Respublica     Repertório Português de Ciência Política         Edição electrónica 2004


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Políticos Portugueses da I República (1910-1926)
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Sá, Alexandre José Botelho de Vasconcelos e. Secretário de Estado das colónias de Sidónio Pais, de 15 de Maio a 23 de Dezembro de 1918. Ministro da agricultura no governo nacionalista de Ginestal Machado, de 15 de Novembro a 17 de Dezembro de 1923.

 

 

Sampaio Bruno (1857-1915). Frequentou a Academia Politécnica do Porto. Republicano. Implicado no 31 de Janeiro de 1891. Segundo Guerra Junqueiro, a extrema virilidade do raciocínio atrofiou-lhe a energia da vontade. O pensamento anulou-lhe a acção (Correspondência Literária e Política  com João Chagas, I, p. 57). Bibliotecário no Porto. Depois de 1910, opõe-se ao modelo político e cultural de Afonso Costa. Faleceu no Porto em 11 de Novembro de 1915. Autor de Notas do Exílio. 1891-1893, Porto, Tipografia de A. J. da Silva Teixeira, 1893; O Brasil Mental. Esboço Crítico, Porto, Imprensa Moderna, 1898; A Ideia de Deus, 1902; Os Modernos Publicistas Portugueses, Porto, Chardron, 1906; A Questão Religiosa, 1907; A Ditadura. Subsídios Morais para o seu Juízo Crítico, 1909. Faleceu no Porto em 11 de Novembro de 1915. Ver Joel Serrão, Sampaio Bruno. O Homem e o Pensamento, Lisboa, Inquérito, 1958.

 

·Análise da Crença Cristã

1874.

·Geração Nova. Ensaios Criticos

1886.

· Notas do Exílio. 1891-1893

Porto, Tipografia de A. J. da Silva Teixeira, 1893.

·O Brasil Mental. Esboço Crítico

Porto, Imprensa Moderna, 1898.

·A Ideia de Deus

1902.

·O Encoberto

1904.

·Os Modernos Publicistas Portugueses

Porto, Chardron, 1906.

·Portugal e a Guerra das Nações

1906.

·A Questão Religiosa

1907.

·A Ditadura. Subsídios Morais para o seu Juízo Crítico

1909.

 

}Sampaio, José Pereira, Sampaio (Bruno), Sua Vida e Sua Obra, Seara Nova, 1959. }Serrão, Joel, Sampaio Bruno. O Homem e o Pensamento, Lisboa, 1959.

 

 

Santos, António Maria de Azevedo Machado (1875-1921) Chefe dos revolucionários do 5 de Outubro de 1910. Tinha a República metida no corpo e na alma, segundo Cunha Leal. Funda O Intransigente Participa num projecto de Aliança Nacional em 1911, com Sampaio Bruno e Basílio Teles. Tenta organizar um partido reformista. Era o centro de episódicas concentrações de individualidades Promove revolta de 27 de Abril de 1913. Opõe-se a Bernardino Machado e a Afonso Costa, em 1914. Preso em Maio de 1915, depois da queda de Pimenta de Castro. Desterrado para Ponta Delgad a. Organiza nova revolta em Dezembro de 1916. Apoiante do sidonismo. Ministro do interior de 12 de Dezembro de 1917 a 7 de Março de 1918. A partir dessa data e até 9 de Junho de 1918 assegura a pasta das subsistências e dos transportes. Assassinado na noite sangrenta de 19 de Outubro de 1921.

 

 

Santos, Augusto Joaquim Alves dos (1866-1924). Doutor em teologia em 1900, é professor na faculdade de teologia e na de letras, desde 1901 a 1911. Aderindo à república, é presidente da câmara municipal de Coimbra e deputado. Ministro do trabalho no governo de Cunha Leal, de 16 de Dezembro de 1921 a 6 de Fevereiro de 1922.

