Carta de Monnet a Adenauer, defendendo a proposta de cooperação
política gaullista (21 de Novembro). O próprio Monnet acaba por aceitar esta intermediação da
cooperação, como etapa necessária. Não só escreve a Konrad
Adenauer aconselhando-lhe que entre na via proposta por
de Gaulle, como
apoia publicamente o general em questões de política interna.
Considera que não poderia estabelecer-se a Europa sem o reforço
da autoridade dos executivos, porque sem esta ficar estabelecida não se
poderiam delegar poderes da soberania. Até critica as atitudes de belgas
e holandeses, quando estes rejeitam a proposta do Plano Fouchet,
acusando-os de integrismo supranacional. Em 21 de Novembro, numa carta dirigida a Konrad Adenauer,
comenta: temporariamente, na situação actual, e para estas novas
questões, penso que a cooperação é uma etapa necessária. Ela
representará um progresso, sobretudo se o conjunto europeu, comunidades
integradas organização da cooperação - embora diferentes - forem
incluídas num mesmo conjunto, uma "confederação europeia"
Monnet que tantos conflitos políticos tivera com De Gaulle, não
deixava de reconhecer que as relações pessoais com o general tinham
sido boas no passado e poderiam continuar a ser no futuro para o maior
proveito da Europa p.84.
E foi por instinto de legítima defesa europeia que o mesmo Monnet
apoiou De Gaulle no regresso de 1958, votando a favor da respectiva
constituição, e explicando-o num artigo publicado no Le Monde
De Gaulle visita Adenauer em Bad-Kreuznach (26 de Novembro)
URSS denuncia os compromissos e o estatuto quadripartido sobre Berlim
(27 de Novembro)
Governo português não autoriza a entrada do trabalhista Aneurin Bevan*
em Portugal, convidado pela oposição para a realização de uma
conferência, sendo presos, na sequência uma série de líderes
oposicionistas (11 de Novembro)