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1914 |
Da frustrada bernardização à Guerra
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Greve dos ferroviários (15 a 23 de Janeiro) Manifestação anti-afonsista (26 de Janeiro) |
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Durante o governo de Afonso Costa,
começa a greve dos ferroviários, com sabotagens (15 de Janeiro). Dura até
ao dia 23 e envolve cerca de sete mil trabalhadores. Encerramento do sindicato
ferroviários e incidentes no Rossio, com mortos e feridos. Lisboa chega a estar
isolada da província. Tumultos em Monção (Fevereiro de 1914).
Corrupção –
O senador João de Freitas ataca pessoalmente Afonso Costa,
acusando-o de favorecimentos a antigos clientes do escritório. Democráticos, em
protesto, saem da sala (9 de Janeiro).
Um dos dois deputados socialistas
das eleições suplementares de 1913 passa para os democráticos. Os
independentes, que eram 19, passam 11 (9 de Janeiro).
Manuel de Arriaga apresenta, em
24 de Janeiro, aos três principais partidos uma carta programa. Ainda
tenta a criação de um governo extra-partidário, mas depara com a recusa de
Afonso Costa para essa proposta de tréguas, que incluía uma lei de amnistia e a
revisão da Lei da Separação, para posterior convocação de eleições gerais depois
da necessária acalmação. Recebe apoio dos unionistas (em 31 de Janeiro) e dos
evolucionistas (em 1 de Fevereiro), bem como a natural oposição de Afonso Costa
(4 de Fevereiro).
O preconceito da ordem –
Arriaga, chamado aos oitenta anos a ser árbitro de conflitos humanos, o
humanitarista de 48, o paladino da paz universal, o autor de "Harmonias
Sociais"! O que vai ele fazer? O que fazem todos os portugueses em presença de
conflitos – pedir ordem. A palavra ordem é a expressão máxima da sisudez
nacional. Mas em Portugal só há ordem e
paz quando não se levantam conflitos de ideias. Quando estes surgem, tudo grita
e ninguém se entende (João Chagas)
Governo pede a demissão em
carta datada de 25 de Janeiro, apesar de, no dia 26, solicitar uma moção de
confiança ao Congresso, que é aprovada por 114-93. Protesto dos deputados e
senadores da oposição que abandonam a sala.
Manifs dos prós e contras – Na
noite de 26 de Janeiro, Afonso Costa promove cortejo de apoio aos democráticos,
com o tradicional vivório e foguetório, onde não faltam filarmónicas e um
balão à veneziana; a manifestação é dispersa por oposicionistas, havendo
inúmeras cenas de pugilato no Rossio. Bandos de formigas pretas chegam a
cercar o jornal O Mundo, seguindo-se manifestação oposicionista nocturna,
do Largo de Camões para Belém, organizada por Machado Santos, Júlio Martins,
Carlos da Maia e Rocha Martins, onde se exige, para além da queda de Afonso
Costa, amnistia para todos os presos políticos e reabertura das associações
sindicais encerradas. Entram na manifestação sindicalistas armados de archotes,
a partir da Avenida 24 de Julho. Almeida e Camacho recusam participar e os
comerciantes de Lisboa não fecham as portas.
Governo nº 61 (9 de Fevereiro)
Bernardino Machado (306 dias). Durante cerca de dez meses sobe ao poder
um gabinete presidido por um antigo ministro da monarquia, com três
ministros democráticos, sendo os restantes independentes. Novo chefe do governo
fala na necessidade do congreçamento da família portuguesa e diz não ao
sectarismo, pelo que tenta novamente chamar para o governo os
republicanos históricos do Porto, convidando Basílio Teles, Alves da Veiga,
Guerra Junqueiro e Paulo Falcão, mas todos recusam.
