Filangieri,
Gaetano
(1762-1786)
Colaborador
do rei de Nápoles, um dos iluministas apoiante dos déspotas da época.
Admirador de William Penn, reflecte as ideias de Montesquieu e de Beccaria. Propõe
uma série de reformas legislativas. Defensor
do modelo de equilíbrio europeu da época. Toma como modelo, não a constituição
inglesa, mas a prática norte-americana. No tocante ao direito penal, segue o
humanitarismo italiano do seu colega de Milão, Beccaria. Propõe um império
da paz e da razão, considerando que com o despotismo esclarecido havia
chegado a paz perpétua: a estabilidade
das monarquias, formada por uma espécie de liga e de confederação geral,
opondo uma barreira à ambição dos príncipes, os obriga a voltarem as suas
vistas para os verdadeiros interesses das Nações. Não se ouvem mais retinir
à roda dos tronos senão palavras de reforma e de leis; prepara-se uma revolução
útil aos direitos e à felicidade dos homens; as desordens debaixo de que eles
gemem têm aparecido aos olhos dos soberanos com os sinais espantosos que os
acompanham; os seus ouvidos não são mais feridos, como em outro tempo, pelo
estrondo das armas; e eles têm escutado os gemidos de uma multidão de vítimas
que imola todos os dias uma legislação bárbara e obscura; já se ocupam de
todas as partes em curar tantos males; de todas as partes uma fermentação
salutífera vai fazer nascer a felicidade pública. É invocado pelo nosso
José Acúrsio das Neves.
·La
Scienzia della Legislazione
Nápoles,
1780.
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