NAVEGANTE DE SAUDADE
Sou um navegante de saudade
e na barca do meu corpo
vou singrando
as marés do dia a dia.
Baixa mar ou preia-mar
as horas vou ondulando
E por mim dentro, vou e venho,
sem procurar nem pensar.
Não sei que rota me deram
quando de minha mãe larguei.
Sei apenas que, vivendo,
pelo alto mar da vida
vou à bolina
sempre em risco de derrota.