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Liberais
79 deputados e 32 senadores em 1921.
Integram os anteriores unionistas, evolucionistas e
parte dos sidonistas
Reconstituintes
12 deputados e 7 senadores.
O grupo mobiliza os antigos jovens turcos, que
constituíam a equipa de apoio a Correia Barreto no primeiro governo
provisório da República.
Hão-de juntar-se aos liberais no partido nacionalista,
mas passados meses, logo se lançam em nova dissidência, a Acção
Republicana.
Dissidentes Democráticos
Em
13 de Novembro de 1921, os dissidentes democráticos de Domingos Pereira
regressam ao partido democrático.
Democráticos
54 deputados e 22 senadores.
Em 1920, os democráticos, em aliança com o patronato,
chegam a constituir grupos de defesa da República.
Nos começos de 1920, Vitorino Guimarães opõe-se à linha
oficialista que elege Afonso Costa, o qual, contudo, nunca assumirá
essas funções.
Em 3 de Fevereiro desse ano, Ramada Curto considera os
democráticos como essa grande cooperativa de produção e consumo.
Federação Nacional Republicana
Grupo de apoiantes de António Machado Santos, oriundos
do Centro Reformista. Corporiza-se em Dezembro de 1920, defendendo,
entre outros pontos programáticos, a transformação das províncias
ultramarinas em Estados Autónomos a criação de um Estado Português
Confederado. Sob a presidência de António Machado Santos, tem como
principais dirigentes o general Manuel Gomes da Costa, João Viegas Paula
Nogueira, Joaquim Meira e Sousa, José Holbeche Castelo Branco, José
Marques do Carmo Catarino, Francisco do Carmo Benevides e Alexandre
Barbosa.
Populares
Grupo de antigos evolucionistas que não se integram nos
liberais. Apenas 1 deputado em 1921.
Hão-de ser parcela importante do outubrismo.
Anarco-sindicalistas
Em 18 de Setembro de 1919 é constituída a Confederação
Geral do Trabalho.
Clamam contra a hipótese de uma ditadura das forças
vivas.
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Monárquicos
7 deputados e 1 senador.
Em 1920, representantes dos integralistas, que acusam D.
Manuel II de preconceitos liberalistas, com Alberto Monsaraz e
Luís de Almeida Braga, e do velho partido legitimista, com D. João de
Almeida Correia de Sá, Lavradio, reúnem-se no palácio de Bronnbach, no
ducado de Baden, com D. Miguel de Bragança, terceiro filho de D. Miguel
I.
Centro Católico Português
3 deputados e 3 senadores em 1921.
Em Novembro de 1920 os católicos de A Época,
apoiando o governo democrático de Liberato Pinto, defendem um governo
militarizado que se assumisse como órgão da vontade nacional.
Em 1921, Salazar é eleito deputado por Guimarães pelo
Centro Católico que faz vários acordos pré-eleitorais, à maneira do
rotativismo
Realiza-se o II Congresso do Centro Católico Português
em 29 de Abril 1922. Vencem os chamados centristas ou catolaicos,
liderados por António Lino Neto, com o apoio de António de Oliveira
Salazar e Dinis da Fonseca, sendo afastados da direcção os monárquicos
católicos, então representados por Fernando Sousa (Nemo).
As forças do regime, nomeadamente o jornal O Mundo,
reconhecem expressamente o comportamento leal dos católicos.
Partido Nacional Republicano Presidencialista
Os neo-sidonistas, depois de falhar o Partido
Republicano Conservador, ideia lançada em 1919, instituem o PNRP em
1920, a partir do Centro Republicano Dr. Sidónio Pais, dirigido
por João Tamagnini Barbosa, e da Juventude Republicana Sidonista,
dirigida por José Pinto Martins.
Emitem em 4 de Junho de 1921 um manifesto ao País,
subscrito por José Vicente de Freitas, António Andrade Velez, Eduardo de
Almeida, José da Silva Bastos, Fernando Borges, José Marcelino Carrilho,
João Tamagnini Barbosa, Eurico Cameira, Joaquim Mendes do Amaral, José
Feliciano da Costa Júnior, Jorge da Costa Pereira, Teófilo Duarte e
Miguel Crespo. Parte deles aderirá em 1925 ao Partido Republicano
Nacionalista e outros enveredarão, a partir de 1922, por sendas
miméticas face ao fascismo mussoliniano.
Forças Vivas
O patronato apoia o governo de Liberato Pinto.
Em 12 de Janeiro 1921 reúne-se o congresso da
Confederação Patronal Portuguesa.
Em 7 de Julho 1921 surge o jornal Imprensa da Manhã,
subsidiado por Alfredo da Silva e Fausto de Figueiredo.
Os agrários alentejanos da ACAP defendem o modelo
proteccionista das leis de Elvino de Brito, tendo o apoio dos
vinhateiros do Ribatejo, afectados por uma crise de exportação.
Assumem-se contra a política dita do pão barato.
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