Partido Nacionalista (1923)
Liberais e reconstituintes, em Fevereiro de 1923, fundem-se num novo Partido Nacionalista
que também conta com o apoio de Cunha Leal, o qual, logo em Março de
1923, passava a dirigir o conceituado jornal O
Século, depois deste ser comprado pelas moagens. A fusão deu-se em pleno
governo democrático de António Maria da Silva, no poder desde Fevereiro de
1922. Foi precedida pela constituição em Janeiro de 1923, de um bloco
republicano das oposições parlamentares. Em 17 de Fevereiro é publicado o
manifesto do novo partido nacionalista, redigido pelo ex-reconstituinte Júlio
Dantas. No dia 19, Álvaro de Castro comunica oficialmente ao Congresso a
constituição do novo partido. Nacionalistas regressam ao parlamento, depois de
um mês de ausência, em 22 de Junho de 1923. Em 15 de Novembro de 1923, governo
minoritário nacionalista, presidido por Ginestal Machado, com Óscar Carmona,
na pasta da guerra – o único não partidário –, e Cunha Leal nas finanças.
Durará pouco mais de um mês esta experiência da direita republicana. Aliás,
os reconstituintes de Álvaro de Castro, abandona o partido logo em Dezembro,
assumindo a chefia do governo logo no dia 17 do mesmo mês, com o apoio de
Afonso Costa, dos democráticos e dos seareiros. Fernando Medeiros chama-lhe intentona
putchista. No Congresso do Partido Nacionalista, de 7 e 8 de Março de 1925,
houve uma integração dos derradeiros sidonistas
que permaneciam independentes. Ataques a Teixeira Gomes e ao governo. Em 6 de
Março de 1926, Congresso do Partido Nacionalista no Liceu Camões em Lisboa.
Cunha Leal foi vivamente criticado por ter aceite o cargo de vice-governador do
Banco Nacional Ultramarino. Organiza lista, com o capitão de mar e guerra
Vasconcelos e Sá, capitão de mar e guerra Mendes Cabeçadas, Vicente Ferreira,
Bissaia Barreto, capitão-tenente Carlos Pereira e João Pinheiro, que enfrenta
a lista oficiosa de Tamagnini Barbosa e Pedro Pitta.
Tradição e Revolução, vol. II
Contra o governo de
António Maria da Silva, emerge um bloco republicanos, constituído
por liberais (34 deputados e 11 senadores em 1922) e reconstituintes, os
quais se unificam
em 5 de Fevereiro de 1923, dando origem ao Partido Nacionalista, cujo
manifesto, redigido por Júlio Dantas, é emitido no dia 17.
Logo apoiam a candidatura a presidente de Bernardino
Machado, contra a de Manuel Teixeira Gomes em 6 de Agosto de 1923.