Respublica     Repertório Português de Ciência Política         Edição electrónica 2004


França. Século XX

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1919


1920

Nasce a SFIC, Secção francesa da Internacional Comunista, no Congresso de Tours da SFIO (25 a 29 de Dezembro)


1921


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1923


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1939


1940


1941


1942


1943

De Gaulle cria um comité de libertação nacional (3 de Junho)

Desembarque aliado na Sicília (9 de Julho)

Monnet em Argélia escreve uma Note de Reféxion (5 de Agosto)


1944

Comité de libertação nacional francês transforma-se em governo provisório (2 de Junho)

Declaração dos Resistentes Europeus (Julho)

Instalado em Paris o governo provisório da República Francesa (17 de Setembro)


1945

 


1946


1947

Tratado de Dunquerque entre a França e o Reino Unido (4 de Março)

Truman enuncia doutrina de containment face ao comunismo (12 de Março)

Conselho Económico e Social da ONU cria uma Comissão Económica para a Europa (28 de Março)

Fracasso da Conferência dos Quatro em Moscovo sobre a Alemanha (25 de Abril)

Conferência de Paris entre Bevin, Bidault e Molotov sobre o discurso de Marshall (27 de Junho a 2 de Julho)

Reunião em Paris  de 16 Estados europeus sobre o discurso de Marshall  (12 de Julho a 22 de Setembro)

Emitido um Manifesto para a Paz e para uma Europa Socialista, subscrito por intelectuais como Mounier, Sartre, Camus e Merleau-Ponty (Outubro)


1948

Tratado de Bruxelas  cria uma União Ocidental (17 de Março)

Assinada a convenção instituinda a Organização Europeia de Cooperação Económica (16 de Abril)

Georges Bidault, ministro dos estrangeiros francês, no final de de uma reunião do conselho consultivo do Tratado de Bruxelas  propõe formalmente a constituição de uma assembleia europeia e a instituição de uma união económica e aduaneira entre os cinco subscritores do Tratado (19 de Julho)

Memorando de Paul Ramadier aos vários governos europeus onde se estabelece o projecto de uma assembleia europeia de carácter consultivo(18 de Agosto)


1949

Instituída uma união aduaneira entre a França e a Itália (26 de Março)

Publicado o texto do Pacto do Atlântico (18 de Março)

Assinatura do Tratado do Atlântico entre os Estados-Unidos da América, a França, a Dinamarca, a Itália, a Islândia, o Luxemburgo, a Noruega, o Reino Unido e Portugal  (4 de Abril)

Convenção de Londres estabelece o Conselho da Europa (5 de Maio)


1950

Demitem-se os ministros socialistas do governo de Georges Bidault em França; é a primeira vez desde 1945 que os socialistas deixam de participar no governo (7 de Fevereiro)

França reconhece autonomia ao Sarre (3 de Março)

Morte de Emmanuel Mounier (22 de Março)

Adenauer propõe união franco-alemã de carácter económico (23 de Março)

Morte de Léon Blum (30 de Março)

Surge o governo de René Pleven em França: nos estrangeiros, Schuman; na defesa, Jules Moch; como ministro de Estado encarregado do Conselho da Europa, Guy Mollet (12 de Julho)


1951

Novo governo francês de Henri Queuille (8 de Março)

Adoptada em França uma nova lei eleitoral, a loi des apparentements, pela qual várias listas podem, antes do escrutínio, declarar-se aparentadas; tentava-se, deste modo, não pôr em causa o princípio da proporcionalidade o modelo destinava-se a favorecer os partidos do centro e teve oposição dos gaullistas (7 de Maio)

Eleições francesas; crescimento eleitoral do PCF (26% e 97 deputados) e do RPF (21% e 117 deputados); os socialistas da SFIO obtêm 106 deputados, o MRP, 88 e os radicais socialistas, 76  (17 de Junho)

Édouard Herriot reeleito presidente da Assembleia Nacional francesa; surge a questão do apoio ao ensino privado, com o confronto entre os laicos e os defensores do ensino livre (10 de Julho)