 

 

Santos, José Cortês dos (1885-1963). Oficial do exército. Ministro da guerra de 19 de Outubro a 5 de Novembro de 1921 no governo outubrista de Manuel Maria Coelho. Deputado de 1922 a 1925. Iniciado na maçonaria em 1926. Aderindo ao Estado Novo, é director da Arma de Artilharia em 1946.

 

 

Santos, José Domingues dos (1885-1958) Licenciado em Direito. Ex-seminarista. Professor no Instituto Superior do Comércio do Porto. Maçon desde 1922. Chefe da ala canhota do partido democrático, funda a Esquerda Democrática. Exilado em França depois de 1926, é membro do Grupo de Buda e da Liga de Paris. Apoia a Frente Popular. Como governante, participa em cinco gabinetes da I República: ministro do trabalho do governo Sá Cardoso, de 29 de Junho de 1919 a 21 de Janeiro de 1920; ministro do comércio do governo de António Maria da Silva (de 26 de Junho a 19 de Julho de 1920); ministro do trabalho do governo de Liberato Pinto (de 30 de Novembro de 1920 a 2 de Março de1921 e de 2 de Março a 19 de Julho de 1921); ministro da justiça no governo de Álvaro de Castro, de 18 de Dezembro de 1923 a 6 de Julho de 1924; presidente do ministério de 22 de Novembro de 1924 a 15 de Fevereiro de 1915.

 

 

Saraiva, Alberto da Cunha Rocha  (1886 - 1946) Professor de direito. Ministro durante a I República: da instrução pública no governo de Cunha Leal, de 16 de Dezembro de 1921 a 6 de Fevereiro de 1922; do trabalho no de António Maria da Silva, de 9 de Janeiro a 15 de Novembro de 1923. Começa como professor em Coimbra, transferindo-se para Lisboa, no ano lectivo de 1915-1916. Começando a respectiva militância política com a participação na greve académica de 1907, adere em 1926 à União Liberal Republicana. É autor de:  A Construção Jurídica do Estado, Coimbra, 1912. As Teorias sobre a Representação Política e a Nossa Constituição, 1916; «As Doutrinas Políticas Germânica e Latina e a Teoria da Personalidade Jurídica do Estado», in Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, vol. II, Lisboa, FDUL, 1917. Lições de Direito Político, coligidas de harmonia com as prelecções do Exº Sr. Dr. Rocha Saraiva ao curso do 1º ano jurídico de 1914-1915, por Augusto Oliveira e A. Duarte Silva, Coimbra, 1914. Cadeira de Direito Político, sumários das Matérias Professadas no Ano Lectivo de 1915-1916, da autoria dos Professores Ludgero Neves e Rocha Saraiva (em Lisboa). Direito Público, de Rocha Saraiva, coligido por Rómulo Rosa Mendes, Lisboa, 1925; Apontamentos de Direito Constitucional,

por Arlindo de Castro, Lisboa, 1931.

 

 

Sardinha, António  (1888-1925) Ensaísta português fundador do Integralismo Lusitano. Insigne vulgarizador do tradicionalismo. Marcado pela origem republicana e formado no positivismo de Comte. Quer colocar-se naquilo que designa como o campo da ciência objectiva, assumindo-se contra o romantismo revolucionário.

·Valor da Raça. Introdução a uma Campanha Nacional

Lisboa, Almeida, Miranda e Sousa Editores, 1915.

·Ao Princípio era o Verbo. Ensaios e Estudos

Lisboa, Livraria Portugália, 1924; cfr. 2ª ed., Lisboa, Restauração, 1959.

·A Teoria das Cortes Gerais

Lisboa, 1925; cfr. 2ª ed., Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1978.

 

}Ascensão, Leão Ramos, O Integralismo Lusitano, Lisboa, Edições Gama, 1943. 4Braga, Luís Almeida, A Posição de António Sardinha, Lisboa, Edições Gama, 1943. 4Número especial da revista  A Cidade. Revista Cultural de Portalegre, Julho-Dezembro de 1988.

