
A Natureza é o
Espírito visível; o Espírito é a Natureza invisível
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Estuda teologia em
Tubinga, sendo aí companheiro de Hegel e Holderlin. Aio de jovens
nobres em Leipzig. Professor em Jena desde 1798. Aqui se relaciona
com os irmãos Schlegel e Novalis. Recebe influências de Goethe e
Fichte. Professor em Wurzburgo desde 1803 e em Munique, desde 1806.
Distancia-se de Fichte. Assume, a aprtir de 1809, aquilo que designa
por filosofia positiva. Influencia o panenteísmo de Krause.
Chamado em 1841 a Berlim para aniquilar o panteísmo hegeliano.
Considera que o
Estado é o organismo objectivo da liberdade, partindo do
princípio que o organismo é um objecto indivisível, completo em
si mesmo, subsistente por si mesmo. É o elemento em que a
ciência, a religião e a arte se compenetram reciprocamente, de
maneira a tornarem-se num todo vivo e objectivo na própria unidade.
Neste sentido, o Estado é um organismo que não pode ser dominado,
mas apenas desenvolvido, e a história como um todo é um
desvendamento contínuo e progressivo do absoluto. Ele é não só
o arquitecto do organismo, o artista criador das artes plásticas,
no qual se desvenda a ideia divina de direito, como também a
união do real e do ideal, a reunião da liberdade e da
necessidade. Precede Hegel na consideração de um espírito
objectivo, e não apenas pessoal e subjectivo, entendendo a
natureza como algo de não morto, como algo que não tem apenas de ser
visto negativamente, como limite à acção do homem. A natureza é o
espírito que devém e o homem, o olho pelo qual a natureza a si mesmo
se contempla, sendo, assim, entendida, não como mero produto, mas
sim como o sujeito que produz. Neste sentido, admite a existência de
uma alma do mundo (Weltseele) que se torna extrínseca,
primeiro, no mundo vegetal e animal, e, depois, no mundo do
espírito. Do mesmo modo, refere a existência de uma alma do povo (Volksseele)
que, primeiro, é inconsciente, e, depois, se transforma em
consciente, segregando tanto o social como o político.
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