Morre na prisão da ilha de Yeu o Marechal Philippe Pétain, então com 95 anos de idade (23 de Julho)

Segundo governo de René Pleven, em França; oposição de comunistas e gaullistas (13 de Agosto)

Em França é votada a extensão do sistema de bolsas de estudo ao ensino privado, com oposição dos socialistas (21 de Setembro)

Funda-se a FPLN em Argélia (5 de Agosto)

Tumultos anti-franceses em Casablanca (1 de Novembro)

Assembleia Nacional francesa ratifica o Tratado de Paris, por 377 contra 233 votos (31 de Dezembro)


1952

Queda do governo Pléven em França (8 de Janeiro)

A Assembleia Nacional francesa, por uma fraca maioria, autoriza o governo a conduzir as negociações tendo em vista a instituição da CED, com a condição de participarem os britânicos e de uma autoridade política controlar a autoridade militar (19 de Janeiro)

Governo de Edgar Faure em França; comunistas e gaullistas abstêm-se Schuman continua nos estrangeiros e Bidault na defesa; vai durar quarenta dias (20 de Janeiro)

Assembleia Nacional francesa adopta o princípio do exército europeu (19 de Fevereiro)

Antoine Pinay, independente, chefe do governo francês; iniciada uma experiência liberal de centro-direita, havendo uma dissidência gaullista para apoio ao novo governo, com o consequente começo de integração do gaullismo no sistema; Schuman conserva os estrangeiros e René Pleven na defesa; até 23 de Dezembro  (6 de Março)

Congresso dos radicais franceses em Bordéus, onde Herriot critica o exército europeu (17 de Outubro)

Morte de Charles Maurras (16 de Novembro)

Demissão do governo Pinay em França, pela falta de apoio do MRP  (23 de Dezembro)


1953

Governo de René Mayer em França, com apoio dos gaullistas e a oposição de socialistas e comunistas; nos estrangeiros, Georges Bidault substitui Schuman; René Pleven na defesa; Mayer defende a reforma da CED através de protocolos anexos (7 de Janeiro)

A nova administração americana pressiona os franceses no sentido da ratificação da CED; Fuster Dulles ameaça rever de forma radical a política americana no caso de não ratificação do mesmo (Fevereiro)

Projecto de tratado sobre o exército europeu entra na Assembleia Nacional francesa (19 de Fevereiro)

René Mayer e Georges Bidault nos USA (25-28 de Março)

Eleições municipais em França; vitória do centro e derrota gaullista; a esquerda consolida-se os socialistas da SFIO recusam um entendimento com os comunistas (26 de Abril- 3 de Maio).

De Gaulle dá liberdade aos eleitos do RPR para colaborarem com a IV República; forma-se então o grupo dos republicanos sociais(6 de Maio)

Queda do governo Mayer, em França; gaullistas opõem-se ao exército europeu; crise governamental durante 40 dias  (21 de Maio)

Governo de Joseph Laniel em França; nos estrangeiros, Bidault; na defesa, Pleven (26 de Junho)

Inicia-se o movimento de Pierre Poujade (22 de Julho)

François Mitterrand demite-se do governo, protestando contra a política marroquina (2 de Setembro).

De Gaulle chama inspirador  a Jean Monnet, criticando a hipótese de um exército europeu apátrida (Novembro)

Fuster Dulles, numa conferência de imprensa em Paris, declara que os USA reverão a respectiva política externa se a França não ratificar o tratado que instituiu a CED, falando em reexame trágico e fundamental (14 de Dezembro).

