|| | Governos | || | Grupos | || | Eleições | || | Regimes | || | Anuário | || | Biografias | || | Revoltas | /span>
|
Centralização e oligarquia – Da revolta radical à procura de uma alternativa oposicionista
|
|
Revolta radical de Torres Novas.
Pronunciamento organizado por António César Vasconcelos Correia e José Lúcio
Travassos Valdez (4 de Fevereiro). Passos Manuel chama ao golpe a bombochata.
Todos os líderes da revolta pertencem à Maçonaria do Sul. Apoderam-se da praça
de Almeida (8 de Abril) e têm o apoio de José Estêvão e de vários estudantes
miguelistas de Coimbra, aliciados por Caetano Beirão. A revolta apenas termina
em 28 de Abril de 1844. São também presos os miguelistas Caetano Beirão, José
Manuel Teixeira e D. Jorge Coutinho, dado estar previsto o levantamento de
guerrilhas realistas em Amarante e Fafe.
Manobras
cabralistas – António Bernardo da Costa Cabral é reeleito grão-mestre do
Grande Oriente Lusitano (16 de Fevereiro). Cabralistas emitem anonimamente o
folheto Algumas Considerações Políticas pelo Autor do Ontem Hoje e Amanhã,
onde são especialmente visados o conde de Lavradio, José Jorge Loureiro e Luís
Mouzinho de Albuquerque.
Relações com a
Igreja –
Funda-se no
Bombarral, em 21 de Maio, um colégio missionário, destinado à China, na própria
casa do bispo eleito de Pequim D. Veríssimo Vaz Serra. Abrem ao comércio
internacional os portos de Luanda e Benguela. Devolvem-se aos bispos as
propriedades e outros bens pertencentes às mitras que eram administradas pelo
Tesouro Público, pelo factos de se acharem vacantes as respectivas sedes (16 de
Abril).
Remodelação – Em 27 de Junho: António
Bernardo da Costa Cabral na justiça, até 3 de Maio de 1845.
Bill de
indemnidade – Em 30 de Setembro de 1844
as Cortes concedem bill de indemnidade ao governo.
Oposição à
maçonaria Volta a debater-se na Câmara dos Pares a questão da proibição das
sociedades secretas, com violentas críticas de Sá da Bandeira e do conde da
Taipa a António Bernardo da Costa Cabral, que é expressamente acusado da
verdade: que é maçon e grão-mestre. O ministro, fingindo, nega e
refere-se com desprezo às acusações. Assume assim a bidimensionalidade da
postura de tempos onde o espaço de teatro público dos homens de Estado não
coincide com os passos que os mesmos dão na sombra das sociedades secretas e
discretas (22 de Novembro).