Sebastião da serra mãe

 

Morreu um poeta quando me nasci, 

em mil novecentos e cinquenta e um,

mas a estrela que lhe deu signo 

continua a nortear tantas palavras

que comigo vão rimando.

Porque tenho a idade do filho

que ele poderia ter tido,

cumpre-me procurar sua missão.

Para que outros, desconhecidos,

possam viver esta saudade

de quem deseja a perfeição.

Por Sebastião da Serra Mãe,

que aqui vou professando!

Tenho as palavras todas à minha espera

em livros de poetas, que, apesar de mortos,

renascem nas palavras que deixaram.