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Reconstituintes
No dia 11 de Março de 1920, Álvaro de Castro comunica ao
Congresso a constituição de uma dissidência dos democráticos. Consegue a
adesão de Sá Cardoso e de outros deputados democráticos, bem como de
alguns dissidentes do partido liberal.
No dia 8 tinha subido ao poder o governo de António
Maria Baptista, quase integralmente democrático, visando, sobretudo,
garantir a ordem pública contra a onda de greves.
Em 2 de Abril, manifesto assinado por 19 deputados
(entre eles, Américo Olavo, Artur Lopes Cardoso, Carlos Olavo, Ferreira
da Fonseca, Rego Chaves, Hélder Ribeiro, Pereira Bastos, Camarate
Campos, Manuel Alegre e Pedro Pita). Entre os senadores, Lima Alves,
Melo Barreto, Namorado de Aguiar e Vasco Marques). Surge assim o
Grupo Parlamentar de Reconstituição Nacional que se transforma em
comissão organizadora do Partido Republicano de Reconstituição
Nacional, corporizado em 27 de Junho de 1920, invocando o
liberalismo vintista
Os reconstituintes vão participar no governo de António
Granjo (de 19 de Julho a 20 de Novembro de 1920), com Artur Lopes
Cardoso, Hélder Ribeiro, Ricardo pais Gomes, Melo Barreto e Júlio
Dantas.
Depois, entre 20 e 30 de Novembro, é o próprio Álvaro de
Castro a constituir governo, com os correlegionários Lopes Cardoso,
António da Fonseca, Júlio Dantas e José Maria Álvares.
No governo seguinte, de Liberato Pinto, continuam a
participar Lopes Cardoso, Álvaro de Castro e António da Fonseca.
No governo de Bernardino Machado, os reconstituintes
continuam governamentais, com Lopes Cardoso, Álvaro de Castro e António
da Fonseca.
Dissidência de Domingos Pereira
Em Novembro de 1920, um grupo de democráticos, liderado
por Domingos Pereira, entra em divergência com o directório do partido e
decide apoiar e participar no governo de Álvaro de Castro, também ele
dissidente dos democráticos e então chefe dos reconstituintes, lado a
lado com os populares. O novo governo dura apenas dez dias. Entre
outros, acompanham-no Jaime de Sousa e Adriano Pimenta. O afastamento
durará até Janeiro de 1922, quando o grupo regressa ao seio dos
democráticos.
Democráticos
Com o governo de José Relvas, há uma vaga de
substituição de governadores civis e de nomeação de comissões
administrativas para os municípios, numa partilha de que beneficiam os
democráticos, assim se demonstrando tanto a falta de autonomia da
sociedade civil, como a persistência do modelo absolutista da
centralização.
Afonso Costa, exilado em
Paris, dirige uma carta ao directório do PRP manifestando a sua mágoa
pela política interna portuguesa, onde declara renunciar à actividade
partidária (3 de Março de 1919).
Filiados do PRP dirigem uma carta a Afonso Costa
negando-lhe o direito de abandonar o partido e solicitando-lhe que nele
permaneça (6 de Maio). Apesar de eleito deputado em 11 de Maio, não toma
posse.
Comissões do PRP de Lisboa fazem novo apelo a Afonso
Costa no sentido dele reconsiderara a decisão de abandono da actividade
partidária (14 de Maio).
Jornal A Montanha do Porto questiona: Partido
Democrático? Qual? O de Afonso Costa? O de Domingos Pereira? O de
António Maria da Silva? O de Álvaro Castro? Valha-nos Deus (18 de
Setembro)
Populares
Júlio Martins, ex-evolucionista, anuncia a constituição
do grupo parlamentar popular (8 de Outubro de 1919). Contesta a
unificação dos evolucionistas e dos unionistas no Partido Republicano
Liberal. Terá o apoio de alguns grupos de radicais democráticos.
Entre os dirigentes mais destacados: Francisco da Cunha
Leal, Vasco Guedes de Carvalho, Fernando Brederode, Vítor Macedo Pinto e
Carvalho Santos.
