Quarta-feira, Maio 28, 2003

 

À PROCURA DE QUEM SOMOS

Houve sempre alguém, que deu corpo ao mais além, além da morte e além do rei. Sempre esse refazer de sementes, pela pátria e pela grei, sendas que não sabemos, pelos mares do tempo, além. Porque mesmo sem rei nem lei nossas mãos hão-de vencer as algemas que não queremos.


Esta procura de quem somos
desde o milagre de Ourique,
este grito independente
do Portugal afonsino:
nós somos livres,
o nosso rei é livre,
nossas mãos nos libertaram.

Depois, o mistério desse império
que nunca foi deste mundo.
Sempre esta carga de séculos
que nos prende e nos liberta,
este versos que vou escrevendo
e, por vezes, não entendo.


 

posted by J. A. | 11:26 AM