| || | Governos | || | Grupos | || | Eleições | || | Regimes | || | Anuário | || | Biografias | || |
|

Num congresso realizado em Braga em 8 de Agosto de
1917 é fundado o Centro
Católico Português. O Apelo de Santarém ou Instrução
pastoral colectiva do Episcopado, de 22 de Janeiro de 1917, apela para a acção
política da União Católica, donde derivará o Centro Católico Português. Aprovado
o programa redigido por Diogo Pacheco de Amorim e Almeida Correia. Eleita uma
comissão central com Alberto Pinheiro Torres, José Fernando de Sousa (Nemo) e
Diogo Pacheco de Amorim. Participam 36 leigos e 30 eclesiásticos, a maior parte
deles oriundos da diocese de Braga.
O II Congresso do CCP terá lugar em 22 de
Novembro de 1919. Aprovadas as bases regulamentares do Centro Católico Português,
em 22 de Novembro, durante o II Congresso do CCP, o chamado congresso
da reestruturação, realizado em Lisboa, no Beco do Apóstolos, à Rua da
Flores, na sede da Associação Católica. O movimento, fundado em 8 de Agosto
de 1917, elegeu para presidente António Lino Neto, advogado e professor de
economia política do Instituto Comercial e Industrial de Lisboa, apoiado por
uma comissão central de que fazem parte António Pereira Forjaz, professor da
faculdade de ciências de Lisboa, José da Fonseca Garcia, advogado. Da anterior
comissão central, saíam Pinheiro Torres e Fernando Sousa (Nemo), marcados por
militância monárquica. Na altura comemoram-se as festas do Beato Nuno. Há
delegados de 13 dioceses. Em 18 de Dezembro de 1919, encíclica de Bento XV aos
prelados portugueses, apoia expressamente a criação do CCP.
No dia 19 de
Janeiro de 1920 começa a publicar-se A
União, órgão do Centro Católico Português. Tem como director António
Lino Neto. Viverá inúmeras polémicas com A
Época, jornal dirigido por José Fernando de Sousa (Nemo). Em Maio de 1920,
divergências entre os católicos, no conflito entre A
Época de Fernando de Sousa (Nemo) e A
União, de António Lino Neto. Neto tinha escrito que a Igreja é a mais bela democracia
que tem visto o mundo e a primeira
democracia de todos os tempos. Nemo contesta, baseando-se em Charles
Maurras. Também Pequito Rebelo em A
Monarquia havia contestado o presidente do Centro Católico Português, em
Março desse ano.
Nas eleições de 10 de Julho de 1921, um jovem assistente
universitário de Coimbra, António de Oliveira Salazar, chegou a ser eleito por
Guimarães, pelo Centro Católico.
Publicada pastoral colectiva do episcopado,
em 29 de Setembro de 1922, sobre as
desinteligências que ameaçam dividir o campo católico, declarando-se
confiança na direcção do CCP.
Carta de Pio XI de 13 de Maio de 1923 secunda a
pastoral colectiva do episcopado português que apoiava o CCP. Em 15 de Dezembro
de 1923, reaparece o jornal Novidades,
agora como órgão da hierarquia católica, em apoio do CCP. O A
União cessa a sua publicação em Abril de 1924.
Em 14 de Fevereiro de
1925, os bispos intervêm no confronto entre A
Época e o Novidades dizendo que o CCP tem o apoio do episcopado e do próprio
papa. Nemo abandona então o CCP e A Época
transforma-se em jornal catolico,
independente do Centro. Reacções contra os bispos: O Correio da Manhã considera a declaração dos bispos como uma impertinência
política. O Comércio de Viseu,
dirigido pelo visconde de Banho, põe-se ao lado de Nemo. Na Covilhã, um padre
centrista chega a ser sovado por membros das Juventudes Monárquicas. O papa
recusa recebr D. Manuel II.
Reunião de militantes do Centro Católico, convocados por Lino Neto (17
de Dezembro de 1931). Comparece Mário de Figueiredo, mas não Salazar. Decidem não
enfrentar a União Nacional.
Tradição e Revolução, vol. II
1923-1924
O grupo de Lino Neto, com
Salazar e Dinis da Fonseca, os
chamados catolaicos, que conseguem 5 deputados e 1 senador, vive
em constante tensão com os católicos monárquicos, liderados por Nemo
(Fernando de Sousa).
Os primeiros, ditos centristas, têm como órgão A
União e depois o Novidades, a partir de 15 de Dezembro de
1923.
