

Assinada em Itália a convenção da união da esquerda socialista
(9 de Dezembro)

Todos os cidadãos holandeses são expulsos da
Indonésia (5 de
Dezembro)

Na Venezuela,
a ditadura militar de Marcos Pérez tenta legitimar-se através de um referendo
(15 de Dezembro).

Primeira cimeira da NATO aceita a instalação de mísseis
norte-americanos na Europa (19 de Dezembro)

Conferência afro-asiática do Cairo (26 de Dezembro a 1 de Janeiro).
Entre 27 de
Dezembro de 1957 e 1 de Janeiro de 1958, surge a
I Conferência de Solidariedade Afro-Asiática
do Cairo, já com a participação soviética, através das repúblicas
asiáticas da União, onde se vai proclamar o anticolonialismo, como principal
ponto de referência do antiocidentalismo. Diga-se, a este respeito, que a
reunião do Cairo ainda foi marcada por certa indecisão, dado ter predominado um
sentimento de raiva contra o desembarque franco-britânico no Suez e a postura
francesa na crise argelina. Veja-se, por exemplo, o discurso do presidente da
conferência, Anwar al Sadat que, expressamente proclama:
nós, egípcios, acreditamos no neutralismo e no não-alinhamento. Acreditamos que,
adoptando esta atitude, contribuímos para a aproximação entre os dois blocos e
criamos uma vasta área de paz que se imporá pouco a pouco a todo o mundo.

O bispo da Beira, em Moçambique, D. Sebastião Soares de Resende, emite uma pastoral bastante crítica para o ministro do ultramar Raúl
Ventura. Salazar protesta junto do Núncio (Dezembro). Já antes, o bispo recusara
receber o presidente Craveiro Lopes, ferido pela circunstância do governo ter
decidido construir um liceu público na cidade, em vez do edifício do Colégio dos
Maristas, afecto à diocese