Entre 1648 e
1651, a peste mata um milhão de espanhóis.
Franceses,
comandados por Condé, vencem em Lens (20 de Agosto); ocupando
a Baviera e Praga.
 A Guerra dos
Trinta Anos termina com o chamado Tratado de Vestefália*,
conjunto dos pactos firmados em Munster, em 4 de Agosto, e em
Osnaburgo, em 24 de Outubro
As
conversações, que duraram cerca de quatro anos, ocorreram nessas
duas cidades da Vestefália; em Osnaburgo reuniram os protestantes,
sob mediação dos suecos; em Munster, reuniram os católicos sob
mediação do núncio e do embaixador de Veneza.
Paz de Haia
entre a Espanha e os Países Baixos, que vêem a sua
independência reconhecida por Madrid (30 de Janeiro). O tratado será
ratificado em 15 de Maio.
Em 1648, pelo
Tratado de Münster, o rio Escalda é fechado aos belgas;
Guerra da
França contra a Espanha
(1648-1659) A Espanha retirou-se do sistema da Paz de Vestefália e
prossegue a guerra com a França.
Guerra das
Frondas
(1648-1652). Revolta da nobreza, defensora do pluralismo, contra o
centralismo e o absolutismo do poder real, em França.
A primeira
Fronda foi assinalada pela revolta do Parlamento de Paris (26
de Agosto); a segunda foi a Fronda dos Príncipes, dirigida por
Condé, contra Luís XIV.
Os escoceses
aliados a Carlos I invadem a Inglaterra e são derrotados por Oliver
Cromwell em Preston Pride's Purge (Agosto).
Cromwell obtém
a rendição do exército escocês, entrando em Edimburgo (Outubro).
Depuração dos
140 deputados favoráveis a Carlos I do parlamento inglês, Rump
Parliament (6 de Dezembro).
Mehmed IV,
sultão otomano (1648-1687).

Frederico
III
(Frederik III), rei da Dinamarca e da Noruega (1648-1670). Vai
declarar guerra à Suécia em 1657.

Jan II
Kazimierz
Vasa, ou João Casimiro, rei da Polónia (1648-1668). Irmão de
Ladislau IV e filho de Segismundo III.
Motins em
Moscovo e na
Ucrânia pelos posady ou arraia miúda. Aqui duram até
1654, provocados pelos cossacos. O comandante Bodhan Khmelnitski
ocupa a Ucrânia central e liberta Kiev do domínio polaco. |