René Coty, um independente, depois de um turbulento processo eleitoral é eleito Presidente da República em França, sycedendo a Vincent Auriol,  ao que parece por nunca ser ter pronunciado publicamente sobre a questão da CED (23 de Dezembro)


1954

Começa a batalha de Dien Bien Phu que termina em 7 de Maio com a derrota dos franceses (13 de Março)

Conferência de Genebra sobre a paz na Indochina (26 de Abril)

Conferência de Genebra sobre a paz na Indochina (26 de Abril- 21 de Julho)

Queda do governo Laniel (12 de Junho)

Governo de Mendès-France na defesa o gaullista General Koenig; nos estrangeiros o próprio presidente do conselho; Mitterand e Chaban-Delmas ascendem a ministros (18 de Junho)

Acordo de paz de Genebra assinado (21 de Julho)

Concedida autonomia à Tunísia ( 31 de Julho)

Tumultos e atentados em Marrocos (Agosto)

A França transfere para a União Indiana os seus estabelecimentos coloniais no Indostão (21 de Outubro)

Começa a guerra de Argélia; os nacionalistas argelinos são comandados por um antigo major do exército francês, Ahmed Ben Bella; o governo francês, então presidido pelo socialista Pierre Mendes-France defende então a tese da Argélia Francesa (1 de Novembro)


1955

Encontro entre Pierre Mendès-France e Adenauer em Baden-Baden (14 de Janeiro)

Jacques Soustelle, antigo ministro gaullista, é nomeado governador da Argélia (25 de Janeiro)

Os aderentes ao movimento de Pierre Poujade declaram greve aos impostos (25 de Janeiro)

Queda do governo de Mendes-France, por causa da política magrebina; sucede-lhe o governo de Edgar Faure, com Antoine Pinay nos negócios estrangeiros, até Janeiro de 1956 (5 de Fevereiro)

Termina formalmente o mandato de Monnet na Alta-Autoridade adiada por cinco meses a respectiva substituição (20 de Fevereiro)

Congresso do partido radical em França; Herriot elogia Mendès-France (4 de Maio)

René Mayer nomeado presidente da Alta Autoridade da CECA; Monnet abandona efectivamente a presidência da CECA(1 de Junho)

Morte em Nova Iorque de Teilhard de Chardin (10 de Abril)

Encontro cimeiro dos chamados quatro grandes em Genebra com Eisenhower, Bulganine, Eden e Faure, revela um certo desanuviamento; surge nos media, pela primeira vez, a palavra détente(18-23 de Julho)

Jean Monnet anuncia a criação de um Comité d'Action pour les Etats Unis de l'Europe (13 de Outubro)

Referendo no Sarre rejeitado o estatuto de autonomia e preferida a integração na RFA (23 de Outubro)

França reconhece a independência de Marrocos (6 de Novembro)

Dissolvida a Assembleia Nacional em França. Edgar Faure, alguns dias depois, é excluído do partido radical (30 de Novembro)

Partidários da integração na RFA vencem eleições no Sarre (19 de Dezembro)


1956

Eleições em França; não houve maioria clara para nenhuma das forças; vitória da esquerda comunista, com 145 lugares,  e crescimento dos poujadistas, com 54 lugares; derrocada gaullista, com 5,5%  (2 de Janeiro)

Governo de Guy Mollet em França (1 de Fevereiro)

Independência de Marrocos (Março)

França e Reino Unido concordam na criação de uma força armada conjunta por causa da nacionalização do Canal do Suez, ocorrida em 26 de Julho (7 de Agosto)

Acordo franco-alemão sobre a europeização do Sarre (29 de Setembro)

Tratado do Luxemburgo entre a França e a RFA sobre a questão do Sarre, que seria integrado politicamente na RFA a partir de 1957 e economicamente em 1960 (27 de Outubro)

Reembarque das forças anglo-francesas (24 de Dezembro)


1957

Queda do governo Guy Mollet em França; sucede-lhe em 5 de Junho o governo Bourgès-Maunory (21 de Maio)

Desvalorização do franco francês em 20 % (11 de Agosto)

Proclamação da República da Tunísia (25 de Julho)

Governo Félix Gaillard em França; Chaban Delmas na defesa; Christian Pineau, nos estrangeiros (6 de Novembro)


1958

Queda do governo Gaillard em França, sucedendo-lhe o governo Pflimlin (15 de Abril)

Insurreição de Salan em Argel; formado um comité de salvação pública que se revolta contra o governo de Paris, clamando pela Algérie Française (13 de Maio)

Charles de Gaulle regressa ao poder, face à revolta dos pieds noirs; o Presidente Coty pede-lhe para suceder a Pflimlin. (29 de Maio)

De Gaulle obtém plenos poderes (2 de Junho)

De Gaulle visita Argélia e proclama: je vous ai compris (4  de Junho)

Discurso de de Gaulle em Mostarganem: vive l'Algérie Française, considerando que os argelinos são dix millions de Français à part entière (7 de Junho)

·Encontro em Paris, entre de Gaulle e Fanfani (7 de Agosto)

Malraux, ministro dos assuntos culturais e Jacques Soustelle com a pasta da informação (7 de Julho)

Primeira reunião entre De Gaulle e Adenauer em Colombey (14 de Setembro)

De Gaulle, em memorando secreto, propõe a criação de um directório entre ingleses, franceses e norte-americanos para o comando da NATO ( 24 de Setembro)

Referendo institui a V República em França; aprovada por 80% a nova Constituição; surge a Comunidade Francesa, apenas rejeitada pela Guiné-Conakry  (28 de Setembro)

Criado o novo partido gaullista, UNR,  a Union pour la Nouvelle République (1 de Outubro)

De Gaulle propõe para o fim da guerra de Argélia a paix des braves (23 de Outubro)

Carta de Monnet a Adenauer, defendendo a proposta de cooperação política gaullista (21 de Novembro)

De Gaulle visita Adenauer em Bad-Kreuznach (26 de Novembro)

Segunda volta das eleições legislativas em França; UNR obtém 126 lugares, MRP- 30; SFIO, 19; CNI-67, PCF- 6 (1 de Dezembro)

De Gaulle é eleito para a Presidência da República Francesa e da Comunidade Francesa por um colégio de grandes eleitores (21 de Dezembro)

Surge o plano Pinay-Rueff de saneamento financeiro (Dezembro)


1959

Michel Debré, Primeiro Ministro francês; socialistas recusam participar no novo governo; Couve de Murville nos estrangeiros; mantém-se Pinay nas finanças (8 Janeiro)

Encontro entre De Gaulle e Adenauer (4-5 de Março).

De Gaulle emite o primeiro sinal de independência face à NATO quando decide manter, em caso de guerra, um comando nacional quanto aos navios estacionados no Mediterrâneo (11 de Março)

Discurso de Michel Debré previne contra a servidão a uma nação estrangeira, os USA (15 de Agosto)

De Gaulle reconhece o direito à auto-determinação da Argélia (16 Setembro)


1960

Antoine Pinay abandona o governo francês (13 de Janeiro)

Semana das barricadas na Argélia (Janeiro)

Explosão da primeira bomba atómica francesa (13 de Fevereiro)

Criação do Partido Socialista Unificado em França, pela fusão da Union de Gauche Démocratique, Parti Socialiste Autonome  e tribune du Communisme  (2 de Abril)

·De Gaulle visita o Reino Unido (5 de Abril)

De Gaulle propõe uma Argélia argelina ligada à França (14 Junho)

·De Gaulle propõe a Adenauer um plano de cooperação política entre os Seis (29 de Julho)

·De Gaulle propõe, em conferência de imprensa un concert  organisé, régulier des gouvernements responsables, bem como o estabelecimento de organismos especializados, subordinados aos governos, bem como a organização de um referendo europeu (5 de Setembro)

·Encontros franco-alemãos em Bona sobre os projectos europeus apresentados por Paris (7 de Outubro)

·Conversações franco-italianas sobre política europeia (28 de Novembro)


1961

Referendo em França aprova ao processo de autodeterminação na Argélia (8 de Janeiro)

·Emcontro entre de Gaulle e MacMillan em Rambouillet (27 de Janeiro)

Surge a OAS (11 de Fevereiro)

Decorre em Paris a primeira cimeira dos Seis, as conférences au sommet, reunindo chefes dos executivos dos seis; decide criar-se uma união política. Voltará a haver novas cimeiras em Bona - Julho de 1961 - Roma, Maio de 1967, Haia, Dezembro de 1969, Paris, Outubro de 1972, e Copenhaga, Dezembro de 1973 (10 de Fevereiro)

