Respublica Repertório Português de Ciência Política Edição electrónica 2004 |
1867
Contra o governo da fusão começa a erguer uma oposição dita reformista
que começa por receber o vago nome de partido popular, alinhando em
torno de Sá da Bandeira e do bispo de Viseu, Alves Martins, à qual começa por
aproximar-se, na ala direita, António José de Ávila. São um dos apoiantes do
movimento da Janeirinha e são mobilizados pelo governo de António José de Ávila,
de 4 de Janeiro a 22 de Julho de 1868, po onde passam António Luís de Seabra,
José Dias Ferreira, José Maria Rodrigues Magalhães, José Rodrigues Coelho do
Amaral e Sebastião do Canto e Castro Magalhães. Mas é com o governo de Sá da
Bandeira, a partir de 22 de Julho de 1868 até 11 de Agosto de 1869, que
surge o reformismo propriamente dito, dizendo querer fazer reformas e
economias. Ainda em conjunto com os avilistas, vencem as eleições de 22 de Março
de 1868, com 142 deputados contra 22 fusionistas, a aliança de históricos e
regeneradores. Pelo governo passam Alves Martins, José Maria Latino Coelho,
Carlos Bento da Silva, Calheiros e Meneses, Conde de samodães, Seixas de
Andrade, Mendonça Cortês. Voltam a vencer as eleições de 11
de Abril de 1869, com 79 deputados, depois dos círculos terem sido
reduzidos de 156 para 92.
Nas eleições de 13 de Março de 1870, já sob o governo de Loulé, o
terceiro governo histórico, conseguem apenas 15 deputados.
Voltam ao governo, depois da saldanhada, sob a
presidência de Sá da Bandeira, de 29 de Agosto a 29 de Outubro de 1870, com
Alves Martins, António José de Ávila e Carlos Bento da Silva, mas é durante
este governo que se agravam as relações entre reformistas propriamente ditos e
avilistas. E nas eleições de 4 de Setembro de 1870, enquanto os reformistas
conseguem 52 deputados, os avilistas são 16.
Nas eleições de 9 de Julho de 1871, já sob o
governo de Ávila, conseguem apenas 14 deputados.
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