Respublica     Repertório Português de Ciência Política         Edição electrónica 2004


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Políticos Portugueses da Monarquia Constitucional (1820-1910)
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  Abranches, J. P. Madeira
Teórico krausista.
  Abreu, António José Teixeira de (1865-1930).
Professor de Direito, catedrático em 1896.
Ministro da Justiça de João Franco (2 de Maio de 1907 a 4 de Fevereiro de 1908).
  Agras, Pe. Manuel Das
Sacerdote católico reaccionário.
Guerrilheiro miguelista durante a patuleia.
  Alarcão Velasques de Sarmento Osório, D. João de (n.1854)
Membro do Partido Progressista.
Bacharel em Direito.
Governador civil do Funchal (1885-1890).
Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria (26 de Abril a 27 de Dezembro de 1905 )
António Augusto Aguiar Aguiar, António Augusto de (1838-1887) 
Lente de química na Escola Politécnica.
Membro do Partido Constituinte, liderado por José Dias Ferreira, de 1871 a 1883.
Ministro das Obras Públicas, de 24 de Outubro de 1883 a 4 de Fevereiro de 1885, num governo de Fontes Pereira de Melo.
Deputado regenerador, em 1879 e em 1880-1881.
Par do Reino (1881 a 1887).
Grão-mestre do Grande Oriente Lusitano Unido, loja maçónica (1886-1887).
Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Joaquim Aguiar Aguiar, Joaquim António de (1792-1884)
Por ter referendado o decreto de 28 de Maio de 1834, será conhecido como o mata-frades.
Formado em Direito (1815), começa por ser professor em Coimbra, sendo afastado em 1823 e reintegrado em 1826.
Deputado às Cortes de 1826-1828, emigrará depois da belfastada.
Ministro do Reino durante a regência (quando a precoce idade de D. Maria da Glória não lhe permite exercer), de 15 de Outubro de 1833 a 23 de Abril de 1834, assumindo também pasta da Justiça até 24 de Setembro de 1834.
Deputado em 1834-1836.
Ministro da Justiça no governo de Terceira, de 20 de Abril a 10 de Setembro de 1836.
Acusado de alta-traição, em Novembro de 1836, na sequência da belenzada.
Deputado em 1838-1840 (faz então parte da minoria cartista) e em 1840-1842.
Presidente do Ministério, de 9 de Junho de 1841 a 7 de Fevereiro de 1842, acumulando a pasta do Reino.
De novo deputado em 1842-1845 e 1846.
Ministro da Justiça, no governo de Palmela, de 19 de Julho a 6 de Outubro de 1846.
Deputado em 1851-1852.
Volta a chefiar o governo, de 1 de Maio a 3 de Julho de 1860 e em 1865-1868 (de 4 de Setembro de 1865 a 4 de Janeiro de 1868, o governo da fusão).
Mouzinho de Albuquerque Albuquerque, Joaquim Mouzinho de (1855-1902)
Militar, chega a tenente-coronel.
Destaca-se na campanha de pacificação dos Macondes e dos Vátuas (Moçambique, 1895), que culmina com a detenção de Ngungunhane, chefe tribal da última etnia, exibido como troféu de caça pelas ruas de Lisboa (13 de Março de 1896).
Nomeado preceptor de D. Luís Filipe, o prícipe herdeiro.
Descontente com a inelutável decadência nacional, suicida-se em 8 de Janeiro de 1902.
Luís Mouzinho de Albuquerque Albuquerque, Luís da Silva Mouzinho de (1792-1846)
Coronel de engenharia.
Frequenta vários cursos em Paris, entre 1820 e 1823.
Autor de um «Tratado de Física e Química», publicado em 1824.
Destaca-se como secretário do conde de Vila Flor, futuro duque da Terceira, em 1828.
Secretário da regência (1831). ·Ministro do Reino durante a Regência, de 10 de Novembro de 1832 a 12 de Janeiro de 1833.
Ministro do Reino, no governo de José Jorge Loureiro, de 25 de Novembro de 1835 a 20 de Abril de 1836.
Ministro do Reino e da Justiça, no governo de Terceira, de 9 a 20 de Fevereiro de 1842. Passa para a oposição a partir desta últina data.
Ministro da Marinha, no governo de Palmela de 23 a 26 de Maio de 1846, data em que passa para o Reino (até 6 de Outubro de 1846).
Apoiou o setembrismo e foi membro activo na Revolta da Patuleia, aliado a Sá da Bandeira e ao Conde do Lavradio.
Morre em 1846 na batalha de Torres Novas, em luta contra Saldanha.
  Algés, Visconde de
Conde de Lavradio Almeida Portugal, António Máximo de (1797-1870)
5º Marquês e 2.º Conde de Lavradio.
Ministro dos Negócios Estrangeiros (1846).
Opoõe-se ao despotismo de Costa Cabral (1850) e à afinidade deste com os sediciosos da patuleia, posição em que é secundado por Saldanha.
Nomeado embaixador em Londres (29 de Agosto de 1851), dignidade que irá exercer pelas duas décadas seguintes.
Encabeça, na alemanha, as negociações para o consórcio matrimonial de D. Pedro V e D. Estefânia (1857).
Autor de memórias políticas sobre o período de implantação do liberalismo.
  Almeida, João de (1863-1953)
Comandou as campanhas de pacificação contra os Cuamatas e os Dembos (Angola), em 1906-1907.
Ministro das Colónias, de 6 a 9 de Julho de 1926.
Preso em Julho de 1930.
  Almeida, José Bento Ferreira de (1847-1902)
Oficial da marinha.
Cria, em Faro, a Escola de Alunos Marinheiros.
Governador de Moçâmedes (Angola Meridional), em 1878-1880.
Deputado de 1884 a 1901.
Par do reino desde 1901.
De temperamento arrebatado, esbofeteia o Ministro da Marinha, em plena Câmara dos Deputados, a 7 de Maio de 1887, acto pelo qual é condenado a 4 meses de prisão.
Propõe, em 27 de Fevereiro de 1888, a alienação de Moçambique, Guiné, Cabinda, Macau e Timor. Reitera esta singular proposta em 1891.
Ministro da Marinha e Ultramar, no governo de Ernest Rudolph Hintze Ribeiro, de 17 de Janeiro a 26 de Novembro de 1895.
Fialho de Almeida Almeida, José Valentim Fialho de(1857-1911)
Apesar de formado em Medicina, depois de ser praticante de Farmácia, acaba por não exercer a profissão.
Escritor, dedica-se também à agricultura.
Autor de Os Gatos, entre 1889 e 1893, obra que pretende continuar a crítica social mordaz de As Farpas.
  Almeirim, Barão de (1796-1859).
Manuel Nunes Freire da Rocha, de seu nome próprio, ascende ao título nobiliárquico em 1837.
Deputado.
Pai de Anselmo Braamcamp Freire.
  Alorna, 4ª Marquesa de (1750-1839)
D. Leonor de Almeida Lorena e Lencastre, Condessa de Oeyenhausen.
Maçon.
Filha do 2º Marquês de Alorna, D. João de Almeida Portugal.
A sua obra litrária, sob o pseudónimo de Alcipe, inaugura o romantismo português.
A sua família havia sido perseguida pelo marquês de Pombal, por ter parentesco com os Távora.
Reclusa em Chelas (1758-77).
Exilada de 1803 a 1814.
© José Adelino Maltez. Todos os direitos reservados. Cópias autorizadas, desde que indicada a proveniência: Página profissional de José Adelino Maltez ( http://maltez.info). Última revisão em: 28-02-2007