Golpe dos Generais em Argélia (22-26 de Abril)

Começam as conversações de Evian (20 de Maio)

Segunda cimeira dos Seis em Bona, Bad-Godsberg; encarregado um comité de peritos, presidido por Christian Fouchet, para apresentar um relatório sobre União Política; decidem realizar-se regularmente reuniões de informação e coordenação política  (Julho)

·Encontro de De Gaulle e Adenauer em Bona (20 de Julho)

Entra em vigor a OCDE (30 de Setembro)

·A França apresenta o plano Fouchet, criando uma união de Estados indissolúvel, gozando de personalidade jurídica, mas fundada no respeito da personalidade dos povos e dos Estados membros (2 de Novembro)

·Abertura das negociações entre o Reino Unido e a CEE (8 de Novembro)

·Encontro entre de Gaulle e MacMillan (24 de Novembro)

Conferência de Paris entre os seis  e países africanos para o estudo de uma forma de associação comercial (6 a 7 de Dezembro)

·Encontro entre De Gaulle e Adenauer em Paris (9 de Dezembro)

·Pierre Chatenet é nomeado para substituir Pierre Hirsch como presidente da CEEA (20 de Dezembro)


1962

Giscard d'Éstaing, Ministro das finanças em França (18 de Janeiro)

Manifestação da esquerda contra a OAS em Paris (8 de Fevereiro)

 


1963


1964


1965


1966


1967


1968

Confrontos violentos no Bairro Latino de Paris (6 de Maio).

Noite das barricadas na rue Gay Lussac em Paris (10 de Maio)

Greve geral em França (13 de Maio)

De Gaulle dissolve a Assembleia Nacional. Um milhão de gaullistas desfila nos Campos Elíseos (30 de Maio)

Vitória gaullista nas eleições (23 e 30 de Junho).

Intervenção militar francesa no Chade (28 de Agosto)

De Gaulle recusa a desvalorização do franco e anuncia medidas de austeridade (24 de Novembro)


1969

De Gaulle anuncia referendo sobre a regionalização e a reforma do Senado (2 de Fevereiro)

França abandona o Conselho da UEO (17 de Fevereiro)

Cimeira franco-alemã entre De Gaulle e Kiesinger em Paris; decidida a construção do airbus (13-14 de Março)

Referendo francês sobre a regionalização e a reforma do Senado rejeita as propostas de De Gaulle. Contra estas, tinham surgido posições dos comunistas, socialistas e dos centristas de Lecanuet, bem como das grandes centrais sindicais (27 de Março)

Demissão de De Gaulle substituído interinamente por Alain Poher (28 de Abril)

Georges Pompidou eleito Presidente francês, com 44,6%.; outros candidatos são Alain Poher, 23,3%, Jacques Duclos, 21,27%, Gaston Deferre, 5,01%, Michel Rocard, 3,61%(15 de Junho)

Novo governo francês com Chaban-Delmas, até Julho de 1972 (21 de Junho)

Primeira conferência de imprensa de Georges Pompidou; anunciada a nova política europeia francesa, a defesa da Europa das realidades (10 de Julho)

Conferência dos ministros das finanças, leva a acordo dos Seis sobre o Plano Barre de cooperação monetária (17 de Julho)

Desvalorização do franco em 18,5%, por impulso do ministro das finanças Giscard d'Éstaing, contra as anteriores posições de De Gaulle (8 de Agosto).

Cimeira franco-alemã em Bona entre Pompidou e Kiesinger (8-9 de Setembro)

Maratona agrícola; acordo de princípio quanto à questão dos recursos próprios da CEE (19 a 22 de Dezembro)


1970

Aprovado o Plano Barre, acordo entre os Seis sobre a criação de um mecanismo de apoio monetário a curto prazo (26 de Janeiro)

França retoma o seu lugar no Conselho da UEO, que havia abandonado em Fevereiro de 1969 (5 de Junho)

Assembleia Nacional frances ratifica o Tratado do Luxemburgo (23 de Junho)

Submetido aos ministros dos estrangeiros o Plano Davignon (20 de Julho)

Adoptado o Plano Davignon sobre a unificação política, instituindo um processo de cooperação política entre os países comunitários fora do quadro institucional comunitário (27 de Outubro).