Reinado
de D. João IV
Tentativa de
conquista de Olivença
pelo marquês de Leganés, repelida por D. João de Menezes (20 de
Junho).
Reconquista
de Luanda e
S. Tomé por Salvador Correia de Sá (24 de Agosto). Expedição sai do
Brasil em 12 de Maio. Governa Angola até Março de 1652.
Decidida a
criação de uma Companhia de Comércio para o Brasil.
Batalha dos
Montes Guararapes
(19 de Abril). Comando de um exército de negreiros por Francisco
Barreto de Meneses, nomeado mestre-de-campo-general para o
Pernambuco. Derrota do general holandês Von Schoppe.
Começam a
formar-se as bandeiras, aliadas aos curibocas ou
mamelucos, filhos de portugueses e de índias (do Árabe
mamaluk, escravo ou criado). A primeira é de Raposo Tavares.
Tratado
Luso-Holandês sobre as dissidências relativas ao Brasil. (20 de
Outubro).
Fim do
Congresso de Vestefália. (24 de Outubro). Participam nas longas
conversações os portugueses Dr. Luís Pereira de Castro, que se
encontrava em Paris, onde era embaixador o Marquês de Nisa; Dr.
Francisco de Andrade Leitão, nosso representante nos Países Baixos;
e Dr. Botelho de Morais, nosso embaixador na Suécia. Espanha, o Papa
e o Imperador não permitiram que participássemos de corpo inteiro,
pelo que tivemos de integrar-nos no séquito de outras embaixadas,
como a francesa, a sueca, a holandesa e a dinamarquesa. De recordar
que o infante D. Duarte estava preso pelo imperador e que o nosso
representante em Roma, o bispo de Lamego, chegara a ser atacado por
espanhóis nas ruas da Cidade Santa.
Instruções
para o Dr. Manuel Álvares Cabrilho, nomeando-o Agente de Estado
Eclesiástico em Roma (11 de Outubro ) |
Frei
João
dos Prazeres
(1648-1709)ö1692.
John
Milton,
The Tenure Of Kings And Magistrates, 1648-1694
Robert
Filmer,
The Anarchy Of A Limited Mixed Monarchy. |
A
Guerra dos Trinta Anos termina com o chamado Tratado de Vestefália de
1648, conjunto dos pactos firmados em Munster, em 4 de Agosto de 1648, e em
Osnaburgo, em 24 de Outubro de 1648; as conversações, que duraram cerca de
quatro anos, ocorreram nessas duas cidades da Vestefália; em Osnaburgo
reuniram os protestantes, sob mediação dos suecos; em Munster, reuniram os
católicos sob mediação do núncio e do embaixador de Veneza
No
tocante à questão religiosa, confirmaram-se as conclusões da Paz de
Augsburgo, mas admite-se a liberdade de culto para as minorias religiosas
instaladas depois de 1624; os bens católicos secularizados depois de 1624
foram restituídos; as minorias religiosaas podiam emigrar sem perderem os
respectivos bens
Portugal
foi excluído desses tratados, dado que Filipe IV ainda se intitulava rei de
Portugal; os nossos enviados inseriram-se nos séquitos das embaixadas sueca
e holandesa
A
Alemanha é dividida em 378 Estados, deste modo se reforçando os
principados laicos alemães que passam a dispor de soberania territorial e a
poder concluir alianças internacionais
O
duque da Baviera continuou a ser considerado eleitor, mas foi criado um novo
eleitorado a favor do Palatinado
O
ducado da Baviera viu alargados os seus domínios com a inclusão do Alto
Palatinado
A
França alarga as suas fronteiras até ao Reno, obtém os bispados de
Toul, Metz e Verdun, as dez cidades imperiais e as possessões austríacas na
Alsácia, cerca de um terço deste território; a respectiva diplomacia passa a
poder intervir no conjunto alemão, sob o pretexto da defesa das
liberdades germânicas
O
Império dos Habsburgos austríacos fica assim enfranquecido
A
Suíça consegue a autonomia
Garantida
a independência das Províncias Unidas que obtêm as províncias do
Brabante e do Limburgo; em 1661 surge um novo tratado de paz entre a Espanha
e as Províncias Unidas, onde se reconhece a independência destas e a posse
das colónias espanholas asiáticas conquistada
Surgem
duas novas potências: a Suécia e o Brandeburgo, unido à Prússia desde
1618, como grande potência.
O
Brandeburgo recebeu o arcebispado de Magdeburgo, no rio Elba, e a
Pomerânia Oriental, no Oder, bem como outros bispados no Weser, começando
assim a potência da Prússia
À
Suécia é reconhecida a posse da Pomerânia ocidental e da foz dos rios
Oder (no Báltico), Elba e Weser (no mar do Norte), passando também a poder
participar directamente na dieta do Império alemão, nomeadamente pelos
domínios de Vismar e dos bispados de Bremen e Verden. Hão-de perder parte
destes territórios cerca de um século depois, a favor do Brandeburgo e de
Hanôver.
Bélgica
Em 1648, pelo Tratado de Münster, o rio Escalda é fechado aos belgas;
Países
Baixos Com a Paz
de Vestefália, as Províncias Unidas definitivizam a respectiva
independência, depois de oitenta anos de resistência ao poder dos Habsburgos
espanhóis; a Holanda emerge como grande poder internacional, mas vai sofrer
as consequências da política mercantilista adoptada pela Inglaterra, a
partir de Cromwell, e da França, a partir de Colbert. O comércio báltico
começa a ser comprimido pela emergência do poder sueco. A França de Luís XIV
passa a constituir uma ameaça terrestre. Guerra com a Inglaterra (1672-1674)
no tempo de Carlos II, aliado aos franceses. Guerra com a França que termina
com a paz de Nymeguen de 1678-1679.
© Editado por José Adelino Maltez em Dili, Universidade Nacional de Timor Leste, ano de 2008
|