Eça, Júlio da Costa pereira de  1852-1917 Oficial do exército. Ministro da guerra do governo de Bernardino Machado, de 9 de Fevereiro a 12 de Dezembro de 1914. Batalha de Mongua no Sul de Angola de 18 a 20 de Agosto de 1915, dado que, depois de 10 horas de combate, vence os rebeldes cuanhamas chefiados pelo régulo Mandune e entra em N’Giva.

èHenrique Pires Monteiro, O General Pereira d’Eça Notável Chefe Militar do Nosso Século, separata da Revista de Artilharia, Junho de 1952.

 

Eça, Vicente de Moura Coutinho de Almeida (1852-1929) Oficial da marinha. Professor da Escola Naval, presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa e director da Escola Superior Colonial. Autor de Questões de Direito Internacional e de A Arte de Navegar dos Portugueses.

 

Ecclesia (grego) Termo grego, significando a assembleia de todos os cidadãos.

Échange Inégal et la Loi de la Valeur [1973] Amin, Samir

 

Échelle Humaine, À l’ [1945] Blum, Léon Obra escrita em 1941, onde se defende a social-democracia como o processo de passagem do capitalismo para o socialismo, conservando as liberdades tradicionais. Advoga-se um socialismo humanista, considerando que o mesmo não é fatalismo nem determinismo, tal como também não se configura como resignação nem cinismo, devendo libertar a pessoa humana de todas as servidões que a oprimem.

 

 

 

Eckhart, Meister  (1260-1327) Johannes Eckhart, ou Meister Eckhart. Místico alemão que influencia Hegel. Dominicano. Mestre por Paris em 1302, vai para Erfurt e, depois, para a Boémia. Professor em Paris em 1311 e em Estrasburgo, de 1314 a 1322. Pregador em Colónia. Integra no tomismo algumas ideias neoplatónicas, sendo acusado de heresia por panteísmo.  Condenado em 1329 pelo papa de Avinhão, João XXII. Defendendo o ascetismo e a centralidade espiritual, considerando que Deus é idêntico ao Ser, dado tornar-se no mundo criado. Porque Deus e o Mundo se reconciliaram, cada um deles, consigo mesmo, através de Cristo. É considerado precursor tanto do idealismo alemão, como do protestantismo e do existencialismo. Autor de Opus tripartitum.

 

Eckstein, Harry

·Patterns of Government. The Major Political Systems of Europe

Nova York, Random House Publishers, 1958.. Com S. Ulam Beer, Spiro Adam e N. Wahl.

·Pressure Group Politics

Londres, Allen & Unwin, 1960.

·A Theory of Stable Democracy

Princeton, Princeton University Press, 1961.

·Comparative Politics. A Reader

Glencoe, The Free Press of Glencoe, 1963. Com David Apter.

·Internal War

Glencoe, The Free Press of Glencoe, 1963.

·Division and Cohesion in Democracy

Princeton, Princeton University Press, 1966.

·Patterns of Authority. A Structural Basis for Political Inquiry

Nova York, John Wiley & Sons, 1975. Com Ted Robert Gurr.

 

Ecletismo Movimento fiosófico francês, influenciado por Royer Collard e fundado por Victor Cousin. Filosofia oficial das universidades francesas nas décadas de trinta e quarenta do século XIX. Tentando combinar Descartes e Kant, procura reunir o que considerava as quatro grandes correntes fiosóficas: idealismo, sensualismo, cepticismo e misticismo.