 

 

Sérgio de Sousa, António (1883-1969). Oficial da marinha até 1910. Demite-se com a implantação da república. Colabora em A Águia. Companheiro de Raul Proença. Polemiza contra o saudosismo. Funda com Francisco Reis Santos e Pedro José da Cunha a Liga de Acção Nacional durante o sidonismo e edita a revista Pola Grei, onde defende um governo nacional. Exila-se no Brasil até 1923. Aí edita o primeiro volume dos Ensaios. Director da Seara Nova. Ministro da Instrução Pública no governo de Álvaro de Castro, de 18 de Dezembro de 1923 a 23 de Fevereiro de 1924. Director de Pela Grei, em 1918-1919, e um dos principais ideólogos da Seara Nova. Várias vezes exilado depois de 1926, foi um dos principais líderes intelectuais da oposição ao salazarismo.

 

 

Severino, Bartolomeu de Sousa (n.1878) Jornalista no Porto. Maçon desde 1913. Militante democrático. Deputado desde 1919. Ministro do trabalho de 8 de Março a 26 de Junho de 1920, no governo de António Maria Baptista/ Ramos Preto. Redactor de O Primeiro de Janeiro, destaca-se como opositor à Ditadura Nacional.

 

 

Silva, Alfredo da (1871-1942). Empresário. Apoiante do franquismo. Criador do grupo CUF. Fundou a União dos Interesses Económicos. Foi procurador à Camara Corporativa do salazarismo.

 

 

Silva, António Maria da  (1872-1950) Engenheiro de minas. Militante da Carbonária e do PRP. Maçon desde 1902, apece implicado na tentativa golpista de 28 de Janeiro de 1908, sendo também um dos principais elementos da actuação subversiva do 5 de Outubro de 1910. Figura-chave da I República. Por quatro vezes ministro e outras tantas vezes presidente do ministério. Começando em 1911 como deputado pelos independentes, logo adere ao partido democrático, assumindo a liderança do partido nos anos vinte, depois do abandono de Afonso Costa. Em 14 de Maio de 1915, integra a Junta Revolucionária que derruba Pimenta de Castro, logo aparecendo como Grão-Mestre Adjunto da Maçonaria. Em 1917 já integra o directório do partido democrático, chegando a estar detido com o processo de implantação do dezembrismo. Depois de 1919, assume-se como líder da ala direita dos democráticos, os chamados bonzos, à qual se opunham os canhotos, liderados por José Domingues dos Santos, e da qual se distanciavam os centristas de Vitorino Guimarães. Nomeado Administrador dos Correios depois de 5 de Outubro de 1910. Segundo Cunha Leal, As Minhas Memórias, II, p. 194, era um diletante de confusionismo, caracterizando-se a sua oratória pela dispersão, como se entendesse que a palavra tinha sido dada ao homem para ocultar o seu pensamento. Mas nunca discursava sem ter à frente uma série de cartapácios que nunca consultava. Em 1926, a diplomacia britânica considera-a como potencial líder autoritário de Portugal, face aos modelos de reprssão utilizados contra os sindicalistas e os anarquistas. Tem, nos anos vinte, papel idêntico ao de José Luciano no crepúsculo da monarquia. Também ele é um honesto manipulador de desonestos. Como conta Adelino da Palma Carlos, quando lhe perguntava porque nomeava tantos monárquicos, ele dizia: os republicanos já cá os tenho, preciso é de apanhar os outros. Chefia o último governo da I República, aliado a Bernardino Machado, o presidente eleito depois da renúncia de Manuel Teixeira Gomes. Proclama, então, não sou da esquerda nem da direita, sou do partido republicano. Autor de O Meu Depoimento, redigido em 1943 e publicado em 1974 e 1981: I Da Monarquia a 5 de Outubro de 1910, Lisboa, 1974; II Da Proclamação da República à Primeira Guerra Mundial (1914-1918), Lisboa, 1981.

