Deixa sonhar que não somos proibidos

 

 

Deixa sonhar que não somos proibidos, 

deixa supor que podemos ser felizes, 

que, no tempo todo que temos 

ainda pode voltar quem fomos. 

Deixa viver o sonho 

de abraçar quem és, 

deixa-me ser, mais uma vez, 

corpos dados, olhos fechados, 

as mãos, nas mãos, 

rememorando. 

Deixa conversar contigo 

sobre o que, um ao outro, 

jamais dissemos.

Deixa viajar incógnito 

no que em teus olhos

descubro de marítimo.