Morte de Charles De Gaulle (9 de Novembro)

Primeira reunião dos ministros dos negócios estrangeiros da CEE em Munique, de acordo com o Plano Davignon, no quadro da cooperação política europeia (19 de Novembro).


1971

Entra em vigor o Tratado do Luxemburgo de 22 de Abril de 1970 sobre os recursos próprios (1 de Janeiro)

Conferência de imprensa de Georges Pompidou, criticando a posição britânica nas negociações: aos ingleses são reconhecidas três qualidades: o humor, a tenacidade e o realismo. Chego a pensar que ainda estamosno estádio do humor (21 de Janeiro)

Acordo dos Seis sobre a União Económica e Monetária; adoptado o Projecto Werner ( 9 de Fevereiro)

Encontro entre Pompidou e Heath acelera o processo de negociações (20 e 21 de Maio)

François Mitterrand assume a liderança do PS francês no Congresso de Épinay (11-13 de Junho).

Acordo dos Seis sobre o alargamento (23 de Junho)

Conselho dos ministros das finanças dos seis; desacordo entre Giscard e Schiller (19 de Agosto)

Assinatura do acordo quadripartido sobre Berlim (3 de Setembro)

Acordo entre os seis sobre problemas monetários (13 de Setembro)

Ratificado o tratado de união do Reino Unido à CEE nos Comuns; a favor, estão 365 deputados - 282 conservadores, pró-Heath; 69 trabalhistas e 5 liberais; contra, estão 244 deputados - 39 conservadores, 199 trabalhistas e 1 liberal (28 de Outubro)

Encontro de Nixon e Pompidou nos Açores (13-14 de Dezembro)

Reunião do grupo dos Dez no Smithsonian Institute em Washington - os seis membros da CEE, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canadá e Japão ; decidida a supressão da sobretaxa americana de 10%  sobre as importações e uma desvalorização do dólar (17-18 de Dezembro)


1972

Assinados em Bruxelas os Tratados sobre o alargamento das C E (22 de Janeiro).

  Socialistas franceses no Congresso de Suresnes reassumem programa dito revolucionário (12 de Março).

Os seis decidem reduzir a as margens de flutuação entre as moedas europeias (21 de Março)

Referendo francês aprova o alargamento da CEe 68% de votos favoráveis, mas forte percentagem de abstenções (24 de Abril)

Acordo entre socialistas e comunistas franceses quanto a um programa comum de governo; os comunistas franceses aceitam pela primeira vez o princípio da alternância de poder e o empenho na política europeia (27 de Junho)

Chaban Delmas é substituído por Pierre Messmer à frente do governo francês; Giscard na economia e finanças e Debré na defesa ( 5 de Julho).

Alain Peyrefitte, secretário geral da UDR (6 de Setembro)

Giscard visita Lisboa (10 e 11 de Julho)

Maurice Schuman em Pequim(Julho)

Quinta Cimeira Europeia em Paris, a primeira dos Nove anunciada a instituição de uma União Europeia antes de 1980 (19-20 de Outubro)


1973

Entra em vigor o tratado de adesão da Dinamarca, Irlanda e Reino Unido; aplicação de uma política comum da CEE com o Leste, no âmbito da competência exclusiva da Comunidade em matéria de política comercial comum (1 de Janeiro)

Eleições legislativas em França; apesar do crescimento da esquerda, a direita consegue vencer; UDR, 181 lugares; Republicanos Independentes, 54; PS, 89 (4-11 de Março)

Decisão relativa à criação de um bloco monetário uniforme, a serpente europeia, incluindo a RFA, a França, os três do Benelux e a Dinamarca, com taxas de câmbio em flutuação comum (19 de Março)

Pompidou na URSS (11 de Janeiro)

Criação no Luxemburgo do Fundo Monetário Europeu (1 de Abril)

Segundo governo de Messmer; Peyrefitte na reforma administrativa e Jobert nos estrangeiros (6 de Abril)

Jean Monnet sugere que as cimeiras europeias se transformem num governo provisório europeu e que seja eleita uma assembleia europeia por sufrágio universal e directo (Agosto)

Começa em Helsínquia a primeira fase da CSCE-Conferência sobre Segurança e Cooperação Europeias (3 a 7 de Julho).

