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Instalado o novo regime republicano e definida que ficou a equipa da governança, deu-se uma imediata redução do número de eleitores. Assim, pela Lei nº 3 de 3 de Julho de 1913, o poder de sufrágio restringiu-se aos cidadãos maiores de 21 anos que soubessem ler e escrever, formalizando-se a condição masculina, não referida expressamente na primeira lei eleitoral republicana. Ficaram também excluídos os militares no activo e os membros dos corpos de polícia cívica, bem como os condenados por crime de conspiração contra a República. A generosidade sufragista de 1911 que criou um colégio eleitoral potencial de 846 801 cidadãos, contra os 695 471 recenseados de Agosto de 1910, mas inferiores a anteriores colégios eleitorais monárquicos, foi drasticamente reduzida para os 471 557 recenseados de 1915. Mesmo a boa intenção de 1911 apenas correspondeu a 250 000 votantes contra os 450 260 de 1908, porque as eleições ocorreram apenas em 26 círculos. Em 16 de Novembro de 1913 realizaram-se eleições legislativas para as vagas de 37 deputados, em 28 círculos, com 397 038 eleitores e 150 000 votantes, conquistando os democráticos 34 desses lugares. Foi invocando este pretexto que os unionistas de Brito Camacho retiraram o apoio parlamentar que davam ao governo, com o argumento de tal já não ser necessário. Eleições autárquicas Em 30 de Novembro, nas eleições para os corpos administrativos, nova euforia vitoriosa dos afonsistas que conquistaram 205 das 291 vereações, constituídas exclusivamente por militantes democráticos. A oposição apenas conseguiu 68. Aliás, em Lisboa, os mesmos democráticos obtiveram 10 830 dos 15 346 votos apurados.
16 de Novembro de 1913
Eleições para as vagas de 37 deputados. As eleições realizaram-se apenas em 28 círculos
Vitória dos democráticos sob o governo de Afonso Costa
397 038 eleitores
150 000 votantes
33 democráticos
2 evolucionistas
Vencem em Coimbra e na Figueira da Foz.
2 unionistas
Vencem em Angra do Heroísmo.
Em Lisboa:
7 095 votos para os democráticos
1065 para os evolucionistas
514 para os unionistas
383 para os socialistas
No Porto:
6 837 votos para os democráticos
902 para os evolucionistas
671 para os socialistas
399 para os independentes
362 para os unionistas
Nova composição da Câmara dos Deputados (153):
68 deputados democráticos
41 evolucionistas
36 unionistas
6 independentes
2 socialistas
Senado (71):
24 democráticos
16 evolucionistas
18 unionistas
6 independentes
2 socialistas