É preciso inventar a Europa e esta será a tarefa da nossa geração, de definir e de propor progressivamente uma construção original: esta será a Europa existencial

(Giscard d'Éstaing)

 

Para De Gaulle, a estratégia do "oui par le non" não é senão um meio entre outros ao serviço de um objectivo global preciso: dar a conhecer uma força suficiente para que ela se torne igual aos Estados-Unidos na sua aliança com o grande irmão do outro lado do Atlântico

(Maurice Duverger)

 

A partir do Compromisso do Luxemburgo, o Mercado Comum  passou a ter um verdadeiro governo que não governa, a comissão, ao lado de um pseudo-governo que governa na medida em que as suas contradições internas o não proibam, as cimeiras

(Robert Lafont)

 

 

No ano de 1966, entre a Conferência Tricontinental de Havana (3 a 15 de Janeiro de 1966),  à procura da solidariedade revolucionária,  e o começo da Revolução Cultural na China (Junho), a Europa é marcada pelas perturbações de De Gaulle, que, além de visitar Moscovo (20 de Junho de 1966 a 01 de Julho de 1966), retira a França do aparelho militar da NATO (21-o2-1966), obrigando à transferência da sede da organização para Bruxelas, e suscita na CEE o Compromisso do Luxemburgo (29-o1.1966).  Numa deslocação ao Cambodja, chega mesmo a criticar a intervenção norte-americana no Vietname (1 de Setembro de 1966). No plano da política interna francesa, com directa incidência nas questões europeias, refira-se que Giscard d’Estaing abandona o governo, sendo substituído por Michel Debré (8 de Janeiro de 1966) e Jean Lecanuet funda o Centro dos Democratas (4 de Fevereiro de 1966).

Depois da França se ter oposto à instituição de uma comissão única, a fim de evitar o reforço dos poderes de Walter Hallstein (5 de Maio de 1966), os Seis chegam a um acordo sobre a Europa Verde, com cerca de 90% dos produtos agrícolas a terem um preço comum (1 de Maio de 1966).

Cronologia oficial da história da União Europeia

 

1966

Recortes da história oficiosa do Centre Virtuel de la Connaissance sur l’Europe (CVCE)

© José Adelino Maltez. Cópias autorizadas, desde que indicada a origem. Última revisão em: