Este sangue adolescente que a memória me prende


Tentei esquecer-te, tentei esquecer-me,
mortificando quem sou.
Tentei não ser,
suster, negar
a memória profunda
da promessa por cumprir.

Não consegui vencer
este vazio cheio de amor
que sempre nos prende.

Não consigo deter-me
no silêncio do instante
sem lembrar os sítios do passado.
Num instante, tudo se repôs,
voltou para sempre
quem sempre fomos.