Pousar meu ser

 

 

Pousar meu ser 

no breve descanso 

que os ramos

dos teus braços

me prometem. 

Imenso sossego, 

quieta paisagem. 

Nem tédio 

nem melancolia. 

Em teu colo 

me acolho, 

me recolho, 

em teu colo 

me deponho.

Breve e leve, 

me vou mais perto 

desvelando a penumbra

que ao mistério dava segredo.

E, de madrugada, já desperto, 

há palavras andorinhas  

fazendo ninho 

nos beirais da minha espera.