Pompidou propõe o reforço das cimeiras europeias, no quadro da cooperação política; apoio da RFA, mas reticências da Comissão e dos pequenos Estados que temem a hipótese de instauração do Plano Fouchet  (31 de Outubro)


1974

Morte de Georges Pompidou; substituído interinamente por Alain Poher (2 de Abril)

Giscard d'Estaing eleito Presidente da República em França (19 de Maio)

Chirac, Primeiro Ministro francês (27 de Maio)

Criada uma Agência Internacional de Energia no seio da OCDe a França recusa aderir (15 de Novembro)

Sétima e última Cimeira Europeia, em Paris; instituído o Conselho Europeu, participado pelos chefes dos executivos e não apenas pelos ministros dos estrangeiros, a reunir, pelo menos, três vezes por ano. Decidida a eleição do Parlamento Europeu por sufrágio universal directo (9 de Dezembro)


1975

Reune o primeiro Conselho Europeu em Dublin; adoptado um compromisso relativo à contribuição financeira britânica (10 e 11 de Março)

Jean-Paul Sartre em Lisboa (4 de Abril)

Parlamento Europeu adopta o relatório Bertrand sobre a União Europeia; poderes orçamentais para o Parlamento Europeu; criação de um centro de decisão europeu, independente dos governos nacionais e responsável perante o parlamento; criação de uma Câmara dos Estados; apoio dos conservadores, democratas-cristãos e socialistas, com abstenção dos trabalhistas e dos liberais dinamarqueses; voto contra dos comunistas (10 de Julho)

Acta Final da CSCE, assinada em Helsinquia (1 de Agosto)

Reúnem em Rambouillet os seis grandes do Ocidente, por iniciativa da França, o que contribuiu para uma melhoria de relações com os USA  (Novembro)

Conselho Europeu decide a organização das primeiras eleições europeias por sufrágio universal para o Parlamento Europeu; fixadas as primeiras leições para a primavera de 1978; prevista a passagem da Europa dos Estados e dos funcionários à Europa dos Cidadãos (1 a 2 de Dezembro)

 

 


1976

Barre entra no governo de Chirac como Ministro do Comércio Externo (12 de Janeiro)

Giscard d'Estaing propõe método conciliador para a eleição do Parlamento Europeu por forma directa no Conselho Europeu do Luxemburgo (1 de Fevereiro)

Jean Monnet declarado Cidadão honorário da Europa pelo Conselho Europeu (2 de Abril)

Raymond Barre substitui Chirac na chefia do governo francês (25 de Agosto)

Morte de André Malraux (Novembro)


1977

Termina em Paris a Conferência Norte-Sul (3 de Junho)

Ruptura da União de Esquerda em França (23 de Setembro)


1978

Surge a UDF de Giscard d'Estaing pelo agrupamento do PR, CDS e Partido Radical (1 de Fevereiro)

Vitória da direita RPF-UDF nas eleições legislativas francesas (12-19 de Março)


1979

Cimeira de Guadalupe entre os USA, a França, o Reino Unido e a RFA (6 a 8 de Janeiro)

Conselho Europeu de Paris coloca em vigor o Sistema Monetário Europeu; a decisão já tomada em Dezembro, sofreu atraso devido à falta de acordo sobre os montantes compensatórios monetários aplicados no âmbito da PAC (9-10 de Março)

Morte de Jean Monnet (16 de Março)

Primeiras eleições directas para o Parlamento Europeu (7 - 10 de Junho)

Reunião do primeiro Parlamento Europeu eleito directamente eleição de Simone Veil para a presidência (17 de Julho)


1980

Morte de Sartre e de Roland Barthes  (Abril)