Bernardino Luís Machado Guimarães na presidência e no interior. Nos
estrangeiros, desde 23 de Maio de 1914, o coronel de engenharia Alfredo Augusto
Freire de Andrade (1859-1929), antigo colaborador de António Enes em Moçambique
e governador da província de 1906 a 1910. Na justiça, até 23 de Junho, o
democrático e republicano histórico Manuel Joaquim Rodrigues Monteiro
(1879-1952), governador civil de Braga depois de 1910 (desde 23 de Junho,
Bernardino Machado; a partir de 23 de Julho, Eduardo Augusto de Sousa Monteiro).
Nas finanças, o professor da Politécnica, fiscalista e republicano histórico,
vereador da Câmara de Lisboa em 1908, Tomás António da Guarda Cabreira
(1865-1918) (desde 23 de Junho de 1914: António dos Santos Lucasö
). No fomento, o advogado Aquiles Gonçalves Fernandes (desde 23 de Junho de
1914, João Maria de Almeida Lima (1859-1930)). Na guerra, António Júlio da Costa
Pereira de Eça (1852-1917), general e director do Arsenal do Exército, não
filiado partidariamente. Na marinha, o independente Augusto Eduardo Neuparth
(1859-1925), almirante, célebre por ter criado a farolagem). Nas colónias,
Alfredo Augusto Lisboa de Lima, professor da Escola Politécnica, também não
filiado partidariamente. Na instrução pública, o também independente José de
Matos Sobral Cid, professor de medicina.
Prometendo tudo a todos –
Bernardino Machado pertence a uma geração de homens extraordinários, de
homens que construíram ao lado da vida uma vida abstracta – e só vivem para essa
coisa imaginária e tremenda feita de teias de aranha (Raúl Brandão). Segundo
Guerra Junqueiro, não era de ferro, mas de borracha, pode passar-lhe um
cilindro de estrada por cima que ele levanta-se logo, todo lépido, a tirar o
chapéu, mas este que era o homem mais delicado de Portugal, afinal vai
ser um lírio que dará cicuta. Com efeito, Bernardino estava talhado para ser
o presidente simbólico de um regime estabilizado, onde o poder moderador pudesse
ser apenas um mero poder simbólico, capaz de simples influência numa balança de
poderes incontestada. Ele apenas era o calmante republicano e jamais o
chefe de um governo que vai ser de mobilização
para a guerra
Evolucionistas e unionistas a
caminho da fusão – 62 parlamentares evolucionistas e unionistas assinam
documento onde se propõe a fusão dos dois partidos. Camacho concorda, Almeida
impõe condições (16 de Fevereiro).
Afonso Costa assume o exercício
efectivo das funções de professor e director da Faculdade de Direito e Estudos
Sociais de Lisboa (2 de Março). Muito hipocritamente, desafia António José de
Almeida para duelo, sabendo que este o não aceitaria, por ser defensor do modelo
dos tribunais de honra (20 de Junho).
Faculdade de Direito – Concurso
para assistentes da Faculdade de Estudos Sociais e Direito (20 de Junho).
Admitido Martinho Nobre de Melo, maçon e futuro ministro sidonista e do 28 de
Maio, que vence concorrentes como o anarco-sindicalista João Evangelista Campos
Lima, o então evolucionista Alfredo Pimenta, ex-anarquista de 1907 e futuro
ortodoxo monárquico a partir de 1915, para acabar ferrenho salazarista, defensor
de nazis, depois de 1945, e o ortodoxo afonsista António Macieira.
Anarco-sindicalistas – Criada a
União Operária Nacional em Tomar (14 a 17 de Março). Sai o primeiro
número de O Despertar, dito mensário das juventudes sindicalistas
(7 de Abril). Na sede destas reúnem-se vários militantes sindicalistas, ouvindo
conferências doutrinárias sobre o anarco-sindicalismo. Entre os conferencistas,
o professor Aurélio Quintanilha, adversário da intervenção de Portugal na
guerra.