 

Eclipse of Reason, 1947 Obra de Max Horkheimer, onde se distingue a razão objectiva da razão subjectiva. A razão objectiva, dominante no mundo antigo, situa a racionalidade na realidade exterior, no mundo objectivo, nas relações existentes entre os seres humanos e as classes sociais, nas instituições sociais, na natureza e nas suas manifestações. Tanto a perspectiva de Platão como o idealismo alemão fundam-se nesta ideia e procuram um sistema compreensivo ou hierárquico de todos os seres, incluindo o homem e os seus fins. A razão objectiva apenas consiste em ajustar os meios aos fins, sejam estes quais forem. Esta forma da razão como mera faculdade intelectual de coordenação passou a predominar com a modernidade, pelo que qualquer julgamento ético deixou de assentar na racionalidade. Desta forma, a razão ficou sem autonomia face à evolução da sociedade e tratou de afastar qualquer preocupação metafísica. Transformou-se em mero aparelho de registo de factos e contribuindo para que o homem perdesse a sua individualidade.

 

Eclipse do Sagrado Acquaviva, Sabino

 

Eco, Humberto (Alessandria 1932)

Opere Principali:

Il problema estetico in Tommaso d'Aquino (1956)

Arte e bellezza nel pensiero medioevale (1959 e 1987)

Opera aperta (1962)

Apocalittici e integrati (1964)

La struttura assente (1968)

Le forme del contenuto (1971)

Il segno (1973)

Trattato di semiotica generale (1974)

Semiotica e filosofia del linguaggio (1984)

I limiti dell'interpretazione (1991)

 

École Libre des Sciences Politiques 1871 A escola tem como inspirador Émile Boutmy, estando na origem das chamadas Science Politiques da Rue de Saint-Guillaume, isto é, tanto da Fondation Nationale des Sciences Politiques como do Institut d’Études Politiques de Paris, entidades surgidas a partir de 1945. Fundada depois da guerra franco-prussiana, quando a nova administração francesa vivia em maré de reconstrução nacional, recebeu os contributos do triunfante positivismo, bem como do nascente psicologismo, e teve de responder aos desafios do intervencionismo do État-Providence gerado por Napoleão III. Aliás, na altura, a expressão ciência política passa a significar o estudo da psicologia dos povos, marcada pelo nacionalismo místico do republicanismo francês que iniciou a procura de coisas como o carácter nacional, a consciência nacional, a alma dos povos ou a personalidade básica das nações. As sciences politiques à francesa, marcadas pelos desafio da derrota face aos alemães transformaram-se numa espécie de irmão-inimigo das ciências cameralísticas do vizinho de além-Reno. Émile Boutmy, por exemplo, insistia na necessidade do estudo das causas que levaram à guerra, procurando fazer uma história contemporânea, ou uma história do presente, contra os modelos de história antiga. Já o sociologismo positivista procurava fazer uma comparação estrutural e tendia a perspectivar as forças e as fraquezas de cada povo.

Centro de Estudos Germânicos (1918)

Este modelo ressurgirá depois da Primeira Grande Guerra de 1914-1918, quando as forças armadas francesas instituem um Centro de Estudos Germânicos em Estrasburgo, para o estudo do inimigo. Curiosamente, é deste Centro - onde ensinará, por exemplo, René Capitant - que surgem das primeiras análises ao fenómeno do totalitarismo nazi. São também alguns dos militares formados na mesma entidade que constituem um dos núcleos iniciais da parte não-comunista da própria Resistência. Hoje, o Centro, integrado na Universidade Robert Schuman, é parceiro do próprio Instituto de Estudos Políticos, instituído em 1945, trabalhando em conjunto com o Instituto Superior de Estudos Europeus, sendo marcante, em todos eles, o culto pela memória gaullista.

Uma nova science royale.

