1842-1851 |
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Forma do poder |
·Carta Constitucional restaurada em 10 de Fevereiro de 1842 ·Decreto eleitoral de 5 de Março de 1842, referendado por António Bernardo da Costa Cabral, não dá poderes constituintes aos deputados que viessem a ser eleitos, não permitindo, deste modo, a revisão do texto constitucional, nomeadamente a introdução da electividade dos pares ·Código Administrativo de 18 de Março de 1842 ·Convenção do Gramido de 24 de Julho de 1847 |
Imagem |
·O preconceito da ordem. Da ordem policial e da ordem financeira ·Discursos de Costa Cabral no parlamento e livros de defesa do líder, nomeadamente do padre Lacerda |
Sede formal do poder |
·O governo passa a ser a efectiva sede do poder, principalmnete através do ministro do reino, refinando-se o processo de centralização e administrativa do Estado ·Costa Cabral executa o programa de modernização centralista do Estado Moderno e do Portugal Contemporâneo ·Importantes reformas no Domínio da administração judiciária e da estrutura fiscal |
Maçonaria |
Segundo Lichnowski, a maçonaria deu a António Bernardo da Costa Cabral um poder independente da Coroa (apud Lacerda, p. 405), salientando que a tendência das lojas portuguesas é exclusivamente política, e até aqui tem sido predominantemente revolucionária (idem, p. 404). Por sua vez, Lacerda, clérigo, filho de maçon, e aliado de maçons, observa que em Portugal quase não há homem, dos que se importam com os negócios públicos, que não esteja filiado a alguma maçonaria e que não há maçonaria, que, por muito que alardeia a sua abnegação política, na política não intervenha mais ou menos directamente (p. 404). Observa também que existem maçonarias diferentes e até contrárias, que elas são associações poderosas, que podem, Quando inimigas do governo – ser-lhe de perigo, e quando amigas, mas obrando independentemente – ser-lhe de empeço (p. 404). ·A subida ao poder de António Bernardo da Costa Cabral foi precedida pela eleição deste para grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, depois de uma disputa com Rodrigo da Fonseca, na sequência da morte de Manuel Gonçalves de Miranda. ·Dissidência do grupo de Silva Carvalho e Rodrigo da Fonseca que tratam de constituir um grupo de lojas do rito escocês, o Supremo Conselho do Grau 33 ·Em Agosto de 1846, o Grande Oriente Lusitano deixa de ser comandado por António Bernardo da Costa Cabral, assumindo as funções de grão-mestre de facto o Visconde da Oliveira. Cisão no Grande Oriente Lusitano em 1849. O grupo adepto de Costa Cabral passa a ser liderado por João Rebelo da Costa Cabral. Outro grupo passa a ser liderado jor José Bernardo da Silva Cabral. O terceiro grupo constitui o Grande Oriente de Portugal, com o Visconde da Oliveira, o conde da Cunha e Moura Coutinho, o novo grão-mestre. ·Crise na liderança da Maçonaria do Sul que tem como grão mestre Francisco António de Campos até Junho de 1849. Em 26 de Dezembro de 1849 esta maçonaria passa a Confederação Maçónica Portuguesa, sob o regime do grão-mestre João Gulaberto de Pina Cabral. |
Paço |
·Dietz e D. Fernando |
Grupos sociais |
·Nos primeiros tempos da restauração da Carta, surge uma s+erie de antigos cartistas que estão contra os restauradores. Desde Logo Rodrigo da Fonseca, em rivalidade com António Bernardo. Depois, Luís Mouzinho de Albuquerque, o símbolo dos cartistas puros, adepto de uma moderação capaz de chamar os setembristas moderados, o que tentou pelo decerto eleitoral de Fevereiro de 1842 que permitiria a revisão da Carta. Tem o apoio de Lavradio. ·Os grandes do reino, a alta aristocracia e os principais pares, como o duque de Palmela, assumem uma perspectiva contrária a Cabral, por despeito, inveja e, sobretudo, porque este revelava-se mais aliado de uma grande burguesia que se procurava nobilitar. ·Os principais intelectuais do cartismo e dos ordeiros revelam-se ferozmente anti-cabralistas, como Alexandre Herculano, Almeida Garrett e António de Oliveira Marreca. Costa Cabral tem más relações com a intelligentzia. ·Os restos da patuleia assumem-se desde a primeira hora contra Costa Cabral. Estarão na base da revolta de Torres Novas de 1844 e desse grupo sairão dos primeiros republicanos de 1848. ·Os principais apoios de Costa Cabral vêm dos capitalistas e dos industriais como o conde de Ferreira e o futuro conde do Tojal, aliás ministro da fazenda do cabralismo. Tem também apoio dos magistrados |
Governo |
·Depois do governo do Entrudo (7 e 8 de Fevereiro de 1842), o governo de Terceira demora a transformar-se em cartista a cem por cento, dado que tentou-se, primeiro, um equílibrio entre homens de Costa Cabral e cartistas que não lhe eram afectos. A conquista cabralista do governo dá-se apenas a 25 de Fevereiro de 1842. A partir desta data e até 1846 é a ditadura do ministro do reino, com o apoio de Terceira (1564 dias). ·Depois da sublevação do Minho, surge o interregno do governo de Palmela, de Maio a Outubro de 1846, com Mouzinho de Albuquerque. ·Depois da emboscada, de Outubro de 1846 a Junho de 1849, o governo do cabralismo sem cabrais, que vence a guerra civil e ganha as eleições de 1847. Depois da Convenção do Gramido, ainda houve a ilusão de criação de um terceiro partido, com o eventual apoio de Rodrigo da Fonseca e Silva Carvalho, distante tanto do cabralismo como da oposição. ·Finalmente o governo presidido pelo próprio Conde de Tomar entre Junho de 1849 e Abril de 1851, quando este já não tem o apoio de José Bernardo da Silva Cabral. A partir de 1850, dá-se um conflito do presidente do conselho com Saldanha. |
Facções |
·A primeira oposição vem dos cartistas puros que queriam a restauração da Carta, mas em a violência golpista e sem a liderança de António Bernardo da Costa Cabral. Entre os apoiantes deste grupo. Lavradio, Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque e José Jorge Loureiro. |