Os segundos dominam A Época, sendo apoiados por
O Dia e o Correio da Manhã, tendo como outros paladinos
Domingos Pinto Coelho, Alfredo Pimenta e o próprio Paiva Couceiro.
O
jornal A União do CCP diz que os deputados monárquicos devem
abster-se da apresentação de projectos sobre os católicos, sem prévia
consulta do CCP, a única instância partidária autorizada pelos bispos.
Realiza-se
o segundo congresso do Centro Católico, nos dias 29 e 30 de
Abril, na Sociedade de Geografia de Lisboa, onde
Salazar faz um discurso
de fundo criticando José Fernando de Sousa, Nemo, o representante dos
católicos monárquicos.
Salazar
admite que os católicos aceitem
cargos públicos. É confirmada a orientação dada por Lino Neto ao
grupo. O próprio jornal O Mundo enaltece o comportamento
leal dos católicos para com a República (28 de Abril).
Segue-se
uma prolongada polémica de católicos monárquicos com os centristas nos
jornais. A Época em 4 de Maio ataca o CCP. Nesta senda Nemo em
Junho, Julho, Agosto e Setembro faz um ataque aos centristas, a que
responde
Salazar de Setembro de 1922 a Fevereiro de 1923 (28 de Abril).
Contra o CCP, no mesmo jornal, escreve Domingos Pinto Coelho, a que
responde Dinis da Fonseca em 20 de Agosto de 1922 (28 de Abril).
Atacando a linha de Lino Neto, surgem também artigos de Alfredo Pimenta
em O Dia, contra o bispo de
Bragança, D. José Lopes Leite de Faria, e de Paiva Couceiro
em O Correio da Manhã (28 de Abril).
Nesse
Congresso, também Manuel Gonçalves Cerejeira propõe a criação de um
estabelecimento superior de ensino, à semelhança do Instituto Católico
de Paris (28 de Abril).
Congresso
da Federação das Juventudes Católicas, em Coimbra.
Mário de Figueiredo é
eleito presidente, com Alberto Dinis da Fonseca na vice-presidência
(30 de Maio de 1922).
Carta
de Pio XI saúda a pastoral colectiva do episcopado português que apoia o
Centro Católico Português (13 de Maio de 1923).
Lino Neto
declara que o centro (Centro Católico Português) não é um
partido político, embora represente uma influência de natureza política.
Não pretendemos instalar-nos no poder nem confundimos legislação com
regime (21 de Outubro de 1923).
Lino
Neto, em A União, toma posição sobre o governo de Ginestal
Machado (24 de Novembro de 1923): é necessário que a atmosfera de
confiança que por toda a parte se vem desenvolvendo contra os políticos
se não se acentue mais nem torne possível entre nós movimentos como os
que lá for a determinaram a ascensão ao poder de Mussolini em Itália e
de Primo de Rivera em Espanha.
Reaparece
o jornal Novidades, agora como órgão da hierarquia católica, em
apoio do CCP. O A União cessa a sua publicação em Abril de 1924
(15 de Dezembro).
Até
3 de Abril CADC promove a constituição de uma União Católica dos
Estudantes Portugueses em reunião realizada em Coimbra. Participam,
entre outros, Lopes da Fonseca, Pedro Teotónio Pereira, Marcello Caetano
e Albano Pereira Dias Magalhães (31
de Março).
Em
Outubro e Novembro de 1924 reacende-se o conflito entre os católicos,
com o Novidades, afecto ao CCP, a polemizar com A época,
de Fernando de Sousa. Os bispos intervêm no confronto entre A Época
e o Novidades dizendo que o CCP tem o apoio do episcopado e do
próprio papa (14 de Fevereiro de 1925). Nemo abandona então o CCP e
A época transforma-se em jornal catolico, independente do
Centro. Reacções contra os bispos: O Correio da Manhã
considera a declaração dos bispos como uma impertinência política.
O Comércio de Viseu, dirigido pelo visconde de Banho, põe-se ao
lado de Nemo. Na Covilhã, um padre centrista chega a ser sovado por
membros das Juventudes Monárquicas. O papa recusa receber D. Manuel II.
Projecto
CRiPE- Centro de Estudos em Relações Internacionais, Ciência Política e Estratégia.
© José Adelino
Maltez. Cópias autorizadas, desde que indicada a origem. Última revisão em:
14-05-2007
Projecto
CRiPE- Centro de Estudos em Relações Internacionais, Ciência Política e Estratégia.
© José Adelino
Maltez. Cópias autorizadas, desde que indicada a origem. Última revisão em:
03-05-2007