrática. Morte de Francisco Lucas Pires
Janeiro
O escândalo Lewinski e a reeleição de Havel
Fevereiro
Os onze fundadores do euro
Março
Limpeza étnica no Kosovo
Abril
Paz no Ulster e assinatura do Protocolo de Quioto
Maio
Queda de Suharto e Índia em testes nucleares
Junho
Revolta em Bissau
Julho
O sonho do TPI e a santificação dos Romanov
Agosto
Papa em Cuba e o novo ciclo da batalha contra o terrorismo
Setembro
Schroeder vence eleições e queda do governo de Prodi
Outubro
Cardoso reeleito, Pinochet preso e ex-comunista no governo de Roma
Conferência da ONU sobre alterações climatéricas em Buenos Aires (2 a 14 de Novembro)
Dezembro
Raposa do Deserto e Chávez eleito na Venezuela
Janata sobe ao poder na Índia que acede ao clube nuclear
Veredicto sobre a aplicação dos critérios de Maastricht
Milosevic promove limpeza étnica no Kosovo
Crise das economias asiáticas e batalha contra o terrorismo
O ano é marcado pela crise das economias asiáticas que, começando em 1997 na Tailândia, se estende à Coreia, ao Japão e à Indonésia, abrangendo tanto as chamadas economias emergentes como os próprios tigres asiáticos. Em Julho e Agosto é a própria esperança da economia russa que entra em colapso, quando se reconhece que a mesma não tem capacidade para pagar a dívida externa.
Com efeito, a partir de Agosto, surge uma segunda crise bolsista, com o índice Dow Jones da bolsa de Nova Iorque, a descer 14,1%, depois da depressão das bolsas asiáticas, a partir de Outubro de 1997.
Finalmente, há uma importante crise no Brasil, na sequência de um discurso de um governador estadual, Itamar Franco. E assim fogem, de um dia para o outro, cerca de 35 000 milhões de dólares, das terras de Vera Cruz.
O bombardeamento norte-americano contra bases terroristas islâmicas situadas no Sudão e no Afeganistão (21 de Agosto) marca um novo capítulo na chamada guerra contra o terrorismo, com Madeleine Albright a declarar que esta será uma longa batalha contra os terroristas que declararam guerra aos Estados Unidos.
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1999
Reformadores, terceira-via e mais de seis mil milhões de seres humanos

Entra em vigor o tratado de Amsterdão. Aprovadas as paridades do euro. TPI acusa Milosevic de crimes contra a humanidade. Morte de Hassan II de Marrocos. NATO tem intervenção no Kosovo. A questão da Universidade Moderna e nova vitória eleitoral de Guterres. A procura da terceira via. Guterres não vai para Bruxelas. Marcelo Rebelo de Sousa abandona a liderança do PSD, sucedendo-lhe Durão Barroso (Maio). Vitória do PS nas eleições para o Parlamento Europeu que mobiliza Mário Soares para cabeça de lista (13 de Junho). Eleição geral nº 73 com nova vitória do PS que fica a um deputado da maioria absoluta.
Nasce o euro e ultrapassamos os seis mil milhões de seres humanos (Janeiro). Morte de Hussein e ataques curdos a embaixadas turcas (Fevereiro). Prodi apontado como sucessor de Santer em Bruxelas (Março). G8 tenta domar a globalização (Abril). Acordo sobre Timor (Maio). Tempo de eleições: entre o Parlamento Europeu e a Indonésia (Junho). Gaullistas integram o PPE e Soares não ascende à presidência do PPE (Julho). Putine no poder e Timor vota pela independência (Agosto). Entre o regresso de Sharon e o apoio da ONU a Timor (Setembro). O fenómeno Haider (Outubro). As ilusões da anti-globalização (Novembro). Putine, o novo senhor de Kremlin (Dezembro).
Em 1999 é a vez de Molly Cochram lançar Normative Theory in International Relations. A Pragmatic Approach, enquanto Marie-Claude Smouts fala de Lés Nouvelles Relations Internationales. Pratiques et Théories. Refiram-se também: Fulvio Attinà XE "Attinà, Fulvio" , Il Sistema Politico Globale. Introduzione alle Relazioni Internazionali; Bill Mac Sweeny, Security, Identity and Interests. A Sociology of International; Jean-Jacques Roche, Relations Internationales ; Alexander Wendt, Social Theory of International Politics.
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Última revisão:15-02-2009