De qualquer maneira, a École Libre passou a entender as sciences politiques como uma nova science royale para uso da III República, gerando-se um centro fundamental de formação das novas elites administrativas francesas, de acordo com uma das divisas do próprio Boutmy, defensor de l’empire de l’esprit et le gouvernement par les meilleurs. O Estado-cérebro social só poderia pensar e actuar através das suas elites. O trabalho mais significativo da primitiva escola é o de Charles Benoist, La Politique [1894], que parte da tríade Estado, Soberania, Governo para, em seguida, analisar O Poder Político, findando com a análise dos Órgãos e Funções do Estado. Outras obras da mesma geração são os de Léon Donnat, La Politique Expérimentale [1885], e de Théofile Funck-Brentano, La Politique. Principes, Critiques, Réformes [1892]. Na mesma linha, destaque para os precedentes Principes de la Science Politique de Esquirou de Parieu, surgidos em 1870, quando a ciência política ainda queria dizer, à maneira do krausismo, filosofia histórica, social e moral, modelo que ainda será seguido por Edmond Chevrier, em Les Éléments de la Science Politique [1871], por Paul Janet, em Histoire de la Science Politique dans ses rapports avec la Morale, na Segunda edição de 1872, e por Émile Acollas, em Philosophie de la Science Politique [1877]. Em todos estes trabalhos, o sociologismo positivista mistura-se com as primeiras reflexões francesas sobre o intervencionismo estadual, invocando-se tanto o socialismo catedrático alemão como a Escola Social de Le Play. A obra de Paul Leroy-Beaulieu (1843-1916), L’État Moderne et ses Fonctions, 1890, constitui uma espécie de magna glosa de toda essa geração. De qualquer maneira, a École Libre apenas procedia ao estudo das diversas ciências políticas, como a economia, as finanças, o direito público e as doutrinas. Em 1886 criavam-se os Annales de l’École Libre des Sciences Politiques e, em 1900, já se organizava um Congrès des Sciences Politiques. No mesmo sentido, refira-se a criação em Florença da Scuola Cesare Alfieri di Scienze Sociali, donde emergirá, a partir de 1883, a Rassegna di Scienze Sociali e Politiche. Voltando a França, importa salientar o aparecimento de novas publicações periódicas, como Année Politique, a partir de 1875, Revue Politique et Parlementaire, em 1894, e Revue de Droit Public et de la Science Politique, 1894. Na literatura francesa, o positivismo sociologista era marcante nas obras de Alfred Espinas (1844-1922), especialmente em Les Societé Animales [1877], onde desenvolvia o princípio da sociedade como organismo, Alfred Fouillée (1838-1912), em Psychologie des Idées-Forces [1893], La Science Social Contemporaine [1880] e Psychologie du Peuple Français [1898]. Do mesmo modo, importa destacar uma galeria de autores onde se inscrevem os francófonos Émile Durkheim, com La Division du Travail Social [1893] e Les Régles de la Méthode Sociologique [1894], Guillaume de Greef, em L’Évolution des Croyances et des Doctrines Politiques [1895], Lucien Lévy-Bruhl, em La Morale et la Science des Moeurs [1903] e Les Fonctions dans les Societés Inférieures [1909], bem como René Worms (1869-1926), em Organisme et Societé [1896] e Philosophie des Sciences Sociales [1904].

 

Ecologia. A ecologia (de oikos, casa), termo inventado em 1866 pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel, é a ciência que tem como objecto o estudo das relações que se estabelecem entre o ambiente, o habitat, e os organismos vivos que nele habitam. No domínio sociológico a ecologia analisa a influência da localização espacial nas relações enntre os homens. Já o ecologismo é uma nova ideologia nascida nos anos setenta e estruturada em 1978 em torno do livro-manifesto de René Dumont e Serge Moscovici, Pourquoi les Écologistes font-ils de la Politique?, de 1978. Assentam nos vários relatórios do Clube de Roma, desde 1972. O termo é consagrado em 1979 com o trabalho de Dominique Simonnet, L’Écologisme

 

Ecologia A ecologia (de oikos, casa), termo inventado em 1866 pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel, é a ciência que tem como objecto o estudo das relações que se estabelecem entre o ambiente, o habitat, e os organismos vivos que nele habitam. No domínio sociológico a ecologia analisa a influência da localização espacial nas relações enntre os homens. Já o ecologismo é uma nova ideologia nascida nos anos setenta e estruturada em 1978 em torno do livro-manifesto de René Dumont e Serge Moscovici, Pourquoi les Écologistes font-ils de la Politique?, de 1978. Assentam nos vários relatórios do Clube de Roma, desde 1972. O termo é consagrado em 1979 com o trabalho de Dominique Simonnet, L’Écologisme. Em 1979, Roger Garaudy edita Appel aux Vivants, base da respectiva candidatura a presidente, apresentada em 1981. Em 1970 nasce no Canadá o movimento Green Peace. Assentam nas teses de Ivan Illich (n. 1926).

