Partido Libertário Nacional-Socialista (Verde) Libertarian National Socialist Green Party
Definir um partido que se ergue a partir de um sincretismo ideológico aparentemente incongruente é, de relance, tarefa
assaz tortuosa. Senão, vejamos.
Defende a completa autonomia e dignificação do indivíduo, mas abraça uma doutrina que, quando fecundada pela experiência histórica, o alienou a uma entidade mais vasta, atomizando-o.
Não assume preferência racial, mas, das entrelinhas do seu programa, emerge uma atitude revisionista face ao Holocausto. A interpretação do genocídio selectivo contra os Judeus toma, aliás, contornos de efabulação grotesca. Apoiando-se
nas teses segregacionistas e pseudo-científicas de Alfred Rosenberg, sustentam que o genocídio permitiu um aperfeiçoamento racial dos Judeus, visto que só os mais argutos sobreviveram. Deste modo, censuram a ineficácia do extermínio, por não ter cumprido os objectivos traçados.
Não condena a miscegenação, mas aponta-a como causa para o empobrecimento da biodiversidade.
Censura o exercício da violência e de qualquer forma de coacção sobre o indivíduo, mas preconiza também a socialização da produçao e do porte de armas.
Afirma-se pluri-racial, mas destila um ódio primário contra a vaga de imigração com origem a sul, no México, chegando a propor o extermínio como solução.
Na exposição dos princípios, sugere um retorno à verdadeira essência do nacional-socialismo, aqui numa versão decantada
de quaisquer dislates eugenistas sobre supremacia racial, moral, de género ou orientação sexual. Diz incluir no aparelho elementos de vários grupos étnicos e opções de comportamento sexual.
A costela ecologista advém da preocupação com o futuro das novas gerações, que não devem pagar a factura dos erros ambientais que o capitalismo selvagem exige
para se manter.
Propõe-se abolir a complexidade normativa, por forma a garantir a aplicação mais célere e equânime das disposições legais.
Trata-se, pois, de um pequeno movimento que, pelo substracto das ideias centrais apresentadas, se inscreve na tradição libertária de cariz individualista
muito enraizada no imaginário do lonesome cowboy norte-americano, assente na dicotomia sujeito individual/Estado. Um pouco por todo o país
proliferam grupos paramilitares que congeminam o derrube do opressivo Governo Federal.
Na memória colectiva perdura ainda o atentado de Oklahoma, perpetrado em Abril de 1995 por Timothy McVeigh, confesso operacional
de uma das "milícias do Michigan", para, segundo o próprio, vingar a morte dos Davidianos de Waco, dois anos antes, às mãos do omnipotente FBI.
Tem como mentor e principal propagandista Matt Hunter.