Colóquio dos socialistas europeus em Roma; Delors fala na ideia de Europa de geometria variável, a prpósito da atitude britânica: a atitude dos britânicos provém de um desacordo profundo. Em vez de os ver afastarem-se deliberadamente do Conselho Europeu, eu preferiria propor-lhes uma Europa de geometria variável (5 e 6 de Maio)

Raymond Barre em Triers considera que nem todos os Estados Membros precisam de fazer tudo do mesmo modo, ao mesmo tempo (20 de Junho)


1981

François Mitterrand eleito Presidente da República em França (10 de Maio)

Dissolução da Assembleia Nacional francesa (22 de Maio)

Eleições legislativas em França; vitória dos socialistas (14-21 de Junho)

Governo socialista de Pierre Mauroy; tenta alterar-se a tradicional política do governo socialista francês;  Mitterrand criticara em Giscard o facto deste privilegiar o diálogo directo com o governo alemão; neste sentido, desloca-se a várias capitais europeias, mas não obtém sucesso (23 de Junho)

Abolição da pena de morte em França (18 de Setembro)

Manifestações pacifistas em Londres, Roma, Bruxelas e Paris clamam antes vermelhos que mortos (24 e 25 de Outubro)

Deputados franceses votam a nacionalização de 12 grupos industriais e de 35 bancos (26 de Outubro)


1982

Reajustamento das paridades monetárias no seio do SMe desvalorização do franco belga e da coroa dinamarquesa (22 de Fevereiro)

Reino Unido não cede nos preços agrícolas, senão mediante uma diminuição da contribuição britânica para o orçamento da CEe franceses e alemães  reencontram-se pela oposição à s teses britânicas (18-25 de Maio)

Desvalorização em 10% dos francos relativamente ao marco (12 de Junho)

Helmut Kohl sucede a Helmut Schmidt; regressa-se ao sistema do eixo franco-alemão e Mitterrand retoma a atitude que De Gaulle tomou relativamente a Adenauer (1 de Outubro)


1983

Discurso de Mitterrand no Bundestag; aconselha os alemães a aceitar a instalação de míseis Pershing norte-americanos, para fazer face aos SS20 soviéticos: os pacifistas estão no Ocidente, os mísseis estão a leste; esta posição terá ajudado Kohl a vencer as eleições (20 de Janeiro)

Morte de Georges Bidault (28 de Janeiro)

Remodelação do governo francês de Pierre Mauroy; Jacques Delors, superministro da economia, finanças e orçamento; Michel Rocard substitui Edith Cresson na agricultura (24 de Março)

Paris expulsa 47 diplomatas soviéticos (4 de Abril)

Reunião em Williamsburg na Virgínia do G7; apoio à instalação de mísseis americanos de alcance intermédio na Europa; Aprovado modelo de luta coordenada contra a inflação, os défices orçamentais e o proteccionismo (28-30 de Maio)

Intervenção militar francesa no Chade ( 9 de Agosto)

Manifestações pacifistas em Bona, Roma, Londres, Bruxelas, Paris e Madrid (23 de Outubro)


1984

Mitterrand em Haia considera a Europa um edifício abandonado (7 de Fevereiro)

Discurso de Mitterrand no Parlamento Europeu: mostra-se disposto a analisar o projecto de União europeia; propõe um secretariado permanente no domínio da Europa política; fala na possibilidade de uma geometria variável (24 de Maio)

Segundas eleições europeias (14-17 de Junho)

Eleições em França; derrocada do PCF -11%-, aumento da extrema-direita -11%- e vitória da oposição de direita -43% (17 de Junho)

Manifestação da direita francesa em Paris a favor da escola livre (24 de Junho)

Conselho Europeu de Fontainebleau; os dez acordam definitivamente sobre a redução da contribuição britânica para o orçamento comunitário; a aprtir da presidência irlandesa, são criados dois comités ad hoc : o comité Dooge sobre as instituições e o comité Adonino sobre a Europa dos cidadãos (26 de Junho)

Demissão de Pierre Mauroy; governo francês passa a ser liderado por Laurent Fabius (17 de Julho)

 


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