Segundo Cunha Leal, que dirigirá imediatamente o jornal
do grupo, nunca ultrapassámos o âmbito duma força ocasional e
precária, nem sequer nos abalançámos a improvisar por esse País fora, um
esboço de organização partidária.
Socialistas
Conseguem 8 deputados em
1919. Promovem comício no teatro Apolo em 18 de Abril. de 1919. O
semanário socialista O Combate passa a jornal diário. Dirigido
por Alfredo Franco (20 de Abril). Congresso em Lisboa (4 de Outubro de
1920)
Anarco-sindicalistas
Sai
o primeiro número do jornal anarco-sindicalista A Batalha, dito
porta-voz da organização operária portuguesa.
O redactor principal é Alexandre Vieira (23 de Fevereiro de
1919).
30 000 pessoas num comício
sindical em Lisboa, no Parque Eduardo VII, convocado pela União dos
Sindicatos Operários de Lisboa (1 de Maio).
Começa em Coimbra o 2º
Congresso Operário, onde a USOL vai ser substituída pela CGT-
Confederação Geral do Trabalho. Segue-se o modelo da CGT francesa,
por inspiração de Emílio Costa (13 a 18 de Setembro).
Toma posse o 1º comité
confederal da CGT, com Manuel Joaquim de Sousa (calçado), Miguel Correia
(ferroviário), José Carvalhal (marítimo), Alfredo Dias (gráfico),
Alfredo Lopes (construção civil), Francisco Viana e Joaquim de Sousa
(metalúrgicos) (23 de Setembro).
Federação Maximalista Portuguesa
Aparece A Bandeira
Vermelha, dito semanário comunista, instituindo-se a
Federação Maximalista Portuguesa, criada em Setembro (5 de Outubro).
Trata-se de um grupo dissidente da CGT, o primeiro a defender a
revolução russa em Portugal. Entre os seus principais militantes, Manuel
Ribeiro, António Peixe, Francisco Dias, Arsénio Filipe e José da Silva
Oliveira.
Em Março de 1921, a partir
desta base, cria-se o Partido Comunista Português.
A Bandeira Vermelha
proclama fazer em toda a parte a apologia da revolução russa (26
de Outubro).
Polícia
assalta a sede do Bandeira Vermelha, (1 de Novembro).
Partido Comunista Português
A
Batalha
publica as bases programáticas do Partido Comunista Português a
criar futuramente (27 de Janeiro de
1921).
Fundação
do partido, a partir da Federação Maximalista Portuguesa de Manuel
Ribeiro. A reunião fundadora tem lugar na sede da Associação dos
Empregados de Escritório (16 de Março de 1921).
Publicada
a declaração de princípios do partido que integra no seu seio as antigas
Juventudes Sindicalistas da CGT, dirigidas por José de Sousa
(1898-1967). CGT logo critica o estatismo tentacular dos
bolcheviques (7 de Julho).
No dia 5 de Outubro de 1919
sai o primeiro número de A Bandeira Vermelha, dito semanário
comunista, instituindo-se a Federação Maximalista Portuguesa, criada
em Setembro. Trata-se de um grupo dissidente da CGT, o primeiro a
defender a revolução russa em Portugal. Entre os seus principais
militantes, Manuel Ribeiro, António Peixe, Francisco Dias, Arsénio
Filipe e José da Silva Oliveira.
Entre 10 e 12 de Novembro
de 1923 realiza-se o I Congresso do PCP. Eleito um comité central
dominado por Carlos Rates. É apresentada uma tese, não discutida, sobre
a venda das colónias à Inglaterra para se resolver o défice do Estado.
Participa Jules Humbert Droz, delegado da Internacional Comunista.
Carlos Rates em O
Comunista de 8 de Dezembro de 1923 defende uma ditadura das
esquerdas contra a ditadura das direitas. Os comunistas são, então,
partidários de uma revolução imediata, porque o povo
português, na sua maior parte, é uma massa apática e indiferente. Quem
dominar em Lisboa, domina o país inteiro. Prevê-se a instalação de
uma ditadura das direitas e que no dia seguinte à instalação desta
toda a população está com os vencedores, do mesmo modo que, três meses
depois todos estarão contra a ditadura, considerada uma prova
pela qual teremos de passar.
