Partido Reconstituinte (1920)
Em 9 e 11 de Março de 1920,
saiu do PRP/PD um grupo liderado por Álvaro de Castro e por Sá Cardoso que,
depois de se designar Núcleo de Acção
de Reconstituição Nacional (em 18 de Março), acabou por converter-se no Partido
Republicano de Reconstituição Nacional, engrossado por alguns dissidentes
liberais. Durou apenas três anos, dado que acabaram por fundir-se
com os Liberais em 1923, surgindo o Partido
Republicano Nacionalista. Contudo, em Dezembro de 1923, o grupo de Álvaro
de Castro destaca-se dos nacionalistas, gerando o Grupo Parlamentar da Acção Republicana.
Em 9 de Março, carta de Álvaro de Castro ao directório. No dia 11 comunica a
dissidência ao Congresso e consegue a adesão de Sá Cardoso e de outros
deputados democráticos, bem como de alguns dissidentes do partido liberal. No
dia 8 tinha subido ao poder o governo de António Maria Baptista, quase
integralmente democrático que visava, sobretudo, garantir a ordem pública
contra a onda de greves. Em 2 de Abril, manifesto assinado por 19 deputados
(entre eles, Américo Olavo, Artur Lopes Cardoso, Carlos Olavo, Ferreira da
Fonseca, Rego Chaves, Helder Ribeiro, Pereira Bastos, Camarate Campos, Manuel
Alegre e Pedro Pita). Entre os senadores, Lima Alves, Melo Barreto, Namorado de
Aguiar e Vasco Marques. Os reconstituintes vão participar no governo de António
Granjo (de 19 de Julho a 20 de Novembro de 1920), com Artur Lopes Cardoso na
justiça, Helder Ribeiro na guerra, Ricardo pais Gomes na marinha, melo Barreto
nos estrangeiros e Júlio Dantas na instrução pública.
Depois, entre 20 e 30 de Novembro, é o próprio Álvaro de Castro a
constituir governo, com os correlegionários Lopes Cardoso na justiça, António
da Fonseca no comércio, Júlio Dantas na instrução e José Maria Álvares na
agricultura. No governo seguinte, de Liberato Pinto, continuam a participar
Lopes Cardoso, na justiça, Álvaro de Castro na guerra, António da Fonseca no
comércio. No governo de Bernardino Machado, os reconstituintes continuam
governamentais, com Lopes Cardoso, justiça, Álvaro de Castro, guerra, António
da Fonseca, comércio.
Tradição e Revolução, vol. II
Alvaristas
Os alvaristas, que, em 1922, como reconstituintes,
conseguem 17 deputados e 10 senadores, integrarão os nacionalistas nos
começos de 1923 e voltarão a autonomizar-se no fim desse ano, como Grupo
de Acção Republicana.
A constituição do gabinete de Ginestal Machado é
pretexto para Álvaro de Castro abandonar o partido nacionalista,
repudiando ministérios de concentração e pseudo-ministérios nacionais.
Assim, no dia 16, três dezenas de deputados e senadores nacionalistas,
fundam o Grupo Parlamentar de Acção Republicana.
Segue-se um governo presidido pelo próprio Álvaro de
Castro que mobiliza dois seareiros, António Sérgio e Azevedo Gomes, para
além dos correlegionários Sá Cardoso, António da Fonseca e Ribeiro de
Carvalho, na guerra, contando com o apoio de
Afonso Costa e o elogio
pelo Partido Socialista, até Julho de 1924.
No governo seguinte, do democrático Rodrigues Gaspar,
ainda participa o accionista Rodolfo Xavier da Silva. No de Domingues
dos Santos aparece Hélder Ribeiro na guerra.