Deixem governarmo-nos!
Não, não ouvi em directo, das cariocas paragens, a Senhora de Felgueiras. Também não me foi dado conhecer o despiste de Vara contra Sampaio, por falta de adequada segurança rodoviária. Mas qualquer observador dos títulos de noticiários, pode concluir que o Partido Socialista marca hoje a agenda política, embora pelos piores motivos, para gáudio do Dr. Barroso e do Dr. Portas que, assim, podem declarar o "deixem-nos governar". Eles até estão a procurar elevar o socialista António Vitorino a secretário-geral da NATO e o engenheiro António Guterres a presidente da Comissão Europeia ("deixem governar-vos")! Resta saber se, com tanta razão de Estado, não andam todos a dizer: "deixem governarmo-nos".Quanto mais Fátima, menos Constituição europeia. Quanto mais Vitorino, menos Rumsfeld. Quanto mais Monsanto, menos pedofilia. Quanto mais pedofilia, menos Monsanto.

 


 

Que a palavra emitida volte a adequar-se à vida
Portugal não pode estar dependente da idiossincrasia ambiciosa de certos ministros, ex-ministros e outros líderes políticos, no activo, na reforma, na jubilação ou no estado de cadáveres adiados que procriam vindictas. Especialmente dos que conseguem fingir que é verdade, a mentira que tão completamente vão ensaiando. Portugal não pode depender de certas formas secundárias de personalização do poder, onde as cabeças visíveis da emanação mediática recobrem as moluscas fundações onde os coisas assentam. Portugal precisa que a palavra emitida volte a adequar-se à vida vivida. Não podemos continuar a viver entre o palco que todos vemos, encenado pelos bastidores a que só alguns acedem, e que muitos vão agora cerrando com as portas blindadas do falso segredo de Estado.
 

posted by J. A. | 1:00 PM