 

Ecologismo Ferry, Luc

 

Ecologismo e ambientalismo. Das escolas científicas às ideologias verdes. Alguns teóricos E. F. Schumacher (1911-1977) e o small is beautiful. Petra Kelly (1947-1992). Murray Bookchin e The Ecology of Freedom (1982). Tornar o Estado melhor, mais pequeno e mais perto da casa (Eggers e O'Leary, 1995). Reflexos em Portugal.

 

Em termos políticos, destaca-se a criação na Alemanha, nos finais da década de setenta da Aliança Política Alternativa, os chamados verdes. Em 1985, no Reino Unido, o anterior partido ecologista também mudou o nome e passou a designar-se por Green Party. Ambos defendem um radicalismo democrático descentralizador e novos modelos de desenvolvimento sustentável. Dentro dos movimentos verdes, há várias tendências, desde os eco-socialistas aos que sustentam a necessidade de uma revolução cultural ou espiritual.

 

ecologismo (veja-se o trabalho de LUC FÉRRY, Le Nouvel Ordre Écologique, Paris, Grasset, 1992, que obteve o prémio Médicis de ensaio, onde demonstra que o nazismo hitleriano foi o antecedente do ecologismo - por isso é que um Junger agora é verde; há uma ecologia radical que considera que para salvar a natureza é preciso matar o seu tirrano, o homem, acusado de alguma coisa do que racismo, o especismo, relativamente a outras espécies do planeta

 

Economia Patriarcal Freyre, Gilberto

Economia Política Almeida, Aníbal

Economia Pura Allais, Maurice (1952)

 

 

Economia social de mercado Modelo consagrado pela democracia-cristã alemã do pós-guerra, protagonizado poe Ludwig Erhard. Deste modo, se conciliou a doutrina social-cristã com o liberalismo, principalmente pelo estabelecimento de leis de defesa da concorrência inspiradas no modelo norte-americano do New Deal, implantado a partir da descartelização instalado durante a administração dos ocupantes. As teses são consideradas pelos seus opositores como  a oficina de recuperação do capitalismo. Mas conseguiu estabelecer-se um modelo contrário a qualquer tipo de dirigismo. Como refere o pai do chamado milagre económico alemão, falar de um pouco de regulamentação é como se uma mulher dissesse que estava um pouco grávida.

 

Economias e Moralidade  (1868) Lema do Governo de António José de Ávila, surgido em 4 de Janeiro de 1868, na sequência da Janeirinha.

 

Economic (An) Theory of Democracy, 1957 Obra de Anthony Downs onde se procura o conceito de eleitor racional e calculador. Os candidatos a uma eleição fazem uma espécie de oferta de bens, quando estabelecem programas e formulam promessas. O eleitor procura maximizar a sua utilidade, tentando obter com o seu voto uma incidência óptima sobre as suas condições concretas de existência. O que supõe uma identificação dos respectivos interesses e a colocação dos mesmos dentro de uma escala de preferências, bem como a fiabilidade das promessas dos candidatos.

 

Economicismo do liberalismo FERRY e RENAUT

 

Economy and Society in Ancient Greece [1981] Finley, Moses I.

 

Ecumenismo Do gr. oikoumene, a terra habitada, o mundo inteiro. Diz-se da tendência para a união de todas as igrejas cristãs.

Ecumenismo Arendt, Hannah