Republicanos
Em
1876 funda-se o Partido Republicano. Tudo começa com um meeting
contra o governo no Casino Lisbonense. Reclama-se sufrágio universal,
responsabilidade ministerial e registo civil obrigatório (19 de Março).
Na altura, Rodrigues de Freitas
adere aos republicanos.
Reunião comemorativa da vitória da
democracia em França, em casa do milionário Mendes Monteiro, na rua do Alecrim
(25 de Março).
Eleito o directório do partido
republicano, com 33 membros (3 de Abril de 1876).
Declara querer o desenvolvimento
gradual e pacífico das ideias democráticas nas instituições do país (Junho).
Inaugurado o primeiro centro
republicano. Entre os participantes, António de Oliveira Marreca, Latino Coelho,
Bernardino Pinheiro, Francisco Maria de Sousa Brandão, Gilberto António Rola,
João Bonança, José Carrilho Videira, José Elias Garcia, José Jacinto Nunes,
Zófimo Consiglieri Pedroso (20 de Julho).
Rodrigues de Freitas, o primeiro
deputado republicano em 1878.
Os republicanos dividem-se em
Lisboa. O centro eleitoral republicano democrático é apoiado pelos
progressistas, enquanto os regeneradores sustentam a candidatura de Elias
Garcia, aliás, não sucedida, apenas por falta de 18 votos, obtendo 15% (1590
votos). Acaba por vencer o já avilista Barros e Cunha, que, quando ministro, tão
fustigado havia sido pelos regeneradores. Elias Garcia, que havia sido
presidente da Câmara Municipal de Lisboa em 1873, é apoiado por Fontes. Como
este dizia, o Elias Garcia, se não existisse é preciso inventá-lo. Entre
os republicanos, candidatos por Lisboa, destaque para Manuel de Arriaga, que tem
a apoiá-lo Ramalho Ortigão. Teófilo Braga também se candidata com um programa
radical-federalista.
Projecto
CRiPE- Centro de Estudos em Relações Internacionais, Ciência Política e Estratégia.
© José Adelino
Maltez. Cópias autorizadas, desde que indicada a origem. Última revisão em:
03-05-2007