Os arados do poema

A poesia secreta da revolta
e a memória viva do sofrimento.


Os arados do poema vão lavrando
os agrários pousios do tempo
e as mãos semeando sonho
nos longos vales do silêncio.
As mãos poetas alinhando
imensas leiras de versos,
palavras postas em segredo
que ao sonho já dão sentido.

Este campo pensado e repisado
poemas restos do passado,
feitos meu próprio corpo.