José Adelino Maltez, Tópicos Jurídicos e Políticos, estruturados em Dili, na ilha do nascer do sol, finais de 2008, revistos no exílio procurado da Ribeira do Tejo, começos de 2009

 

 

Guelfos e gibelinos Nos séculos XIII e XIV, a Itália divide-se entre  os partidários do papa, a parte Guelfa (os partidários de Otão IV) e a parte Ghibellina (partidários dos Hohenstaufen, liderados por Frederico II), defensora do imperador; os guelfos predominam em Florença, Milão, Bolonha, Mântua e Ferrara; os guibelinos em Siena, Pisa, Rimini, Modena, Pavia e Cremona; no fim do século XV, os guelfos assumem-se como aliados do rei de França, enquanto os guibelinos se inclinam para Carlos V.

Os gibelinos são os partidários do Imperador, opondo-se aos guelfos que defendem o ideal do Sacro Império Romano-Germânico, considerando que o regnum tem uma origem sobrenatural e uma natureza suprapolítica. Segundo as palavras de Dante, o Imperador é lex animata in terris, o vértice da ordinatio ad unum, é aliquod unum quod non est pars. Opõem-se à visão gregoriano-tomista da origem popular do poder e do laicismo, oriunda da perspectiva de Gelásio I, negando-se a hipótese da união do realeza e do sacerdócio. Na Itália dos séculos XIII a XV, a Itália divide-se entre a parte ghibellina, partidária dos Hohenstaufen, liderados por Frederico II, defensores do imperador e a parte guelfa, defensora dos poderes do papa. A partir de finais do século XV, os ghibellinos aliam-se a Carlos V, enquanto os guelfos se assumem como aliados dos Valois, reis de França. Dominam em Siena, Pisa, Rimini, Modena, pavia e Cremona.

Luís XIV reúne em 19 de Maio de 1692 a assembleia extraordinária do clero que, inspirada por Bossuet, declara as liberdades da Igreja Galicana. Em 12 de Julho de 1790 a Assembleia Constituinte vota a Constituição Civil do Clero. Durante o regime da Restauração Mathieu de Barrel, arcebispo de Tours, publica, em 1818, uma Défense des Libertés de l'Église Gallicane. Ainda em 1853 o Papa coloca no Index as obras galicanas. Monsenhor Dupanloup e cerca de sessenta bispos não subscrevem no Concílio do Vaticano I o dogma da infalibilidade papal.

Já os ultramontanos são os defensores do poder do papa de Roma, situada por trás dos montes, isto é, dos Alpes. Contrariam as teses dos galicanos.

 

© José Adelino Maltez

 

Última revisão:06-05-2009

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