Interrompido comício católico
na igreja de S. João de Almedina em Coimbra. Estão presentes Salazar e Cerejeira
(22 de Março). No dia 24 desloca-se a Lisboa comissão desses militantes para
inteirar o governo dos distúrbios. Bernardino Machado toma a salomónica decisão
de, em nome da paz académica, mandar encerrar todos os centros
académicos. Congresso no Porto das Associações da Juventude Católica, donde
surge a Federação das Juventudes Católicas. Ainda preside o conde de Samodães
(de 2 até ao dia 4). Salazar discursa: A Democracia e a Igreja.
Tentativa de assalto ao congresso no dia 4.
Integralismo Lusitano – Surge o
primeiro número da revista Nação Portuguesa, órgão do nascente movimento
monárquico Integralismo Lusitano, dirigida por Alberto Monsaraz (8 de Abril).
Com onze números até 1916, a publicação é retomada a partir de 1922.
Defendem a ideia de revolução na permanência e
invocam a necessidade de constituição de uma biblioteca essencial, para
se recuperar o nosso pensamento contra-revolucionário, onde se salientam os
nomes do marquês de Penalva, visconde de Santaré,, José Acúrcio das Neves e Frei
Fortunato de São Boaventura. Reinterpretam os percursos de Alexandre Herculano,
Henrique da Gama Barros, Henriques Nogueira, Oliveira Martins, Eça de Queirós,
Silva Cordeiro e Alberto de Sampaio. Entre os estrangeiros, são frequentemente
citados Renan, Taine, Gustave Le Bon, Maurras, George Valois, Comte, Édouard
Berth, Ortega y Gasset, Jacques Maritain e George Sorel, sempre em nome de
l’homme qui vient, conforme as palavras deste último.
Entre os principais colaboradores: António Sardinha
(monárquico desde 1912), Luís de Almeida Braga, José Adriano Pequito Rebelo,
Adriano Xavier Cordeiro, Amadeu de Vasconcelos, Domingos de Gusmão Araújo,
Francisco Vieira de Almeida, Hipólito Raposo, João do Amaral e Simeão Pinto de
Mesquita. Parte deles vem da extrema-esquerda republicana, da geração da greve
académica de 1907 e, se mudam de opção política, permanecem ancorados no mesmo
subsolo filosófico, extremadamente positivista.
Para a segunda série, entre 1922 e 1928, é mobilizada uma
nova geração com Manuel Múrias, Afonso Lopes Vieira, Carlos Malheiro Dias, Ivo
Cruz, J. Lúcio de Azevedo, Pedro Teotónio Pereira, Marcello Caetano, Nuno de
Montemor, Rodrigues Cavalheiro e Francisco Rolão Preto.
Maçonaria. Dá-se nova dissidência maçónica, com a
recriação do Grémio Luso-Escocês (Supremo Conselho do 33º Grau do Rito Escocês
Antigo e Aceite), tendo como dirigente máximo Luís Augusto Ferreira de Castro
(1914-1926), com o título de Soberano Grande Comendador. Bernardino Machado
acompanha a cisão, como soberano-grande comendador honorário. A maioria dos
Grandes Inspectores de tal Supremo Conselho, que estava integrado no Grande
Oriente Lusitano Unido desde 1869, entrou em conflito com o Conselho da Ordem e
destacou-se do mesmo, à excepção de José Pinheiro de Melo, António Joaquim
Ribeiro e Sebastião de Magalhães Lima. A dissidência instala-se em 28 de Agosto
no Ateneu Comercial de Lisboa e, a partir de Setembro, na Rua da Atalaia, onde
funcionava a Loja Liberdade. Só a partir de 1923 é que as duas variantes
maçónica retomam as negociações para um reencontro, assinando-se acordo de
princípio em 1925. Apesar de maioria dos membros da dissidência regressar ao
Grande Oriente, Ferreira de Castro manteve, com um pequeno grupo, a autonomia
até à data da respectiva morte em 8 de Setembro de 1931.
Decreto sobre a central hidro-eléctrica das Portas do
Ródão (28 de Março). O diploma vai levar à queda do governo, sendo revogado
em 24 de Junho. Neste dia, Afonso Costa é homenageado no Porto.
