Dissidências Democráticas (1917)
Em Maio de 1917, durante o governo de Afonso Costa
posterior à queda da União Sagrada, há um grupo de deputados democráticos
que contestam a liderança de Afonso Costa. Entre os contestatários, destaque
para Jaime Cortesão e para o futuro socialista Ramada Curto, acompanhados por
Alberto Xavier, futuro alvarista, António da Fonseca, Artur leitão e Francisco
Trancoso. Cortesão pede um verdadeiro governo nacional, mobilizando católicos
e operários. Outros acusam Costa de ser um falso radical. Um grupo de
dissidentes do jornal do partido de Lisboa, O Mundo, constitui um novo órgão,
A Manhã. E no Porto, o jornal A Montanha abandona a cobertura do
partido e passa a assumir-se como independente. Mas, no congresso dos democráticos,
de 3 de Julho de 1917, Afonso Costa é reeleito, apesar de ter de confrontar uma
oposição liderada por Norton de Matos.