Historiador português. Activista da oposição democrática.
Licenciado pela Faculdade de Letras de Lisboa em 1940, casa onde é assistente
até 1944. Liga-se ao MUD e ao MUNAF. Vai para França em 1947, onde é
investigador do CNRS. Doutor pela Sorbonne em 1959. Em 1960 torna-se professor
catedrático do ISCSPU, cargo de que foi demitido em 1962, por razões políticas.
Professor catedrático em Clermont-Ferrand de 1971 a 1974. Ministro da Educação
do III e IV Governos Provisórios. Professor Catedrático da Universidade Nova
de Lisboa de 1974 a 1988, é o animador da
Revista de
História Económica e Social,
de 1978 a 1989. Director da Biblioteca Nacional em 1984. Salienta, sobre a nossa
monarquia medieval: "feudal, não é na verdade esta monarquia visto não
se ter edificado sobre o laço da vassalagem e feudo, mesmo se constatarmos
algumas infiltrações; não o é sequer em primeiro grau, como teríamos de
concluir se a definissemos sem mais um senhorio de senhorios, pois uma das suas
características diferenciais é precisamente a largueza do âmbito das relações
direrctas entre o rei e boa parte do reino e dos súbditos. Tem vincado cunho
patrimonial e não diferencia público e privado nas suas relações
com terras e gentes do Reino".
Observa também que, a partir de certa altura começa a
clarificar-se a existência de uma "inalienabilidade de certas pertenças
fundamentais" e o rei exerce já o
regnare e não apenas o
dominare, o senhoriar. O rei, além de diferente no ter, por
ser o maior dos proprietários, passa também a ser diferente no
ser.
Bibliografia:
·Prix et Monnaies au Portugal
Paris, 1955.
·Os Descobrimentos e a Economia Mundial
Lisboa, 1962. A primeira edição em língua francesa data de
1958.
·Ensaios, em três volumes.
Lisboa, 1968, 1969 e 1971.
·O Socialismo e o Futuro da Península
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