Revolta abortada em 28 de
Agosto de 1924, no castelo de S. Jorge. Presos 8 comunistas e 1 radical.
Esboça-se, em 25 de Janeiro de 1925, a criação de uma frente comum de
apoio ao governo, com socialistas, comunistas, CGT e Federação Nacional
das Cooperativas.
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Unificação da direita republicana
Imediatamente após a queda do sidonismo, surgem
tentativas para a unificação das oposições republicanas aos
democráticos.
Alberto Madureira, neo-sidonista, em 13 de Abril de
1919, sugere a criação de um partido republicano conservador, com
o unionista Nunes da Ponte, o sidonista ex-monárquico Francisco
Fernandes e o sidonista António Miguel de Sousa Fernandes, antigo
governador civil de Lisboa.
Em 15 de Abril, a Junta Municipal de Lisboa dos
evolucionistas manifesta-se contrária à dissolução do partido.
No dia 16 de Abril, reunião no consultório de Egas Moniz
de delegados dos partidos centrista, unionista e evolucionista, com
republicanos independentes, tendo em vista a unificação naquilo que
então se qualifica como o partido republicano reformador.
malogro, face à resistência dos evolucionistas
O evolucionista Ribeiro de Carvalho, em entrevista ao
jornal A Capital, defende um grande partido moderado,
incluindo democráticos, que se oporia a um grande partido radical,
para onde deveriam transitar os radicais democráticos, evolucionistas e
unionistas, o que só se conseguiria com a dissolução dos três grandes
partidos.
Em 24 de Abril, ex-parlamentares evolucionistas reúnem
com António José de Almeida e manifestam-se contrários à dissolução do
partido.
Mas, em fins de Setembro, sob o governo de Sá Cardoso,
onde apenas participam democráticos, depois de António José de Almeida
ter sido eleito presidente em 6 de Agosto, dissolvem-se os partidos
unionista e evolucionista, para a criação do Partido Republicano
Liberal, com o programa redigido pelo unionista Matias Ferreira de
Mira.
A reunião dos unionistas decorre em 29 de Setembro. O
congresso dos evolucionistas em 30 de Setembro e 1 de Outubro. No dia 5
toma posse António José de Almeida, como presidente da república.
Não tarda que o novo partido, já integrado por
evolucionistas e unionistas, abra as portas aos sidonistas: primeiro, à
facção do ex-evolucionista e ex-centrista, Egas Moniz. Depois, aos
restantes sidonistas moderados. Assim, em 13 de Outubro o directório do
Partido Nacional Republicano, então liderado por Egas Moniz,
aconselha a dissolução do mesmo grupo. Idêntica posição é tomada em 15
de Outubro, pela facção sidonista que se lhe opunha, então dirigida por
Feliciano Costa e que publica A Situação.
O I Congresso do novo partido decorre nos dias 22 e 23
de Novembro de 1919, passando a ser dirigido por António Granjo, Matias
Ferreira de Mira, Tomé de Barros Queirós, Jorge Nunes, Joaquim Ribeiro
de Carvalho, Francisco Fernandes Costa, Augusto de Vasconcelos,
Celestino de Almeida, Constâncio de Oliveira, Inocêncio Camacho, António
Ladislau Parreira, António Ginestal Machado e Egas Moniz, tendo como
órgãos A Luta e A República.
Entretanto, o governo Sá Cardoso pede a demissão em 3 de
Janeiro de 1920 e António José de Almeida logo trata de convidar os
novos liberais para constituírem governo, o que fazem sob a presidência
de Fernandes Costa, com António Granjo, Mesquita de Carvalho, Mendes dos
Reis, Tito de Morais, Jorge Vasconcelos Nunes, José Barbosa, Pinto
Veloso e Fernandes de Almeida.
Contudo, o gabinete nem
sequer chega a tomar posse, marcada para o dia 15 de Janeiro de 1920,
face a uma manifestação promovida pela ala radical dos democráticos, a
chamada formiga branca. Nesse mesmo dia, chega a esboçar-se uma
tentativa de assalto aos jornais apoiantes dos liberais, A Luta e
a República.
