1945
 

Maio
Capitulação nazi e revoltas na Argélia

 

Conquista de Berlim (2 de Maio). Assinado acto definitivo da capitulação alemã em Berlim (9 de Maio). No dia 1, o almirante Donitz, através de uma comunicação radiofónica informava da morte de Hitler e que assumia o poder para continuar a luta contra o bolchevismo.

Jugoslavos ocupam Fíúme (3 de Maio). No dia 14, os britânicos entregam a Tito cerca de 26 000 guerrilheiros chetnik que, depois de resistirem ao nazismo, eram perseguidos pelos comunistas e tentavam a protecção junto dos democratas do Ocidente.

Rainha Guilhermina volta aos Países Baixos (4 de Maio)

Socialistas e comunistas belgas pedem a abdicação de Leopoldo II; o governo de Von Acker, nesta sequência, pedirá a demissão no dia 16 de Junho (4 de Maio)

Surge um governo de unidade nacional na Dinamarca, participado por socialistas, comunistas, conservadores e liberais (5 de Maio)

Karl Renner declara a independência da Áustria (14 de Maio)

Reino Unido: Trabalhistas rejeitam a proposta de Churchill no sentido da continuação do governo de unidade nacional até ao fim da guerra; no dia seguinte, Churchill pede a demissão; no dia 25 constituirá novo governo, onde os liberais substituem os trabalhistas (22 de Maio)

Autoridades francesas têm de reprimir actividades de nacionalistas na Argélia; idênticos conflitos com autoridades britânicas na Síria (Maio). No dia 9 há cerca de 9 000 mortos em Argel.

O pós-guerra – No dia da capitulação da Alemanha, em 8 de Maio, com discurso de Salazar na Assembleia Nacional, grande manifestação em Lisboa pela vitória dos Aliados, de que aproveitam os oposicionistas. Uma greve estudantil acompanha o processo. Surgem, entretanto, sinais de apoio de britânicos e norte-americanos ao regime salazarista, a partir de Junho. Os Aliados ocidentais desconfiam da capacidade da oposição não-comunista e preferem a manutenção da Salazar.

Marcação de eleições – Dissolução da Assembleia Nacional e marcação de eleições em 6 de Outubro de 1945. Salazar declara que estas serão Tão livres quanto na livre Inglaterra.

Estrutura-se no exílio parisiense uma União Patriótica e Democrática Portuguesa, dirigida por José Domingues dos Santos, com Emídio Guerreiro, nas funções de secretário-geral (Maio). Tentam, através de Armando Cortesão, então no exílio de Londres, que Domingues dos Santos visite a Grã-Bretanha, o que não conseguem, mesmo com a intercessão de Harold Laski, que também é contactado por António Sérgio.

 

Janeiro Fevereiro Março
Abril Maio Junho
Julho Agosto Setembro
Outubro Novembro Dezembro

Ver síntese do ano

 

©  José Adelino Maltez, História do Presente (2006)

© José Adelino Maltez. Cópias autorizadas, desde que indicada a origem. Última revisão em: 31-03-2009