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1842
●Cabralismo a cem por cento – Em 24 de Fevereiro: António Bernardo da Costa Cabral substitui Luís Mouzinho de Albuquerque no reino. Felgueiras é substituído na pasta dos negócios eclesiásticos e justiça por António de Azevedo e Melo e Carvalho (1795-1862) até 14 de Setembro. José Jorge Loureiro é substituído por João de Oliveira, o barão do Tojal, na pasta da fazenda, e por António José Campelo, na pasta da marinha e ultramar. Saem Felgueiras e José Jorge Loureiro. Surge, então, surge um governo cartista a cem por cento.
●A consolidação do cabralismo – Surgem os governadores civis com o Código Administrativo, aproveitando-se o modelo gerado por Rodrigo da Fonseca (18 de Março). Em 3 de Agosto de 1835 o ministro António Fernandes Coelho nomeara nova comissão para reconsiderar as doutrinas e disposições do referido código. É deste trabalho que vai nascer o código de Costa Cabral. Seguir-se-á o código de 26 de Junho de 1867, dito de Martens Ferrão, que tem como principal colaborador na redacção do mesmo José Júlio de Oliveira Pinto; o código de 21 de Julho de 1870, dito de Dias Ferreira, será redigido por Luís António Nogueira.
●Fornada de pares – Tendo em vista a consolidação do novo poder, são nomeados novos pares do reino (5 de Março). Porque, como há-de dizer Ramalho Ortigão: entre o poder executivo e a camâra dos pares passa-se o mesmo caso que se dá entre os que fabricam as couraças dos navios de guerra e os que fabricam as balas de artiharia. Logo que a couraça resiste, inventa-se uma nova bala que a fure. Logo que a nova bala fura, inventa-se uma nova couraça que por seu turno lhe resista. E assim sucessivamente e interminavelmente. Do mesmo modo: logo que a câmara dos pares se deixa penetrar de influências hostis ao governo, o governo aplica-lhe esta nova blindagem – a fornada.
●Até na Índia – O governador, José Joaquim Lopes de Lima, cabralista, enfrenta uma revolta local, liderada por elementos afectos à Maçonaria do Sul (26 de Abril).
●Partido cartista – Emitido um manifesto da comissão central eleitoral do partido cartista contra Costa Cabral (3 de Junho).
●Cabralistas – Surge o jornal diário cabralista A Restauração, directamente subsidiado pelo Grande Oriente Lusitano (25 de Maio). No primeiro número deste jornal, decompõem a oposição em três grandes grupos: os pseudocartistas, os republicanos e os realistas.
Projecto
CRiPE- Centro de Estudos em Relações Internacionais, Ciência Política e Estratégia.
© José Adelino
Maltez. Cópias
autorizadas, desde que indicada a origem. Última revisão em:
03-05-2007