António José de Almeida
reconduz imediatamente o gabinete de Sá Cardoso e logo trata de convidar
algumas personalidades para a constituição de um ministério nacional.
Tenta, em primeiro lugar, o liberal e ex-unionista Tomé de Barros
Queirós, que logo desiste. Recorrre, depois, ao presidente do Senado,
Correia Barreto, que também desiste.
Finalmente tenta o
presidente da Câmara dos Deputados, Domingos Pereira, que em 21 de
Janeiro já constitui gabinete.
Em 19 de Julho de 1920, os
liberais voltam ao governo e à presidência do ministério, com António
Granjo numa experiência de conjugação com os reconstituintes e um
democrático, que dura apenas quatro meses. Entre os ministros liberais
deste gabinete, para além de Granjo na presidência e na agricultura,
Inocêncio Camacho nas finanças, Manuel Ferreira da Rocha nas colónias e
Júlio Ernesto Lima Duque no trabalho.
São, entretanto, afastados
dos gabinetes de Álvaro de Castro, Liberato Pinto, Bernardino Machado de
20 de Novembro de 1920 a 23 de Maio de 1921. Contudo, nesta data voltam
ao poder com Tomé de Barros Queirós num governo integralmente
constituído por elementos do partido, com os generais Abel Hipólito e
Alberto Carlos da Silveira, José de Matos Cid, Ricardo Pais Gomes, Melo
Barreto, António Granjo, Fernandes Costa, Ginestal Machado, Lima Duque e
Manuel Sousa da Câmara.
É durante este gabinete que
se realizam as eleições de 10 de Julho de 1921 que dão a primeira e
única vitória eleitoral dos liberais face aos democráticos. Estes ficam
reduzidos a 54 deputados (cerca de 30%) contra 88 deputados liberais
(cerca de 50%), mas com 15% para os reconstituintes de Álvaro de Castro,
à frente da dissidência dos reconstituintes, oriunda dos mesmos
democráticos. Uma fraca maioria relativa, aliás, dependente de uma
minoria dominada pelos ex-jovens turcos.
Mesmo assim, constitui-se
novo governo liberal a partir de 30 de Agosto, agora liderado por
António Granjo, com Raúl Lelo Portela, Vicente Ferreira, Freitas Soares,
Ricardo Pais Gomes, Melo Barreto, Ferreira da Rocha, Ginestal Machado,
Lima Duque, Fernandes Costa e Aboim Inglês.
A experiência é bruscamente
interrompida pelo golpe outubrista de 19 de Outubro e pelo assassinato
do próprio chefe do governo. Após os liberais, juntamente com os
democráticos e os reconstituintes, terem em finais de Novembro, acordado
no princípio da não colaboração com os governos outubristas, segue-se o
gabinete de concentração partidária liderado por Francisco Cunhal Leal,
em 16 de Dezembro de 1921, onde participa o liberal Augusto Joaquim
Alves dos Santos, na pasta do trabalho.
Aliás, neste gabinete,
estava previsto que os liberais assumissem a pasta do comércio, através
de Celestino de Almeida, mas Cunha Leal rejeitou o nome.
Seguem-se as eleições de 29
de Janeiro de 1922 onde os democráticos voltam à vitória, com 74
deputados. Com efeito, depois de se esboçarem listas conjuntas de
democráticos, liberais e reconstituintes, o governo decide apresentar
listas próprias, baralhando todo o esquema e prejudicando essencialmente
os liberais, dado que estes são obrigados a uma conjunção com os
reconstituintes e os cunha lealistas.
Segue-se o longo governo
democrático de António Maria da Silva, de Fevereiro de 1922 a Novembro
de 1923, o governo mais estável da I República, que também marca o fim
dos liberais que, em 5 de Fevereiro de 1923 se diluem num partido
nacionalista, onde também começam por participar os reconstituintes e os
seguidores de Cunha Leal.
Unionistas
17 deputados em 1919.
Evolucionistas
38 deputados em 1919. Em 8
de Março recusam fusão com os unionistas num partido conservador.
