Governo de António José de Ávila (1868)

1868 Janeirinha,
transição avilista e experiência reformista
Governo
nº 28 de António José de Ávila (201
dias, desde 1 de Janeiro). Com o apoio dos reformistas. São ministros deste
gabinete António Luís de Seabra (justiça, José Dias
Ferreira (1837-1909) na fazenda, o general José Maria Rodrigues de
Magalhães (guerra), o general José Rodrigues Coelho do Amaral (marinha)
e o major Sebastião do Canto e Castro Mascarenhas (obras públicas). Ávila,
a quem não lhe falta talento nem instrução, mas falta-lhe prudência
e é cheio de orgulho, tendo um carácter versátil, segundo Lavradio,
ocupa as pastas do reino e dos estrangeiros. Loulé e Sá da
Bandeira, convidados pelo rei, haviam recusado a chefia do governo.
O
vazio – Nem uma só palavra afirmativa. “Moralidade, economias!”.
Esse programa patenteava o vazio, porque nenhum partido jamais pregou a
corrupção nem o desperdício. Mas praticavam-nos ambos, os regeneradores? é pois
uma questão de homens, nada mais (Oliveira Martins).
Queda
do governo de Ávila em Julho. A comissão de obras públicas não dá parecer
favorável a um projecto de convenção com uma das companhias de caminho-de-ferro.
Conselho de Estado também não se mostra concordante com a dissolução parlamentar.
As forças que tinham estado na base da Janeirinha, como os penicheiros
e os lunáticos, já consideram Dias Ferreira um traidor e atacam
ferozmente a equipa dos avilistas. Chegam a ser convidados para formarem
governo, Alves Martins e Loulé.
O
oportunismo prático – Depois de 68 nada há que regenerar, ou todos
regeneram de um modo igual. Depois desta época, e consumada uma tal ou
qual restauração da riqueza nacional, todos aparecem convertidos ao oportunismo
prático. Não há mais distinções de partidos, há apenas grupos diversos.
Não há mais programas, porque há a liberdade prática bastante e toda a
ideologia liberal morreu. Os bandos políticos já não têm rótulos, basta-lhes
o nome dos chefes: é o deste, o daqueloutro. E uns sucedem-se aos outros,
até que... (Oliveira Martins).
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Governo de António José de Ávila |
De 4 de Janeiro de 1868 a 22 de Julho de 1868 201 dias Ditadura de 14 de Janeiro a 19 de Março de 1868 |
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7º governo da Regeneração 4º governo sob o reinado de D. Luís |
Promove as eleições de 22 de Março/ 12 de Abril de 1868 |
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Presidência, reino e estrangeiros |
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Justiça |
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Fazenda |
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Guerra |
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Marinha |
General José Rodrigues Coelho do Amaral |
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Obras públicas |
Major Sebastião do Canto e Castro Mascarenhas |
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