© José Adelino Maltez, Tópicos Político-Jurídico, texto concluído em Dili, na ilha do nascer do sol, finais de 2008
Gabriel Bonnot, Abade de Mably (1709-1785)
Si j'étais à l'Académie française, on dirait peut-être : pourquoi en est-il ? J'aime mieux que l'on demande : pourquoi n'en est-il pas ?
•Historiador, jurista e pensador francês. O irmão mais novo de Étienne Condillac (1715-1780). Estuda no seminário de Grenoble, mas nunca passa de subdiácono. Entre 1741 e 1748, é secretário do cardeal ministro Tencin. •Autor muito lido na época pré-revolucionária, defensor da convocação dos Estados Gerais e da separação entre os poderes legislativo e executivo, mistura, de forma moderada, as ideias de Montesquieu e de Voltaire. Influenciado por Morelly. Também critica o luxo e o comércio, defendendo a sobriedade das antigas repúblicas. •Contesta as teses dos fisiocratas, proclamando que a política deve subordinar-se à moral. Elogia o regime da comunidade de bens de Platão e da república dos jesuítas do Paraguai. Considera, contudo, o comunismo como irrealizável, admitindo-o apenas como padrão para reformas graduais, visando mitigar as desigualdades existentes. •Defende um governo representativo, mas que devem excluir-se do sufrágio os que estão economicamente dependentes de outros. Propõe um regime misto que cognomina de monarquia republicana, advogando a existência de uma constituição com a supremacia do poder legislativo, dado admitir que a autoridade suprema está na nação. Elogia o modelo federal norte-americano. •Acredita que o poder real empêche la tyrannie d'une classe ou d'un parti, invocando Carlos Magno quando les princes sont les administrateurs, et non pas les maîtres des nations.
0 Talmon, Jacob Leib, The Rise of Totalitarian Democracy, Boston, The Beacon Press, 1952, pp. 54 ss., no cap. Mably and ascetic virtue.
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© José Adelino Maltez em Dili, Universidade Nacional de Timor Leste, ano de 2008 |
Última revisão:05-03-2009