Ministro do fomento do governo de Afonso Costa, de 9 de Janeiro de 1913 a 9 de Fevereiro de 1914. Ministro do fomento no governo de Afonso Costa de 29 de Novembro de 1915 a 15 de Março de 1916. Ministro do trabalho e da previdência social no ministério da União Sagrada, presidido por António José de Almeida, de 17 de Março de 1916 a 25 de Abril de 1917. Ministro das finanças no governo de Sá Cardoso, de 3 a 21 de Janeiro de 1920. Presidente do ministério de 26 de Junho a 19 de Julho de 1920, acumulando as finanças. Presidente e ministro do interior, de 6 de Fevereiro de 1922 a 15 de Novembro de 1923, acumulando o interior. Presidente e ministro da guerra, de 1 de Julho a 1 de Agosto de 1925. Presidente e ministro do interior entre 17 de Dezembro de 1925 a 30 de Maio de 1926. Autor de O Meu Depoimento, redigido em 1943 e publicado em 1974.

 

 

Silva, Augusto Dias da (1887-1928) Desportista, guitarrista e industrial, o chamado camarada Augusto. Membro do partido Socialista desde 1905, é o financiador do jornal O Socialista, em 1912-1913. Ministro do trabalho no governo de José Relvas, de 26 de Janeiro a 30 de Março de 1919. Ministro do trabalho do governo de Domingos Pereira, de 30 de Março a 30 de Junho de 1919.

 

 

Silva, Eduardo Ferreira dos Santos (1879-1961) Médico no Porto. Director da Escola Normal em 1911, ano em que também se inicia na maçonaria. Presidente da câmara municipal do Porto de 1915 a 1918. Médico do CEP. Ministro da instrução nos governos de António Maria da Silva, de 1 de Julho a 1 de Agosto de 1925 e de 17 de Dezembro de 1925 a 28 de Maio de 1926.

 

 

Silva, Fernando Augusto Pereira (1871-1943) Oficial da marinha. Maçon desde 1926. Por seis vezes ministro da marinha durante a I República. Apesar de independente, opõe-se à revolta de 21 de Abril de 1925, face à cedência do ministro da guerra Vieira da Rocha, durante o governo de Vitorino Guimarães. Ministro da marinha nos seguintes governos republicanos: de Álvaro de Castro, de 18 de Dezembro de 1923 a 6 de Julho de 1924; de Rodrigues Gaspar, de 6 de Julho a 22 de Novembro de 1924; de Vitorino Guimarães, de 15 de Fevereiro a 1 de Julho de 1925; de António Maria da Silva, de 1 de Julho a 1 de Agosto de 1925; de Domingos Pereira, de 1 de Agosto a 17 de Dezembro de 1925; e de António Maria da Silva, entre 17 de Dezembro de 1925 a 28 de Maio de 1926. Com a Ditadura Nacional, foi subchefe do estado maior da armada, de 1926 a 1933. Ver Maurício de Oliveira, Pereira da Silva. Oficial. Ministro. Doutrinador, Lisboa, Editora Marítimo-Colonial, 1968.

 

 

Silva, Fernando Emygdio da (1886-1972) Professor da Faculdade de Direito de Lisboa. Licenciado por Coimbra em 1907, doutor em 1911, logo se transfere para a nova escola jurídica de Lisboa, onde funda o grupo de Ciências Económicas. Destaca-se como regente da cadeira de Finanças. Colunista no Diário de Notícias desde 1902. Administrador do Banco de Portugal a partir de 1919, assumindo o cargo de Vice-Governador da instituição em 1931. Procurador à Câmara Corporativa desde 1935, é o relator do II Plano de Fomento, em 1954. Director da Faculdade de Direito de Lisboa em 1950-1953. Ligado à fundação do Jardim Zoológico de Lisboa. Autor de: O Operariado Português, 1905; O Regime Tributário das Colónias Portuguesas, 1906; As Greves, 1913; O Problema Financeiro Português, 1920.

 

 

Silva, Henrique Monteiro Correia da Silva - Paço d’Arcos (1878-1935) Ministro das colónias no governo de Vitorino Guimarães, de 16 de Fevereiro a 1 de Julho de 1925. Do próprio, Memórias de Guerra no Mar, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1931. Pai do escritor Joaquim de Paço d’Arcos.