Tumultos na Idanha e na
Azambuja. Conflitos estudantis em Coimbra, com a prisão de cerca de duas
centenas de estudantes (30 de Junho). Greve dos operários das moagens
por falta de importação de trigo (30 de Junho). Assaltos a armazéns de
víveres no Porto (18 de Setembro). Intervenção das forças policiais. Greve dos
tecelões no Porto. Assaltos a armazéns de víveres em Almada.
São marcadas eleições em
Portugal para o dia 1 de Novembro (31 de Julho).
Grande Guerra – Em Junho de
1914 demitem-se os três ministros democráticos, acusados de corrupção, poucos
dias antes do atentado de Serajevo (28 de Junho) que vai dar origem à Grande
Guerra. Como resposta, reúne-se extraordinariamente o Congresso da República em
7 de Agosto, num ambiente dito de concórdia e de dignidade.
Bernardino Machado lê relatório sobre a posição de Portugal, onde é proclamada a
fidelidade à aliança luso-britânica, postura que, então, recebe aplauso unânime
(7 de Agosto). Aprovam-se medidas extraordinárias de intervenção do Estado face
às circunstâncias, principalmente quanto à então chamada questão das
subsistências. Isto é, os democráticos, apesar de não terem representantes
no gabinete, continuam a dar-lhe apoio expresso e fazem-no logo em 30 de Junho,
não por causa da guerra, mas tendo em vista a conclusão da nova lei eleitoral e
a marcação de eleições.
As eleições são adiadas
sine die, atendendo a que persistem ainda os motivos de ordem
internacional que aconselharam os partidos republicanos à patriótica suspensão
das questões políticas internas (19 de Setembro). Lei nº 275 permite ao
governo actuar sem peias parlamentares, face ao estado de guerra (8 de Agosto):
concede-se ao poder executivo as faculdades necessárias para, na actual
conjuntura, garantir a ordem em todo o país e salvaguardar os interesses
nacionais, bem como para ocorrer a quaisquer emergências extraordinárias de
carácter económico e financeiro. É ao abrigo deste diploma que se exercerá
a ditadura de Pimenta de Castro. A lei é prorrogada pela Lei nº 292 de
29 de Janeiro de 1915 e renovada pela lei de 5 de Junho de 1915.
Intervencionismo – Partem para
África as primeiras expedições militares (11 de Setembro). Entre os defensores
do intervencionismo está João Chagas, nosso representante em Paris. Teixeira
Gomes, em Londres, é mais moderado. Já Brito Camacho é contra a intervenção no
teatro europeu do conflito, defendendo apenas uma intervenção em África. Esta é
também a posição dos monárquicos, expressa através de Aires de Ornelas,
lugar-tenente de D. Manuel II.
Ramalho
integralista – Publicada a Carta de um Velho a um Novo, de Ramalho
Ortigão, a João Amaralö , onde o velho escritor
apoia o jovem movimento integralista (7 de Setembro).
Nova revolta monárquica Dá-se
nova sublevação monárquica, a segunda outubrada, a partir de Mafra,
liderada por Rodrigues Nogueira (20 de Outubro). Os conspiradores, quando se
dirigem a Torres Vedras, são derrotados em S. Pedro da Caldeira pelas tropas
governamentais comandadas pelo capitão Álvaro Poppe. Há também incidentes em
Bragança e assaltam-se vários jornais monárquicos em Lisboa (Jornal da Noite,
Restauração e Talassa), bem como ao jornal crítico independente,
Ridículos. Na sequência, cria-se em 22 de Outubro um tribunal militar
especial para julgamento dos conspiradores monárquicos.
foi prematura. Aliás, o gabinete, na fase final, apenas tem a
defendê-lo António José de Almeida e Machado Santos.Congelamento das rendas de casa dos prédios urbanos
pelo Decreto nº 1 079 (21 de Novembro). O modelo vai criar um regime que se
mantém, mais ou menos, incólume até ao século XXI.