António José de Almeida apenas admitia que os unionistas passassem a
integrar o partido evolucionista. Relvas não queria presidir a
uma vitória eleitoral dos democráticos (18 de Março).
Ex-parlamentares evolucionistas reúnem com António José de Almeida e
manifestam-se contrários à dissolução do partido (24 de Abril).
Partido Republicano Presidencialista
Grupo dos antigos sidonistas.
Parte há-de integrar os liberais. Não elegem deputados em 1919.
Católicos
1
deputado em 1919.
O
Centro Católico movimento, fundado em 8 de Agosto de 1917, elege em 8 de
Novembro de 1919, para presidente, António Lino Neto, advogado e
professor de economia política do Instituto Comercial e Industrial de
Lisboa, apoiado por uma comissão central de que fazem parte António
Pereira Forjaz, professor da faculdade de ciências de Lisboa, José da
Fonseca Garcia, advogado.
Da
anterior comissão central, saem Pinheiro Torres e Fernando Sousa (Nemo),
marcados por militância monárquica.
Aprovadas
as bases regulamentares do Centro Católico Português, em 22 de Novembro
de 1919, durante o II Congresso, o chamado congresso da
reestruturação, realizado em Lisboa, no Beco do Apóstolos, à Rua da
Flores, na sede da Associação Católica. A União, órgão
do grupo, começa a publicar-se em 19 de Janeiro de 1920. Tem como
director António Lino Neto. Viverá inúmeras polémicas com A Época,
jornal dirigido por José Fernando de Sousa (Nemo). Neto tinha escrito
que a Igreja é a mais bela democracia que tem visto o mundo e
a primeira democracia de todos os tempos. Nemo contesta,
baseando-se em Charles Maurras. Também Pequito Rebelo em A Monarquia
critica o presidente do Centro Católico Português, em Março desse ano
(27 de Maio).
Monárquicos
Entre 16 e 28 de Setembro
de 1919, dois representantes integralistas, Luís de Almeida Braga e
Pequito Rebelo, deslocam-se à Inglaterra, para conversações com D.
Manuel II. O rei defende intransigentemente o constitucionalismo
cartista e rejeita aquilo que havia de absolutismo na doutrina
integralista, desaprovando os dois movimentos de restauração monárquica,
do Porto e de Monsanto, bem como todas as violência, considerando que a
restauração e a actividade política dos monárquicos só poderiam ser
levadas a cabo dentro da legalidade. Recusa a imediata nomeação de um
seu representante em Portugal, dada a morte de Aires de Ornelas, e não
aceita sequer a indicação de um chefe secreto porque naquele
desgraçado país tudo se sabe, sugerindo que os monárquicos
conquistassem eleitoralmente as autarquias locais.
Novo encontro da delegação
integralista e D. Manuel II marca a ruptura (28 de Setembro). Em 20 de
Outubro, os integralistas anunciam no jornal A Monarquia que se
desligam da obediência a D. Manuel II, conforme decisão tomada em 18 de
Outubro. Em carta dirigida a Aires de Ornelas, D. Manuel II critica o
procedimento dos integralistas (1 de Dezembro). D. Miguel II renuncia ao
trono, em 21 de Julho de 1920, depois de negociações com os
integralistas. No dia 31 abdica em favor do seu terceiro filho, D.
Duarte Nuno, confiando a tutela à tia, D. Maria Aldegundes de Bragança.
Delegações
integralista e legitimista reconhecem como rei D. Duarte Nuno, então com
doze anos (31 de Julho).
A Junta Central do Integralismo Lusiano declara reconhecer como herdeiro
do trono português D. Duarte Nuno, unindo-se assim ao partido
legitimista (2 de Setembro).
Manifesto
de Baiona de D. Maria Aldegundes de Bragança, tutora de D. Duarte Nuno,
intitulado, Proclamação de Princípios, onde se defende
a monarquia tradicionalista (26 de Junho de 1921).
Partido
legitimista anuncia acção conjunta com o Integralismo Lusitano, face ao
Manifesto de Baiona (1 de Julho).
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