 

 

Silva, José Augusto Ferreira da  Ministro do interior de 19 de Junho a 11 de Novembro de 1915, no governo de José de Castro. Deputado em 1915-1917. É um dos fundadores do grupo dos Homens Livres.

 

 

Silva, Plínio Octávio Santana e (1890-1948) Engenheiro militar. Deputado. Ministro do comércio no governo de José Domingos dos Santos, de 22 de Novembro de 1924 a 15 de Fevereiro de 1925.

 

 

Silva, Rodolfo Xavier da (1877-1955) Médico. Director do Instituto de Criminologia. Governador civil de Lisboa em 1917. Deputado em 1919. Democrático e reconstituinte. Ministro dos estrangeiros de Domingos Pereira de 30 de Março a 29 de Junho de 1919, na qualidade de independente. Ministro dos estrangeiros de António Maria Baptista de 20 a 26 de Junho de 1920. Ministro do trabalho no governo de Rodrigues Gaspar, de 6 de Julho a 22 de Novembro de 1924. Ministro da instrução no governo de Vitorino Guimarães, de 15 de Fevereiro a 1 de Julho de 1925, na qualidade de membro da Acção Republicana.

 

 

Silveira, Alberto Carlos da (1859-1927) Oficial do exército. Maçon desde 1887. Unionista e amigo pessoal de Brito Camacho. Deputado e senador. Ministro da guerra de João Chagas, de 8 de Outubro a 3 de Novembro de 1911, em substituição de Pimenta de Castro. Ministro da guerra do governo de Augusto de Vasconcelos, de 12 de Novembro de 1911 a 16 de Junho de 1912. Ministro da guerra de 23 de Maio a 30 de Agosto de 1921, no governo de Tomé de Barros Queirós.

 

 

Simas, Frederico António Ferreira de (1872-1945) Oficial do exército. Deputado e senador. Professor na Escola do Exército. Director do Instituto de Odivelas de 1919 a 1941. Maçon desde 1910 é militante democrático. Ministro da instrução pública de Vítor Hugo Azevedo Coutinho, de 12 de Dezembro de 1914 a 24 de Janeiro de 1915. Ministro da instrução pública no governo de Afonso Costa de 29 de Novembro de 1915 a 15 de Março de 1916. Ministro do comércio justiça no governo de Vitorino Guimarães, de 15 de Fevereiro a 1 de Julho de 1925

 

 

Simas, Manuel Soares de Melo e (1870-1934). Oficial do exército. Milita na Federação nacional Republicana de Machado Santos e adere, depois, ao Partido Nacionalista. Ministro da instrução pública no governo nacionalista de Ginestal Machado, de 15 de Novembro a 17 de Dezembro de 1923.

 

 

Simões, Alberto da Veiga (1888-1954) Diplomata de carreira desde 1911 e ensaísta. Ministro dos negócios estrangeiros dos governos outubristas de Manuel Maria Coelho e Maia Pinto de 19 de Outubro a 16 de Dezembro de 1921. Preside ao Partido Republicano Radical, constituído em 1922. Ministro em Viena (1921). Berlim (1922-1924), Buenos Aires (1925-1926) e Berlim (1933-1940). Radica-se em Paris a partir de 1946 e é demitido da função pública em 1948.

 

 

Simões, Nuno (1894-1975) Advogado e jornalista. Começa a actividade política como governador civil de Viana do Castelo, em 1915-1917. Depois de eleito deputado, em 1919, transforma-se em conselheiro técnico empresarial. Dirige A Pátria, de 1920 a 1924. Ministro do comércio no governo de Cunha Leal, de 22 de Dezembro de 1921 a 6 de Fevereiro de 1922. Foi encarregado de organizar as eleições pelo presidente do ministério. Ministro do comércio no governo de Álvaro de Castro, de 23 de Fevereiro a 6 de Julho de 1924. Mantém a mesma pasta no governo de Domingos Pereira, de 1 de Agosto a 17 de Dezembro de 1925. 

