
Deputado republicano durante a monarquia em
1899, 1906-1907, 1908 e 1910. Um dos três deputados da peste, eleito em 1899.
Ministro da justiça do
governo provisório de 5 de Outubro de 1910 a 4 de
Setembro de 1911.
Anuncia novo programa político do partido republicano em 29 de
Agosto de 1911, considerado como o partido único da República.
Presidente do ministério de 9 de Janeiro de 1913 a 9 de Fevereiro de 1914
(acumula as finanças). O primeiro governo partidário da República, integrado por
democráticos e pelos independentes agrupados, então liderados por
António Maria da Silva. Afonso Costa chega a convidar Marnoco e Sousa.
Chama-lhe, então, o João Franco da República. Tem como deputados, o
irmão Artur Costa e o cunhado José de Abreu. Alia-se no governo à família
Rodrigues, com Rodrigo a ministro e Daniel como governador civil de Lisboa, a
dupla que fomenta a formiga branca. Como líder dos democráticos, vence
as eleições parlamentares parcelares de 16 de Novembro de 1913.
Comanda nos bastidores a revolta militar contra Pimenta de Castro. Vence as
eleições parlamentares de 13 de Junho de 1915, com 69%. Mas não assume a chefia
do governo porque em 3 de Julho sofre um acidente de viação, fracturando a
cabeça. Entretanto, toma posse de um lugar de professor do Instituto Superior do
Comércio no dia 1 de Novembro de 1915. De 2 a 14 de Novembro desse ano vai à
Suíça.
Volta à
presidência do ministério de 29 de Novembro de 1915 a 15 de Março
de 1916, acumulando as finanças, num governo monopartidário, mas considerando-se
um governo nacional, declarando pretender abster-se de praticar a chamada
política partidária.

Ministro das finanças no ministério da União Sagrada, presidido por António José
de Almeida, de 15 de Março de 1916 a 25 de Abril de 1917.
Volta à
presidência do
ministério de 25 de Abril a 10 de Dezembro de 1917, acumulando as finanças.
Governo exclusivamente constituído por democráticos, mas com o apoio parlamentar
dos evolucionistas.

Sofre contestação de vários deputados democráticos em Maio de 1917, quando é
acusado de falso radical, mas vence o congresso de 3 de Julho seguinte,
tendo com rival Norton de Matos. Perante estas contestações e face à revolta dos
abastecimentos, chega mesmo a invocar o marxismo em 14 de Julho, quando declara
que devem ser todos pela luta de classes, no sentido marxista da palavra...
De 8 a 25 de Outubro, visita as tropas na Flandres, acompanhado por Bernardino
Machado.
Preso no
Porto, no dia 8 de Dezembro de 1917, por ocasião do golpe de Sidónio Pais.
Em 12
de Março de 1919 passa a chefiar a delegação portuguesa à Conferência de paz de Versalhes, substituindo Egas Moniz. Representante português na primeira
assembleia da Sociedade das Nações. Recusa formar governo em 1922. Apoia a
eleição de Manuel Teixeira Gomes em 1923. Recusa formar governo no final desse
ano, por falta de apoio dos nacionalistas. Apoia o governo de Álvaro de Castro,
de Dezembro de 1923 a Julho de 1924. Recusa formar governo em Julho de 1924.
Marques, A. H. Oliveira, Afonso Costa, Lisboa, Livraria Arcádia, 1972. Afonso Costa. Discursos Parlamentares. 1914 - 1926, Amadora, Livraria Bertrand, 1977. Um Diário Íntimo de Afonso Costa, in Históriam nº 24, Outubro de 1980, pp. 28-40.
Projecto
CRiPE- Centro de Estudos em Relações Internacionais, Ciência Política e Estratégia.
© José Adelino
Maltez. Cópias autorizadas, desde que indicada a origem. Última revisão em:
20-04-2007
Portal
do Ministério das Finanças