

Molotov, Malenkov e Kaganovitch* são eliminados da direcção soviética.
As rosas da
mudança continuam a ter sangrentos espinhos e Khruchtchev, para manter-se, é
obrigado a largar o princípio da colegialidade e a procurar, de novo, a
personalização do poder. Assim, Molotov era expulso da
direcção do partido, começando o processo de ataque ao grupo antipartido,
de que também fariam parte Gueorgui Malenkov, Lazar Kaganovitch e Kliment
Vorochilov.
Já a partir
de Outubro do mesmo ano, vão começar a cair os antigos aliados de Khruchtchev:
primeiro o ministro da Defesa, Jukov. Com efeito, como assinalava Edgar Morin,
o aparelho tem igualmente de lutar contra o exército e reforçá-lo, de lutar
contra a burocracia e reforçá-la, de lutar contra a classe operária e
reforçá-la. Com efeito, a burocracia não possui nenhum suporte autónomo
como o exército ou a NKVD: o seu único suporte é o próprio aparelho, que não é
outro senão o esqueleto do Estado
Finalmente,
estrutura-se o Sexto Plano Quinquenal de 1956-1960, onde se prevê a supressão
das estações de máquinas e tractores, com a venda dos mesmos aos kolkhozes,
bem como a regionalização da indústria. Com efeito, no domínio da política
agrícola, Khruchtchev optou por um desenvolvimento extensivo, nomeadamente
desbravando as terras virgens da Sibéria, bem como pelo refortalecimento dos
sovkhozes e pelo reagrupamento dos kolkhozes. Do mesmo modo,
apostou-se no desenvolvimento da indústria química, como um meio de apoio à
agricultura.