 

 

Soares, António Maria de Freitas (n. 1877) Antigo chefe de gabinete de Tamagnini Barbosa. Ministro da guerra do governo de José Relvas, de 27 de Janeiro a 30 de Março de 1919, na qualidade de independente. Ministro da guerra de 30 de Agosto a 19 de Outubro de 1921, no governo de António Granjo.

 

 

Soares, Augusto Vieira (1873-1954) Formado em direito. Professor do Instituto dos Pupilos do Exército. Preso como republicano em 1908. Governador civil de Coimbra (1912-1913), Braga (1913-1914) e Santarém (1915). Deputado desde 1915. Ministro dos negócios estrangeiros nos governos de Vítor Hugo Azevedo Coutinho, de 12 de Dezembro de 1914 a 24 de Janeiro de 1915; de José de Castro, de 17 de Maio a 29 de Novembro de 1915; de Afonso Costa de 29 de Novembro de 1915 a 15 de Março de 1916; ministério da União Sagrada, presidido por António José de Almeida, de 16 de Março de 1916 a 25 de Abril de 1917; de Afonso Costa, de 25 de Abril a 8 de Dezembro de 1917.

 

 

Soares, João Lopes (1878-1970)  Bacharel em teologia, chegou a sacerdote. Capelão militar de 1902 a 1907. Maçon desde 1911. Ministro das colónias do governo de Domingos Pereira, de 30 de Março a 30 de Junho de 1919, altura em que reorganiza a Escola Superior Colonial que havia sido fundada em 1906. Pai de Mário Soares. Participa em várias revoltas contra o Estado Novo. Fundador do Colégio Moderno.

 

 

Sousa, Alfredo Pinto de Azevedo e (n. 1877) Advogado. Militante democrático, deputado por Lamego desde 1915. Ministro do trabalho de Manuel Maria Coelho, de 25 de Outubro a 2 de Novembro de 1921.

 

 

Sousa Júnior, António Joaquim (1871-1938) Lente de Medicina. Colaborador de Ricardo Jorge. Antigo militante progressistas e maçon desde 1909. Deputado às Constituintes em 1911. Ministro da instrução do governo de Afonso Costa, de 9 de Janeiro de 1913 a 9 de Fevereiro de 1914. Chefe dos serviços de saúde da CEP. Ministro da instrução no governo de José Domingos dos Santos, de 22 de Novembro de 1924 a 15 de Fevereiro de 1925.

 

 

Sousa, Jaime Júlio Velho Cabral Botelho de (1875-1946) Oficial da marinha. Antigo monárquico, do partido regenerador em 1906 e 1910. Secretário particular de Teixeira de Sousa. Adere aos democráticos, maçon desde 1916. Ministro das colónias de 20 a 30 de Novembro de 1920, no governo de Álvaro de Castro

 

 

Sousa, Manuel Joaquim de (1883-1945) Operário anarco-sindicalista, do Porto.  Começa a sua militância em 1904 como membro do Grupo de Propaganda Libertária. Era então conhecido como o barão da sola. Em 1912-1913 aparece como secretário-geral da União Geral de Trabalhadores da Região Norte. Passa para Lisboa a partir de 1918. É o primeiro secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho de 1919 a 1922. Em 1921-1922 aparece como redactor-principal do jornal A Batalha, substituindo Alexandre Vieira, quando este se encontra impossibilitado por doença. Preso em Fevereiro de 1928. Volta à cadeia em 1932 e 1934, quando faz parte da então Aliança Libertária. Um dos mais duros críticos do societismo. Pai de Germinal de Susa que em 1936-1939 foi secretário-geral da Federação Anarquista Ibérica.

1911

Sindicalismo e Acção Directa

Porto

1931

O Sindicalismo em Portugal

Lisboa

1989

Últimos  Tempos de Acçã Sindical Livre e de Anarquismo Militantes

 

Lisboa, 1989

 

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