Sinais de oposição ao governo
dentro dos próprios democráticos e dos unionistas. Entre os primeiros,
salientem-se as intervenções de Jaime Cortesãoö ,
a partir do jornal O Norte, a criticar os afonsistas. Entre os
segundos, os artigos de José Jacinto Nunes em A Luta contra Brito Camacho.
Defendem o governo, A República, de António José de Almeida, e O
Intransigente, de Machado Santos
António José de Almeida recusa
governo de concentração – Afonso Costa diz que a união é impossível por
causa das guerras pessoais. Almeida considera que a questão tem a ver com
princípios, nomeadamente com divergências face à Lei da Separação. Brito Camacho
está contra o governo de concentração e até contra a hipótese de governo
extra-partidário, defendendo um governo de base parlamentar demo-evolucionista
ou demo-unionista. Mas põe obstáculos até à concretização deste último (5 de
Dezembro).
Governo nº 62 (12 de Dezembro)
de Vítor Hugo Azevedo Coutinho (44 dias). Arriaga convida Braamcamp
Freire, Magalhães Lima e Machado Santos para formarem governo. Todos recusam.
Também se torna impossível uma solução de concentração, então repudiada por
António José de Almeida.
A crise vai ser resolvida com a
chamada do presidente do Senado, com um gabinete quase totalmente democrático, à
excepção de um ministro. Cinco dias depois já os deputados e senadores
unionistas e Machado Santos renunciam aos mandatos. Os oposicionistas logo
chamam ao gabinete os miseráveis de Vítor Hugo e a adega do Alexandre
(Alexandre Braga, o novo ministro do interior, a quem Fernando Pessoa chama
aborto de um imaginativo conservado em alcóol).
Presidência e marinha, Vítor Hugo Azevedo Coutinho. No interior, Alexandre
Braga. Na justiça, José Maria Vilhena Barbosa de Magalhães. Finanças, Álvaro de
Castro. Na guerra, Joaquim Basílio Cerveira e Sousa de Albuquerque e Castro. Nos
estrangeiros, Augusto Luís Vieira Soares (1873-1954). No fomento, Eduardo
Alberto Lima Bastoö (1875-1942), professor em
Coimbra, em 1902, passa para o Instituto Superior de Agricultura de Lisboa em
1906, sendo professor na Escola Superior Colonial até 1942 e maçon desde 1908,
desde sempre militante dos democráticos, ligado a Afonso Costa. Nas colónias,
Alfredo Rodrigues Gaspar. Na instrução Pública, Frederico António Ferreira de
Simas.
Combate de Naulila, com derrota
dos portugueses (18 de Dezembro).
& Caetano, Marcello (1961): 30, 32; Chagas, João (1958, I): 51, 53, 55, 93; (1958, II): 223, 224; (Diário, I): 152; Costa, Afonso (Discursos...): 46; Cruz, Manuel Braga da: 256, 257; Ferrão, Almeida: 108, 110; Ferreira, David (I): 113, 117, 123, 126, 133, 136, 138 ss.; 140, 143, 146, 160, 165, 173; Gouveia, Rosa: 22, 23, 24; Lopes, Fernando Farelo (1994): 50; Marques, Oliveira, (1991, XI): 265, 293; Moncada, Luís Cabral de (1992): 107, 113, 114; Nogueira, Franco (I): 107, 108; Pabón, Jesus: 33, 177, 178, 179, 181, 182, 216; Pereira, José Pacheco: 83, 84; Peres, Damião (1954, Suplemento): 21, 25, 29, 31, 32, 35, 37, 42, 45, 51, 59, 60, 62, 66, 75, 76; Pessoa, Fernando (1978): 183; Ramos, Rui: 473, 474; Rodrigues, Edgar: 155 ss., 160; Serrão, Joaquim Veríssimo (XI): 138 ss.; Teixeira, Nuno Severiano (1996); Vieira, Alexandre: 71, 77, 83, 89, 90.